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DOR NEONATAL. Continuamos ainda machucando os nossos beb
E N D
1. DOR NEONATAL: REPERCUSSESPaulo R. MargottoEscola Superior de Cincias da Sade (ESCS)/SES/DFwww.paulomargotto.com.br
2. DOR NEONATAL Continuamos ainda machucando os nossos bebs?
Por qu?
-falta de conhecimento?
-desconhecimento das repercusses a longo prazo?
-inadequados mtodos para avaliao?
Somos o que somos, mas somos principalmente o que fazemos para mudarmos o que somos
3. UTI Neonatal: experincia dolorosa*
10s 14dias: 14 proced/dia (1/3-analgsicos)
(Estes RN ficam por cerca de 20 min sem manuseio!)
(RN de 23 sem 488 proced dolorosos na UTI Neonatal)
-a maioria no primeiro dia
-63,6%: aspirao do tubo (a cada 4 hs)
Cordero L(2001): 4hs (90RN)
8 hs (90RN) -27 sem
sem diferenas em:
infeco nosocomial/pneumonia associada a ventilao/colonizao bact via area/reintubao,DBP/mortalidade
A reduo da aspirao traqueal parece ser segura! DOR NEONATAL
4. O RN sente dor?At 1980 acreditava-se que no. No entanto, sabemos:
-a partir de 12 sem: conexo entre neurnio sensorial e clulas cuneiformes da columa espinhal
-12-20 semanas: vias incompletas entre coluna espinhal e crtex:
-sem sensibilizao cognitiva da dor ou da fonte
-capaz de retirada reflexa a estimulo doloroso
-24-26 semanas: conexes completas
-percepo dolorosa cortical possvel
RN est equipado para saber de onde vem a dor/reao de defesa
-30 semanas: mielinizao completa do tronco cerebral e trato talmico
-37 semanas: todo o trato noceptivo est completamente mielinizado
Nervos no mielinizados conduzem impulsos to bem quanto os mielinizados DOR NEONATAL
5. DOR NEONATAL
6. RN PR-TERMO EXTREMO: Recomendao Internacional Para Reanimao
-< 22 seman : sem esperanas de sobrevivncia
-22 - 226 seman: ponto de corte para sobrevivncia
-23 - 24 seman: ZONA CINZENTA
Reanimao em base individual e de acordo com o desejo dos pais
-25 - 256 seman: reanimao para todos
Muitos pases:a Zona Cinzenta est entre 25 - 256 seman
Austrlia: 24 -246: reanimados
7. Em resumo: os RN, incluindo os pr-termos extremos esto fisiolgica e anatomicamente EQUIPADOS para:
PERCEBER, REAGIR e ALGUM ENTENDIMENTO DA DOR DOR NEONATAL
8. -RN> sensibilidade a dor em relao ao adulto
(3 a 10 minutos-Adulto x 30-90 min- RN)
Por qu? Estresse ambiental
-RN pr-termos >sensibilidade a dor x RN termo
Por qu? -Vias inibitrias descendentes subdesenvolvidas
ativam neuromoduladores que bloqueiam
a conduo do estimulo doloroso
-hiperinervao (rea lesada)
-proximidade das fibras de toque e dor (corno dorsal da medula espinhal)
-alodinia: reao a um estmulo que no provoca dor (troca de fraldas) DOR NEONATALBase fisiolgica da hiperalgesia
9. -Maior limiar de dor nas extremidades superiores
Por qu? Fibras inibitrias descendentes ainda tem que crescer para poro lombar
MUITO MAIS DOR NAS EXTREMIDADES INFERIORES
-Inabilidade inata de enfrentar a dor
o mtodo primrio: SUCCO (estimula as fibras sensoriais que bloqueiam a transmisso da dor) DOR NEONATALBase fisiolgica da hiperalgesia
10. As respostas comportamentais e fisiolgicas a dor repetitiva pode:
Extenso da Hemorragia intraventricular ou contribuir diretamente para:
-hipoxia, hipercapnia,acidose,hiperglicemia, assincronia com o respirador, pneumotrax
(causas importantes de hemorragia intraventricular)
11. DOR NEONATALRepercusses a curto e longo prazo Hemorragia intraventricular (HIV)
-Mainous et al(2007):puno de calcanhar (12 RN)
queda da SatO2/aumento da PaCO2 com dilatao dos vasos cerebrais/ aumento do FSC Risco de HIV/IHPV (em 2/12 RN)
A enfermagem tem posio chave neste desfecho
14. O desenvol. cerebral ocorre em um ambiente adverso em um momento crtico
-so produzidas dezenas de milhares de clulas cerebrais por minuto!
