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Explore historical knowledge production from traditional to new perspectives, unveiling the importance of diverse sources in understanding the past. Learn how different historical methodologies shape our interpretation of history. Discover the evolution of history as a discipline and the role of sources in shaping narratives. Engage in active learning using varied historical materials like letters, urban settings, and architectural landmarks. Enhance cognitive skills and critical thinking by working with multiple sources and interpreting history from diverse angles. Embrace a participatory approach to historical research and encourage students to think critically about historical events.
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OFICINA DE HISTÓRIA 2011 • A PRODUÇÃO DO CONHECIMENTO HISTÓRICO: o trabalho com fontes
Para a historiografia tradicional, a racionalidade histórica está pautada: • Na linearidade factual; • Em acontecimentos e datas; • Na valorização política dos grandes vultos históricos e das camadas dirigentes; • No uso restrito dos documentos oficiais como verdade histórica.
Contribuições da História Positivista • Método historiográfico racional • Conferiu status de ciência à História • Análise de fontes e sistematização em uma narrativa histórica objetiva
Nova História - 1960 • História das mentalidades – estudo sobre as formas de pensar e se comportar dos sujeitos de determinadas épocas e locais; • Abordagem serial – grande conjunto de documentos; • Análise de grandes estruturas - recortes de longa duração; • Demarcação de múltiplos objetos: família, profissões, fenômenos como a morte, imaginário, organizações sociais,etc.
Nova História Cultural – 1980 • Microanálise – propõe uma reavaliação da macro- história, pela redução da escala de observação; • Valoriza as ações e concepções de mundo das classes populares em seu contexto espaço- temporal; • Os recortes valorizam sujeitos, famílias e comunidades que sofrem os condicionamentos dos processos históricos mais amplos; • Leva em conta várias práticas culturais e documentos diversos.
Nova Esquerda Inglesa - 1956 • História vista de baixo – enfoque na classe trabalhadora, na voz dos “excluídos’’; • Superação dos estudos economicistas: Infraestrutura e superestrutura; • Superação da racionalidade linear marxista: • sucessão dos modos de produção, • luta de classes • processo histórico em direção à revolução • Introdução de múltiplos sujeitos e novas temporalidades; as pesquisas incorporaram novas formas de consciência, os costumes, às tradições populares e culturais, etc.
Na pespectiva da Nova História, Nova História Cultural e a Nova EsquerdaInglesa, o conceito de fonte é mais amplo e abrangente. Na concepção de tais correntes: “tudo que o homem diz ou escreve tudo que fabrica, tudo que toca pode e deve informar sobre ele” (BLOCH, 2001, p. 79).
Dessa forma, as novas correntes historiográficas, da segunda metade do século XX, propuseram: • Superação da História como verdade absoluta. • Novos sujeitos • Novos problemas • Novas fontes • Diferentes abordagens
Rechaçado como prova do real, o documento passou a ser visto à maneira de indício, o qual fala quando é perguntado. Assim, No passado, podia-se acusar os historiadores de querer conhecer somente as gestas dos reis. Hoje não é mais assim. Cada vez mais interessam-se pelo que seus predecessores haviam ocultado ou ignorado. Quem construiu Tebas de sete portas? – perguntava o ‘’leitor operário’’ de Brecht. As fontes não nos contam nada daqueles pedreiros anônimos, mas a pergunta conserva todo o seu peso. GINZBURG, Carlo. O queijo e os vermes
De que forma a poesia de Bertold Bretch prenunciou uma nova abordagem na historiografia?
Qual é a importância da utilização do documento histórico em sala de aula?
A destruição do passado – ou melhor, dos mecanismos sociais que vinculam nossa experiência pessoal a das gerações passadas – é um dos fenômenos mais lúgubres do final do século XX. Quase todos os jovens de hoje crescem numa espécie de contínuo, sem qualquer relação orgânica com o passado público da época em que vivem. Por isso os historiadores, cujo o ofício é lembrar o que os outros esquecem, tornam-se mais importantes que nunca no fim do segundo milênio. Hobsbawn, Eric. A Era dos Extremos
A utilização do documento em sala de aula pode contribuir para: • Ilustrar o tema trabalhado, reforçar o conteúdo transmitido. • Desenvolver várias operações cognitivas: capacidade de observar, descrever, explicar, conceituar, interpretar, memorizar. • Estudar diferentes materiais, confrontando documentos históricos, vídeos, conteúdos do livro didático, etc. Essa estratégia contribui para que o aluno possa combinar e comparar informações.
Utilizar métodos de pesquisa, aprendendo a ler diferentes registros escritos, iconográficos, sonoros,etc. Dessa forma o aluno passa a compreender os processos de construção do conhecimento Histórico e os métodos de investigação empregados pelo historiador. Induzir o aluno ao conhecimento histórico de forma ativa. O trabalho com fontes propõe um trabalho menos expositivo e mais participativo.
