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Desenvolvimento Cognitivo

Desenvolvimento Cognitivo. Uma visão global. Prof. Aleksandro B. Figueiredo. Sistema Nervoso. A estrutura física do conhecimento. Uma breve revisão – cérebro e nervos. Sistema Nervoso Autônomo Controle “automático dos órgãos”. Neurônio – a principal célula nervosa.

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Desenvolvimento Cognitivo

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Presentation Transcript


  1. Desenvolvimento Cognitivo Uma visão global Prof. Aleksandro B. Figueiredo

  2. Sistema Nervoso A estrutura física do conhecimento. Uma breve revisão – cérebro e nervos.

  3. Sistema Nervoso Autônomo Controle “automático dos órgãos”.

  4. Neurônio – a principal célula nervosa • Transmissão de impulsos: • Dendritos – “portas” de entrada; • Axônios – “portas de saída.

  5. Sinapses Transmissão do impulso nervoso entre células.

  6. Temos aproximadamente 100 bilhões de neurônios. Cada um pode ter de 10 a 100 mil sinapses.

  7. Os sentidos Os canais de comunicação do cérebro com o mundo externo.

  8. Os reflexos “Programação” inata.

  9. Arco-reflexo O paradigma básico. (vídeo ilustrativo)

  10. Resposta automática + resposta cognitiva.

  11. Reflexos primitivos

  12. Reflexos “abertos” Diferentemente da maioria dos reflexos, a sucção e a preensão não se resumem a uma resposta fixa. Ao contrário, a cada vez que são acionados eles vão se “aperfeiçoando”, possibilitando sua generalização e diferenciação. Dessa forma, juntamente com os sentidos, eles formam a base inicial sobre a qual o conhecimento é construído.

  13. Sucção

  14. Preensão

  15. Esquemas Os blocos de construção do conhecimento.

  16. Os esquemas, para Piaget, são uma estrutura cognitiva que se refere a uma classe de sequências de ação semelhantes. Eles podem ser considerados como uma representação conceitual de um conjunto organizado de neurônios e suas respectivas sinapses. (Minha visão)

  17. Características dos esquemas: • Assimilação reprodutiva (ou funcional) - têm uma tendência à repetição. • Assimilação generalizadora – ampliação do campo de aplicação do esquema, de modo a assimilar objetos novos e diferentes. • Assimilação reconhecedora (diferenciação) – reconhecimento elementar de certos objetos. • Assimilação recíproca – relações cada vez mais complexas e interligadas com outros esquemas.

  18. O desenvolvimento cognitivo Uma “história” contada a partir dos esquemas.

  19. Simbologia utilizada: Esquema (N - Nome do esquema) N Estímulo Resposta Assimilação unidirecional Assimilação recíproca

  20. Representação das sinapses ao longo da vida.

  21. Situação Inicial V Legendas: V – Visão A – Audição O – Olfato P – Paladar T – Tato Sc – Sucção Pr - Preensão A O Córtex Cerebral P T Sc Pr

  22. 0 – 4 meses: primeiros hábitos simples Suga momentaneamente a mão, se ela toca acidentalmente a boca. Sc Pr Mão se move em direção à boca, que já se encontra aberta para esperá-la. Pr Sc Leva a boca o que pega. Segura o que é colocado na boca. Pr Sc Consegue pegar o objeto que vê, apenas se ele e a mão estão em seu campo visual. Pr V Tenta ver tudo o que pega e pegar tudo o que vê. Pr V

  23. 4 – 8 meses: os esquemas secundários A criança começa a ser capaz de perceber ligações simples entre os domínios do eu e do mundo exterior, principalmente pela capacidade de dirigir os movimentos das mãos. Esf Exemplo: o esquema de esfregar um objeto no cesto de vime, gerado pela repetição de um resultado descoberto por acaso ao chacoalhar uma espátula. Ch Deve-se notar que o esquema original é resultado, por sua vez, da assimilação recíproca entre a preensão e a visão. Além disso, o esquema da audição também está envolvido, pois o som produzido é fundamental para que a criança “note” a novidade.

  24. 8 – 12 meses: a coordenação de esquemas secundários Dois ou mais esquemas independentes intercoordenam-se e formam uma nova totalidade, um servindo como instrumento (meio) e outro como objetivo (fim). Obstáculo Exemplo: como um obstáculo impede a criança de pegar um objeto (estímulo inicial), ela afasta o obstáculo e então consegue pegar o objeto. Peg Af A criança começa a perceber a relação entre as coisas. Início da intencionalidade.

  25. 12 – 18 meses: os esquemas terciários e a experimentação ativa A criança não mais se limita a reproduzir resultados obtidos ao acaso, mas gradua e varia seus movimentos, “analisando” as flutuações nos resultados. Ela consegue resolver problemas que requerem meios novos e desconhecidos. Exemplo: ao tentar pegar um relógio sobre uma almofada que está sobreposta, pelo canto, a outra igual, a criança puxa a primeira almofada enquanto olha para o relógio. Observando que ele não se move, ela examina o local onde as almofadas se sobrepõe, pega a segunda pelo canto puxa-a para si, passando por cima da primeira, conseguindo, então, pegar o relógio.