(neurnios corticais: aumenta 10x mais entre 17-32sem (pico entre 28-32sem) So programadas para locais especficos no crebro
A superestimulao de uma via neural (dor) pode levar a uma subestimulao ou subdesenvolvimento de outra via
DOR NEONATALRepercusses a curto e longo prazo
15. Plasticidade cerebral
capacidade de ser formado ou moldado: cada experincia do pr-termo tem potencial para alterar o desenvolvimento cerebral). Diferente do que ocorre no crebro do adulto
-aumenta a vulnerabilidade para experincias precoces adversas desenvolvimento e comportamento anormais
-ratos: aps leso nervosa alteraes das vias sensoriais perifrica e central persiste vida adulta explica alteraes no comportamento
- benfica e detrimental:
-de positivo: regenera neurnios, recupera insultos cerebrais
-de negativo: aumenta a vulnerabilidade a insultos adversos levando a desenvolvimento anormal e comportamento
16. Pr-termos expostos a dor repetitiva: Duas respostas
-exarcebao da resposta a dor
-disensibilizado a dor
Independente da resposta: conseqncia adversa permanente devido a alteraes no eixo hipotlamo-hipfise-adrenal
17. Exarcebao da resposta a dor (Anand, 1998)
-aumento da excitabilidade dos neuronios nociceptores da coluna espinhal
-aumento da excitabilidade e receptividade dos neurnios da substncia gelatinosa da coluna dorsal
-mesmo estimulo ttil na regio da hiperalgesia pode ativar as vias das dor (alodinia)
Disensibilidade a dor (20% dos pr-termos extremos)(Johnston,1999)
-Estado de constante excitao autonmica (Grunua, 2001)--
-Desorganizado com o aumento do estresse (Als, 1991)
-Exausto: tentativa repetitiva de comunicao sem resposta (Ranger, 2007). No sente dor?
DOR NEONATALRepercusses a curto e longo prazo
18. DOR NEONATALRepercusses a curto e longo prazo
19. Fatores que explicam a falta de resposta a dor em RN pr-termos
-Johnston C (1999)120 RN (IG mdia de 28 seman)
-24 RN sem resposta (20%)
-Regresso logstica:4 variveis significativas
-idade ps-natal
-idade ps-concepo
-tempo do ltimo procedimento doloroso
-dormindo;acordado
Os mais jovens, submetidos a procedimento doloroso recente e dormindo associam a falta de resposta a dor
No sentem dor ou sentem dor mas no podem responder?
Resposta: AlsSynactive Theory of Development of Preterm
RN desorganizado sob extremo estresse incapaz de montar uma resposta coerente
20. Estudo com Near-infrared spectroscopy (NISRS:mede a atividade funcional do crtex) demonstrou, em RN pr-termos extremos (25 sem) (Bartocci, 2006):
-clara atividade evocada no crtex em resposta a dor
-maior resposta nos meninos e no hemisfrio esquerdo com venopuo no lado direito DOR NEONATALRepercusses a curto e longo prazo
21. atividade cortical pr-frontal em resposta dor em recm-nascidos parece estar relacionada com as suas respostas emocionais ou stress
Nos pr-termos as respostas correlacionam-se com as respostas fisiolgicas que refletem mais estresse que dor
O nmero de prodedimentos dolorosos podem alterar o padro de subsequente processamento cortical da dor nos pr-termos
(induz resposta cortical frontal assimtrica)
(o estresse mental em adultos e crianas associa-se com ativao pr-frontal assimtrica)
considerar os efeitos cumulativos da experincia dolorosa na regulao da emoo e do estresse nos recm-nascidos
22. Leso neuronal (excessiva ativao de N-Metil-D-Aspartato
-vulnerabilidade ao estresse
-alteraes comportamentais (aumento da ansiedade,sensibilidade alterada a dor, distrbio de ateno, deficientes habilidades sociais, comportamento auto-destrutivo)
preferncia maior para o lcool DOR NEONATALRepercusses a curto e longo prazoDor repetitiva
23.