Exemplos de Fontes que podem ser trabalhadas no ensino de história
Construção Suntuosa: Igreja N. Senhora do Pilar/Matriz Antonina, fundada em 1714
A Capela Ecumênica da UEL é uma réplica da primeira capela. Representa um resgate histórico e arquitetônico,
Estação rodoviária de Londrina– 1952 Projeto arquitetônico de Vilanova Artigas
Tombada como patrimônio Histórico -1976 Tornou-se museu de arte de Londrina-1993
Sepultura evidentemente de israelita Sepultura provavelmente de israelita Sepultura conjecturalmente de israelita. O nome indica ancestralidade. Há também símbolos indicativos de conversão.
O prédio, em estilo alemão,foi inaugurado em1950.Foi a 2ª Estação Ferroviária de Londrina
Artefato Arqueológico: Ponta de Flecha encontradana escavação de um Sítio da cidade de Piraquara/PR
Londrina Esporte Clube Patrimônio cultural, fundado em 1956Campeão Paranaense-1962/1981/1992Campeão da Segunda Divisão do Brasileirão, em 1980 (taça de prata)
Música: O bonde de São Januário A letra original da canção “O bonde de São Januário” de autoria de Wilson Batista e Ataufo Alves, escrita em 1941, foi censurada pelo DIP durante o Estado Novo. Cabia ao DIP censurar o enaltecimento da figura do malandro, imagem recorrente na música popular. Em seu lugar surge a apologia ao homem trabalhador, cidadão integrado à sociedade e empenhado no desenvolvimento do país.
Para o historiador Jacques Le Goff (2003), todo documento é produto da sociedade que o fabricou. Desta forma, é importante levar em consideração as condições de produção do documento/fonte. (LE GOFF, 2003, pp. 525 - 38).
Os documentos são registros produzidos sem intenção didática e criados por intermédio de diferentes linguagens, que expressam formas diversas de comunicação. Precisam ser analisados de acordo com suas características de linguagem e especificidade de comunicação. (BITTENCOURT, 2009, p. 333)
Fazer análise e comentário de um Documento corresponde a: DESCREVER o documento, Isto é, destacar e indicar as suas informações MOBILIZAR Os saberes e conhecimentos prévios PARA EXPLICAR o documento; associar essas informações aos saberes anteriores SITUAR o documento no contexto histórico QUESTIONAR o documento, IDENTIFICAR sua natureza para conhecer seus limites e interesses
“Como utilizar o documento histórico em sala de aula” Maria Auxiliadora Schmidt Marlene Cainelli Leitura do texto: • Para a historiografia tradicional, a racionalidade histórica está pautada na linearidade factual, na valorização política dos heróis, e no uso restrito dos documentos oficiais como fonte e verdade histórica. (PARANÁ, 2008, p.38) • Na pespectiva da nova historiografia, como a Nova História, a Nova História Cultural e a Nova EsquerdaInglesa, o conceito de fonte é mais amplo e abrangente. Para essa historiografia, “tudo que o homem diz ou escreve tudo que fabrica, tudo que toca pode e deve informar sobre ele” (BLOCH, 2001, p. 79).
Leitura cinematográfica da obra Era dos Extremos do historiador Eric Hobsbawn. Com imagens de arquivos, recortes de documentários e de algumas obras clássicas do cinema, o filme faz uma retrospectiva das mudanças que marcaram o século XX, retratando tanto os personagens que entraram para história, como homens e mulheres comuns que em seu cotidiano também fizeram a história desse século.
O filme de Sérgio Bianchi faz uma analogia entre o nosso passado escravista e a atual exploração da miséria por algumas ONGS. Revela as desigualdades sociais e o desrespeito aos direitos, fazendo paralelos com as crônicas de Nireu Cavalcanti extraídas dos autos do Arquivo Nacional do Rio de Janeiro.
O filme foi inspirado no documentário "Eu Fui a Secretária de Hitler" (2002), que consistia em uma série de entrevistas com a Traudl Junge, secretária de Hitler nos últimos anos do seu governo. O documentário deu origem "A Queda", adaptação que foi indicada ao Oscar de filme estrangeiro. Pela primeira vez detalhes sobre os últimos dias de Hitler e do nazismo foram trazidos a tona.
Em homenagem ao bi-centenário da cidade, Lisa precisa fazer um trabalho sobre o fundador de Springfield. Durante a pesquisa acaba descobrindo duas fontes que comprovam que o lendário Jebediah Springfield era na verdade uma fraude. Nesse episódio ela tenta avisar a todos quem realmente foi "O Herói de Springfield", mas não consegue pois todos acreditam na história oficial. Essa verdade não seria bem aceita pela população local e não provocaria bons resultados. No final, a própria Lisa prefere manter os valores, supostamente heróicos e nobres de seu fundador intactos.