  26. 18 meses em diante: invenção por combinações mentais e início da representação Invenção: diante de uma situação desconhecida, a criança consegue combinar internamente as representações dos vários esquemas que participam da ação a ser realizada. Exemplo: Lucienne abrindo caixa de fósforos para pegar corrente. Representação: a criança é capaz de representar os acontecimentos ausentes no campo perceptual através de “imagens simbólicas”. Exemplo: criança vê, pela primeira vez, um primo fazendo birra para sair do cercadinho. No dia seguinte, quando se encontra no cercado, ela grita, tenta movê-lo e bate os pés, imitando toda a cena de forma bastante precisa.

  27. Relembrando Assimilação: “interpretação” (motora ou representativa) da realidade através dos esquemas existentes. Acomodação: modificações nos esquemas causadas pela impossibilidade de assimilar aspectos novos da realidade. • O progresso cognitivo é possível através das: • Acomodações; • Assimilações recíprocas (um esquema assimila o outro).

  28. A inteligência representativa O requisito principal para a representação é a capacidade de diferenciar significantes de significados, o que caracteriza a função semiótica (simbólica). Essa capacidade, que começa com a imitação, permite o desenvolvimento da linguagem, que por sua vez torna possível a criança se socializar através de um sistema de símbolos codificados (signos) que toda uma cultura pode partilhar. Signos: os significados são arbitrários e partilhados socialmente. Símbolos: mais ou menos privados, não codificados, geralmente com semelhança física com seus referenciais.

  29. 2 – 4 anos: esquemas representativos básicos Assim como no caso dos esquemas de ação, o desenvolvimento dos esquemas representativos é longo e complexo. No início, as palavras utilizadas pelas crianças ainda estão mais próximas dos símbolos privados do que dos conceitos utilizados pelos adultos. Por outro lado, este período é muito importante, pois é quando a criança aplica sua capacidade recém descoberta a uma diversidade cada vez maior de fenômenos. Isso permite a formação dos esquemas representativos básicos que serão utilizados, assim como no período anterior, na elaboração de conceitos cada vez mais complexos.

  30. A característica isolada mais marcante deste período é o egocentrismo extremo, causado pela falta de coordenação entre os esquemas representativos. Assim, a criança parece utilizar os esquemas de forma isolada, sem organizá-los num sistema que dê sentido à realidade como um todo. Egocentrismo: relativa incapacidade de considerar seu próprio ponto de vista como um entre muitos outros, e de tentar coordená-lo com esses outros.

  31. 4 – 7 anos: início da organização dos esquemas • Neste período, a criança começa a desenvolver a lógica, através de dois processos complementares: • Os esquemas representativos, através da assimilação de aspectos cada vez mais amplos da realidade e das acomodações sofridas nesse processo, se tornam mais ricos e complexos. • A organização dos inúmeros esquemas em estruturas cada vez mais elaboradas, permite a superação do egocentrismo inicial, já que a criança passa a ser capaz de considerar os múltiplos aspectos envolvidos em cada questão.

  32. Neste período, a lógica da criança ainda é intuitiva, prendendo-se aos aspectos perceptuais mais marcantes da realidade apresentada. Ela, em alguns casos, consegue chegar a soluções lógicas através do tateamento (tentativa e erro), mas não dispõe ainda de uma organização estável dos esquemas que lhe possibilite considerar todos os aspectos da realidade.

  33. 7 – 11/12 anos: o início da lógica operatória • Neste período, a organização dos esquemas da criança já lhe permite raciocinar logicamente em relação a aspectos concretos da realidade. • A principal característica do sistema organizado de esquemas é a reversibilidade, a capacidade do pensamento realizar operações de forma: • Inversa: após realizar um caminho cognitivo, a criança é capaz de voltar, em pensamento, ao ponto de partida. • Recíproca: ela consegue compor, num único sistema organizado, as várias mudanças compensatórias que resultam de uma transformação.

  34. 12 anos em diante: a lógica formal Neste período, a organização dos esquemas cognitivos atinge seu potencial máximo, permitindo o pensamento combinatório e o raciocínio através de hipóteses e deduções. Com isso, torna-se possível pensar logicamente sobre aspectos abstratos da realidade e sobre possibilidades hipotéticas.

  35. Esquemas de conhecimento – uma visão paralela Os esquemas de ação e os esquemas representativos, conforme definidos por Piaget, se referem mais a lógica (forma) que aos conceitos (conteúdo). Entretanto, durante qualquer aprendizagem, os conceitos básicos (espontâneos) são fundamentais para a elaboração dos conceitos científicos. A Psicologia Cognitiva propõe o conceito de esquemas de conhecimento - conjuntos organizados de conceitos relativos a objetos, pessoas, acontecimentos, etc. Toda aprendizagem, além de depender dos esquemas lógicos, é guiada pelos esquemas de conhecimento elaborados anteriormente.