Experincias no pr-termo podem alterar a funo e estrutura cerebrais
-RN entre 28-33 semanas (8 controle/15 com Cuidados usando o NIDCAP):eletroencefalograma espectral por coerncia, ressonncia magntica
Melhor coerncia espectral do EEG (regio frontal* esquerda, occipital e parietal), melhor escore Bayley II (escala mental, motor e comportamental) aos 9 meses corrigido, melhor condutividade funcional e melhor desfecho neuroestrutural (fibras mais maduras) no grupo NIDCAP DOR NEONATALRepercusses a curto e longo prazo
24. DOR NEONATALRepercusses a curto e longo prazo
25. RN circuncidados sem analgesia -forte resposta a dor quando imunizados aos 4-6 meses de idade
RN de diabticas (vrios controles de glicemia): hiperalgesia (hipersensibilidade e antecipao do sofrimento). Glicose no evitou!
No entanto:
Diminuio das reaes comportamentais a exposio a dor nos ex-pr-termos em relao aos RN a termo (18 meses de idade corrigida)
Maior somatizao entre 4-5 anos (ex-RN de baixo peso)
Maior escore da dor quando ex-pr-termos foram expostos a figuras com experincias de dor (8-10 anos)
Avaliao quantitativa: adolescentes ex-pr-termos: maior sensibilidade a dor somtica DOR NEONATALRepercusses a curto e longo prazoDor repetitiva
26. Buskila D (2003):Avaliao quantitativa da dor:120 (60 a termos/60 pr-termos) adolescentes (12-18 anos): ex-pr-termos apresentaram maior sensibilidade a dor somtica com significncia maior nas meninas
DOR NEONATALRepercusses a curto e longo prazoDor repetitiva
27. Hohmeiser, 2010:resposta cerebral a dor-estmulo trmico- na idade de 11-16 anos de ex-pr-termos (<=31sem) e a termo na UTI Neonatal x Controles-RM funcional DOR NEONATALRepercusses a curto e longo prazoDor repetitiva
28. DOR NEONATALComo avaliar
29. DOR NEONATALComo avaliar:Expresso Facial
30. DOR NEONATALComo avaliar
31. DOR NEONATALComo avaliar
32. DOR NEONATALComo avaliar
33. Idealmente uma Escala til deve requerer-mnimo de recursos financeiros e preparao
-fcil de aplicar e fcil interpetao
-consumir pouco tempo
-permitir a quantificao da dor tanto em intensidade como durao
-ser comparveis as outras
-deve ser adequada a idade do RN, ao contexto clnico e o tipo de dor
At o momento: no existe uma Escala gold standard
Dentre as Escalas revistas, a NFCS (escala unidimensional) e a PIPP(escala multidimensional) satisfazem os critrios. Existe homogeneidade nas pontuaes destas escalas
O mais importante: avaliao da dor prolongada (procedimentos dolorosos repetitivos. Qual Escala? EDIN DOR NEONATALComo avaliar
34. DOR NEONATAL - Como avaliar
35. DOR NEONATAL - Como avaliar
36. DOR NEONATAL - Como avaliarDOR PROLONGADA
37. Impacto ambiental na UTI Neonatal
O Nascimento prematuro
desvia para UTI o crescimento do crebro fetal (perodo rpido e crtico do desenvolvimento cerebral)
rompe a progresso do desenvolvimento das estruturas cerebrais
Afeta vrias reas crticas do cresc.cerebral:
Migrao celular
Sinaptognese
Mielinizao
Organizao do crebro
Crebro sem habilidade de interao
Com o estresse, rudo, luz
O desenv. sensorial neonatal amadurece em uma seqncia especifica:audio viso
38. Impacto ambiental na UTI Neonatal
Cuidados do Desenvolvimento
Objetivo: minimizar o estresse para o crebro
Viso: rpido desenv. conexes neuronais visuais (28 34 sem)
a luz impacto direto na organizao do SNC
luminosidade (cobrir isolete; desligue luzes)
permitir ritmo circadiano
Audio: prematuros so vulnerveis a altos rudos
Hiperatividade
Alteraes dos sinais vitais
Conversas
Hipertenso arterial hemorragia intraventricular
Monitorar nveis de rudo (<45dB)
Telefone (80 decibis)
Bater na isolete (80decibis)
Alarme (80 decibis)
41. DOR NEONATAL
43. DOR NEONATAL Glicose
Efeitos adversos descritos:
-Gibins (2002):asfixia, dessaturao (3%)
-Willis (1977):enterocolite necrosante (freqncia de administrao:8-12 vezes ao dia)
-Boyer(2004): sem benefcio (medio de cortisol salivar)
-Slater R (out/2010): inefetiva como droga analgsica
Harrison (2010): So necessrios mais estudos: pr-termos extremos; doses repetidas; sacarose com opiides; uso em procedimentos como fundo de olho, puno lombar
44. DOR NEONATAL
47. Aconchegar o recm-nascido
Posicionar o RN com equilbrio entre posturas flexoras e extensoras
Usar o mnimo de fitas adesivas
Otimizar a monitorizao no invasiva
Agrupar tarefas
Estimular o contato com os pais
Designar o melhor profissional para os RN mais crticos: falha de venopuno e PL: 20% cada; canulao intravenosa:>30% DOR NEONATAL
49. Antes do procedimento
PREPARAR O AMBIENTE: desligar rdio, alarmes desnecessrios, falar baixo, evitar aes perturbadores ao redor do beb
PREPARAR O BEB
(respeitar a dignidade do pr-termo:ele deve saber o que vai acontecer a seguir)
-acordar o bebe conversando suavemente, afagando, acariciando,tocando, para acordar seguro
-glicose na lngua 2 minutos antes
-creme anestsico (EMLA: lidocana+prilocana-risco terico de metahemoglobinemia no comprovado
-presena dos pais acariciando e conversando
-restaurar a sensao de segurana (no deixar o beb sozinho com a sua dor):presena dos pais
51. Estamos tratando os nossos bebs com dor ou estamos tratando ns mesmos?
Na UTI Neonatal, uma das grandes indicaes do uso de analgsicos o RN NA VENTILAO MECNICA (VM)
-1996/1998: Uso de narcticos melhora medidas comportamentais de conforto
-aumento do uso de morfina, fentanil e sedativos, como benozodiazepnicos nos RN em VM
No entanto, o uso destes agentes altamente controverso DOR NEONATALMedidas Farmacolgicas
52. A VM uma interveno potencialmente dolorosa e desconfortante (analgesia rotina em adultos e criana maiores)
No entanto, para os RN ventilados o uso de analgsicos controverso: dificuldade de avaliar dor crnica (no vlido usar marcadores de dor aguda, como a Escala PIPP)
Na dvida: tratar todos? A evidncia no respalda!
-uso de morfina: -aumento da durao da ventilao (1 DIA A MAIS)
-hipotenso arterial (23-26 sem)
-maior percentual de uso de inotrpicos (Fent 76% x Morf 84%)
-diminuio da motilidade gastrintestinal (Fent 23% x Morf 46%)
-reteno urinria
-atraso para alcanar nutrio enteral total
-infeces relacionadas ao cateter, patologia intestinal, complicaes da nutrio parenteral, atraso do crescimento
-diferenas na anlise visual do teste de inteligncia visual (pior no grupo da morfina)
55. Metanlise de Bell R (2006)
Opioids for neonates receiving mechanical ventilation
Concluso dos revisores:
No h evidncia suficiente para recomendar o uso rotineiro de opiides em recm-nascidos em ventilao mecnica. Os opiides devem ser utilizados de forma seletiva, quando indicado pela avaliao clnica e avaliao dos indicadores de dor.
Sem diferenas na mortalidade, displasia broncopulmonar, permanncia hospitalar, enterocolite necrosante
DOR NEONATALMedidas FarmacolgicasRN Ventilado
56. Para onde devemos ir agora?
Seria tico um ensaio controlado randomizado avaliando os resultados de RN em VM tratados com narctico, benzodiazepnicos ou placebo?
claramente antitico suspender uma terapia de benefcios comprovados. Assim , tico este trial
Seria a nica forma definitiva de resolver se devemos ou quando devemos usar analgsicos/sedativos nos RN ventilados
57. DEVEMOS USAR, ENTO ANALGSICO DE ROTINA EM
TODO RN VENTILADO ? Qual a evidncia?