  36. Esquemas e organização neurológica Parece claro que tanto os esquemas de ação e esquemas representativos de Piaget como os esquemas de conhecimento da Psicologia Cognitiva são representações esquemáticas de estruturas neurológicas. Eles representariam, conceitualmente, grupos de neurônios (e suas respectivas sinapses) relacionados aos diversos aspectos da cognição humana. Assim, o conceito de esquema poderia ser utilizado em qualquer situação em que seja necessário descrever algum aspecto psicológico do ser humano, já que, em todos os casos, existe uma organização neurológica subjacente.

  37. Desenvolvimento e organização sináptica A medida em que nos desenvolvemos e aprendemos, o sistema cognitivo se organiza em “esquemas” cada vez mais complexos, permitindo o acúmulo de conhecimentos e uma lógica cada vez mais exata.

  38. Esquemas sociais O conhecimento acumulado pela humanidade.

  39. Breve histórico do desenvolvimento humano 5.000.000 anos atrás – surgimento do primeiro hominídeo. 2.000.000 aa – homem primitivo – capacidade de fazer ferramentas. 500.000 aa – homo erectus – domínio do fogo. 200.000 aa – surgimento do homo sapiens. 60.000 aa – capacidade mental semelhante a nossa – ferramentas sofisticadas e surgimento da linguagem. 12.000 aa – início da agricultura. 3.500 aa – invenção da roda. 3.400 aa – invenção da escrita. 2.500 aa – início da filosofia. 500 aa – início da ciência. 300 aa – revolução industrial.

  40. Esquemas sociais e aprendizagem O desenvolvimento cognitivo do ser humano segue um padrão muito parecido com a evolução do conhecimento humano. O que chamo de esquemas sociais são a representação esquemática de todo o conhecimento prático, linguístico, conceitual, social, religioso, político e científico acumulado pelo homem em sua história. Esses conhecimentos podem ser considerados uma estrutura de esquemas, na medida em que são uma organização altamente elaborada de conhecimentos, desde “dados” básicos até teorias complexas.

  41. Os esquemas sociais representam tudo aquilo que o ser humano pode aprender em seu convívio social. De acordo com Vygotsky, essa aprendizagem ocorre através dos sistemas de signos desenvolvidos ao longo da história cultural da espécie humana, em situações de interação e atividade conjunta com outras pessoas, mais competentes no uso desses sistemas de signos. Isso deixa clara a lei da dupla formação das funções psicológicas superiores, proposta pelo mesmo autor, para quem as funções superiores originam-se sempre entre pessoas – no plano da relação com os outros – para surgirem depois no plano estritamente individual.

  42. O inconsciente Processos psíquicos que escapam ao âmbito da consciência. Vídeo1Vídeo2

  43. Freud id – parte mais primitiva, instintiva e inconsciente da psique humana. superego – internalizações morais de uma dada cultura, a qual o indivíduo foi exposto. ego – rege o consciente, permitindo ao indivíduo agir, pensando entre a moral e o instinto. O id tem uma parte que Freud chamou de “herança arcaica” e também conteúdos reprimidos por censuras internas. Para Freud (O ego e o id), “as experiências do ego parecem, a princípio, estar perdidas para a herança; mas, quando se repetem com bastante freqüência e com intensidade suficiente em muitos indivíduos, em gerações sucessivas, transformam-se, por assim dizer, em experiências do id, cujas impressões são preservadas por herança.”

  44. Yung Inconsciente pessoal – armazena antigas experiências, outrora conscientes. Inconsciente coletivo – é universal, seus conteúdos podem ser encontrados em qualquer parte. "Ao lado desses conteúdos inconscientes pessoais, há outros conteúdos que não provém das aquisições pessoais, mas da possibilidade hereditária do funcionamento psíquico em geral, ou seja, da estrutura cerebral herdada. São as conexões mitológicas, os motivos e imagens que podem nascer de novo, a qualquer tempo e lugar, sem tradição ou migração históricas. Denomino esses conteúdos de inconsciente coletivo." (YUNG, Tipos psicológicos)

  45. Assim, tanto Freud como Yung consideram que parte do inconsciente é produzido por lembranças reprimidas e parte é resultado de herança genética. Em ambos os casos, o inconsciente está “registrado” no cérebro, através de estruturas neurológicas organizadas (apesar de ter uma organização diferente da organização cognitiva “normal”).

  46. Conclusão O conceito de esquema, em sentido lato, é um grande auxiliar no estudo do desenvolvimento cognitivo, por ser capaz de representar esquematicamente tanto as complexidades da organização neurológica como a riqueza cultural humana. Além disso, ele ajuda a compreensão do processo de aprendizagem e de suas dificuldades.

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