Reservar as intervenes farmacolgicas, tanto para a analgesia e sedao para recm-nascidos selecionados
-onde a presena da dor pode ser razoavelmente ser predita,
-quando a dor e o estresse esto interferindo com o efetivo manuseio do ventilador ou outro suporte vital
-quando as medidas ambientais mostraram-se falhas.
-somente aps a estabilizao hemodinmica
A mais bvia e efetiva estratgia para diminuir a dor do RN na UTI Neonatal
-restringir a freqncia de procedimentos dolorosos, especialmente queles que so mais comumente relatados, como as punes de calcanhares e a aspirao do tubo endotraqueal; coleta de sangue de cateter (gasometria pode ser venosa)
-evitar a hipoxemia, a agitao e a briga com o respirador; posio prona (diminui a atividade motora e estabiliza a oxigenao); novos mtodos de ventilao (ventilao mecnica automatizada)
58. CORRELAO DA ANLISE DOS GASES ARTERIAIS, VENOSOS E CAPILARES.Yildizdas D, Yapicioglu H, Yilmaz HL, Sertdemir Y. (Turquia)Arch Dis Child 2004; 89:176-180
59. CORRELAO DA ANLISE DOS GASES ARTERIAIS, VENOSOS E CAPILARES.Yildizdas D, Yapicioglu H, Yilmaz HL, Sertdemir Y. (Turquia)Arch Dis Child 2004; 89:176-180
62. o uso por 3 dias, pode ser retirado abruptamente
->3 dias, retirar 20% da dose inicial a cada dia (por exemplo: se est usando 1ug/kg/hora, retiramos 0.2ug no primeiro dia e em 5 dias, o fentanil suspenso)
->7 dias: retirar mais lentamente (retirar 20% da dose inicial a cada 2-3 dias
->15 dias: retirar 10% da dose inicial a cada 2-3 dias
63. SNDROME DE ABSTINNCIA:voltar para a dose anterior
Se RN em dieta enteral plena, sem necessidade de acesso venoso:
METADONA*:MytedomR (1mg/ml e 5 e 10mg/comp)
Equivalncia: 0,001mg/kg fentanil 0,1mg/kg/dia de metadona
-prescrever 50% da dose equivalente 1 ou 2x VO
-diminuir 20% da dose inicial a cada 3 dias
Exemplo:
RN de 1,5kg, recebendo 1g/kg/min, deve receber quanto de metadona, em caso de Sndrome de abstinncia?
Este RN est recebendo 36 g de fentanil/dia= 0,036mg de fentanil=0,024mg/kg/dia de fentanil.Realizando regra de trs, temos:
0,001 0,1
0,024 x mg de metadona, ou seja:2,4mg
DOR NEONATALMedidas Farmacolgicas
69. Ao usar Midazolan: pedir consentimento informado aos pais
Deveramos erradicar esta droga das Unidades Neonatais
Osmolaridade: 2000 mOsm/L (igual a do bicarbonato)
Morte neuronal nos animais com supresso da atividade neuronal e dirige os neurnio em desenvolvimento para cometer suicdio (Olney, 2004)
NO DEVE SER USADA EM PR-TERMOS
UTI DO HRAS: sedao (se necessria) em RN a termo
72. RETINOPATIA DA PREMATURIDADE
EXAME
-exame doloroso
-glicose no alivia completamente
-OSullivan,2010:glicose/enrolar o beb/suco no nutritiva: menos dor)
-Sun,2010: Metanlise demonstra reduo de escores,embora altos
-anestsico tpico: efetividade limitada
(Metha,2010:10 Exame, com 5 min-sem diferenas; melhor no 20 exame)
Na UTI Neonatal do HRAS:AnestalconR (cloridrato de proximetacana* 0,5% (1 gota em cada olho 3 min antes)
CIRURGIA
-processo doloroso
-anestsico tpico no trata adequadamente
-infuso contnua de remifentanil (UltivaR)
-Sammantino, 2003:0,7 a 1 g/kg/min em 6 RN
73. Dor: consequncia inevitvel. Faltam mais estudos
Leso tecidual: profunda resposta fisiolgica
Controle da dor: melhora dos resultados no PO*
Aliviar o estresse e a dor pr-operatria
RN estressado, no vestido,, hipotrmico, superestimulado pelo barrulho, e luz e com experincia da dor altos nveis de hormnios da adrenal (cortical como medular) mais suceptveis ao estresse e complicaes no PO)
Uso de glicose oral no PO de pequenas cirurgias
Paracetamol: (via oral): Inibem a ao das prostaglandinas e do tromboxane, liberados durante a agresso tecidual
10-15 mg/kg- RN a termo (cada 6-8hs)
10 mg/kg - RN prematuro (cada 8-12hs)
EV: 20mg/kg, seguido de 10mg/kg/dose cada 6 hs (32-44 semanas)-10mg/ml)
-no afeta a temperatura nos normotrmicos; nos febris: queda de 0,8 nas 1ras 2 hs
74. Intubao traqueal um dos procedimentos estressantes mais realizados nas UTIs neonatais.
Quando realizada sem analgesia e sedao, o procedimento est associado a dor e respostas fisiolgicas adversas, como:
Hipoxia
Bradicardia
Maior tempo para intubao
Hipertenso arterial sistmica
Hipertenso intracraniana
Hemorragia intraventricular e Leucomalcia em pr-termos
(90% na UTI Pediatrica x 23,3% na UTI Neonatal) Premedicao em Intubao semi-eletiva ou eletiva
75. , Pokela e Koivisto (1994):no grupo com opiide (alfentanil +succinilcolina ) pr-intubao:
-Menor presso arterial; menor durao da hipoxia;menor tempo para a intubao
-Sabemos que:Leslie,2006; Bonow,2004
-ndice de falha na intubao: 30%
-ndice de sucesso: Resid-1 ano(56%) x Resid-2 ano(94%)
Academia Americana de Pediatria (2010) recomenda
Premedication for nonemergency endotracheal intubation in the neonate. Premedicao em Intubao semi-eletiva ou eletiva
77. Administrar inicialmente a atropina, seguido da succinilcolina que tem incio de ao por um a dois minutos e o fentanil . A administrao do fentanil lentamente em 30 segundo evita a ocorrncia de rigidez da parede torcica. Aps a ventilao com mscara
78. Os pr-termos emergem de um ambiente uterino seguro para um ambiente
-barrulhento,estressante e doloroso
Falta-lhes a maturidade autonmica e funcional
Esta exposio pode alterar o desenvolvimento cerebral com repercusses comportamentais para toda a vida
O nascimento pr-termo rompe a progresso do desenvolvimento das estruturas cerebrais e afeta o desenvolvimento dos sistemas sensoriais
No basta somente aumentar a taxa de sobrevida, mas tambm o sucesso do neurodesenvolvimento DOR NEONATALConcluses
79. O estresse crnico na UTI Neonatal
Aumenta nveis de cortisol: altera a memria,o comportamento, capacidade de ateno, aumento do gasto energtico com alterao no crescimento
UTI NEONATAL: SALA DE INTENSO DESENVOLVIMENTO CEREBRAL DOR NEONATAL
81. DOR NEONATAL Vamos continuar ainda machucando os nossos bebs?
82. "Is intensive care becoming too intensive?"
"Imagine-se nu, sem defesa, em um quarto frio, barulhento, cheio de luzes e pessoas. Voc est lutando para respirar e um gigantes enfia um tubo em sua boca. Voc fica nauseado e quer vomitar. Voc tenta dormir um pouco, mas toda vez que isso acontece, algum pensa que voc est em coma e te sacode, s para ver se voc acorda ou chora...
Se voc faz um movimento brusco, eles pensam logo em convulso. Freqentemente vem algum e te enfia uma agulha ou te espeta o calcanhar. Enormes mos frias tocam no seu corpo e apertam sua barriga. Aps alguns dias voc est to exausto que no consegue nem mais respirar.... E voc s pensa em dormir... dormir.... dormir" DOR NEONATAL