E N D
1. Estudos de coorte Airton Stein
Setembro 2008
CEARGS
2. Objetivos Causalidade
Definio de tipos de delineamentos
Estudos de Coorte
3. Estudando Relaes de Causalidade
4. Causalidade
5. Associao e Causalidade Os nicos estudos epidemiolgicos que podem definitivamente estabelecer causalidade so os estudos experimentais.
Isso de deve basicamente a alocao aleatria, que resulta em grupos provavelmente comparveis em todos os sentidos, menos na exposio em estudo.
Os estudos experimentais, portanto, nos permitem fazer uma interferncia probabilstica.
A maioria das associaes encontradas na anlise de qualquer estudo epidemiolgico no so causais.
6. Efeito Diz-se que h um efeito quando determinado fator CAUSA um desfecho.
Para isto preciso que sejam preenchidos uma srie de critrios de causalidade dos quais o mais importante a temporalidade dos fatos.
7. Associao Quando um fator e um desfecho tm uma relao entre si pode-se afirmar que h uma ASSOCIAO entre eles.
O teste estatstico para medir associao entre duas variveis qualitativas o Qui-quadrado de Pearson.
O tamanho da associao medido pela epidemiologia atravs da mensurao de razes.
8. Causalidade
9. Causalidade
Como saber se um fator de risco realmente um fator causal?
10. Critrios de Causalidade de Hill
11. Critrios de Causalidade de Hill
12. Critrios de Causalidade de Hill
13. Exemplos de Associao de Variveis Relao Causal
Cigarro e bronquite crnica
Rubola na gravidez e anomalia congnita
lcera pptica e estresse
Anticoncepcional oral e tromboembolismo
Jardinagem e esporotricose
Banho de lagoa e esquistossomose
Atividade agrcola e doena de Chagas
Derrubada de mata e leichmaniose
Altitude e Bcio Endmico
14. Exemplos de Associao de Variveis Relao no-causal
Mancha nos dedos do fumante e bronquite crnica
Consumo de caf e cncer de Pulmo
Quantidade de chaves (no chaveiro) e coronariopatia
Hbito de barbear-se e infarto do miocrdio
Cabelos grisalhos e mortalidade
Masturbao e acne
15. ORDEM DECRESCENTE DE IMPORTNCIA Temporalidade
Evidncias experimentais
Gradiente biolgico
Fora da associao
Plausibilidade biolgica
Consistncia
Coerncia
Analogia
Especificidade
16. Tipos de causas Causa suficiente
Responsvel pelo aparecimento da doena
Pouco til atualmente
Causa necessria
Essencial para o aparecimento da doena
Doenas infecto-contagiosas
Causa contribuinte
Colabora para o aparecimento da doena
Doenas crnicas
17. Tipos de causas (Rothman)
18. Relaes causais
19. Causa necessria
20. Causa suficiente
21. Causa suficiente e necessria
22. Consideraes iniciais 1. Aspecto mais importante na escolha de uma metodologia de pesquisa:
A PERGUNTA da investigao (origem das hipteses).
2. Estudos de coorte objetivam:
estabelecer um nexo causal entre fatores de exposio e eventos (desfechos) do processo sade-doena;
23. Distribuio das doenas Onde ?
Quem?
O que?
24. Determinantes da doena Identificar fatores de risco e/ou fatores de proteo que esto associados a um desfecho.
25. Objetivo de um estudo epidemiolgico Determinar se h associao estatstica entre uma exposio e um desfecho - quantificar a magnitude da relao exposio-doena;
Caso exista uma associao estatstica, determinar se a associao observada causal;
26. Populao de risco
27. Questes epidemiolgicas bsicas Qual a freqncia de determinado evento
( D) na populao alvo?
28. A exposio ao fator E afeta a possibilidade de haver modificao no estado D ?
32. Estudos Epidemiolgicos Estudos Observacionais
Estudo de Coorte
Estudo de Caso-Controle
Estudo Transversal
Estudo Ecolgico Estudos Experimentais
Ensaio Clnico Randomizados
Quase-Experimento
Ensaio em nvel de Comunidade
33. COORTE Do latim, cohors
Batalho de 300-600 soldados romanos, todos de um determinado tipo, por exemplo da cavalaria
10 coortes formavam uma legio
34. O termo coorte" foi introduzido na epidemiologia por Frost em 1935,
Para comparar a experincia de doena de pessoas nascidas em diferentes perodos,
No caso, a incidncia de tuberculose especfica para sexo ou idade.
35. Objetivo do estudo de Coorte Mimetiza o progresso do indivduo ao longo da vida e acompanha o risco da doena;
o delineamento padro-ouro porque a exposio/fator de risco observado antes que o desfecho ocorra;
O ECR um delineamento de coorte com exposio com a exposio alocada e no observada.
37. Tempo do Seguimento do Coorte vs. Tempo quando as mensuraes so feitas Coorte concorrente (ou prospectivo) possibilita mais controle, porque as medidas so realizadas no mesmo momento que aloca e faz o seguimento
Coorte no concorrente (ou retrospectivo) realiza as mensuraes no passado
Coorte mistos obtm algumas mensuraes feitas no passado e o resto ao longo do seguimento
39. Perda de Sujeitos no seguimento Se as perdas so ao acaso, somente o poder comprometido
40. Estudos de Coorte
41. Two Cohort Studies of HCV/HIV Coinfection and Risk of AIDS Swiss HIV Cohort
3111 patients, 96-99
At least two visits
Med. follow-up 28 mos
HCV+ more rapid disease progression
Adj RH = 1.7 (95% CI = 1.3 - 2.3)
No loss to follow-up info
(Greub, Lancet, 2000)
Johns Hopkins Cohort
1955 patients, 95-01
At least two visits
Med. follow-up 25 mos
HCV not associated with disease progression
Adj RH = 1.0 (95% CI = 0.9 - 1.2)
No loss to follow-up info
(Sulkowski, JAMA, 2002)
42. Estudos Prospectivos Clssicos British Doctors Study
American Cancer Society Study
Framingham Study
43. Mdicos britnicos
44. Corte definida por caracteristicas comuns
que identificam os
membros da coorte Estudos Prospectivos: avaliaco mais abrangente, estudo de Framingham
45.
Consistem em:
definir grupos de indivduos por alguma varivel (residncia, profisso, comportamento ou exposio ambiental),
e acompanh-los no tempo para avaliar se as taxas de incidncia ou de mortalidade variam de acordo com essa varivel.
Estudos de Coorte, McMahon, 1960
46. Estudos de Coorte: abrangncia Quatro classificaes, baseadas:
Nas caractersticas que levam os participantes a ser membros da coorte (ocupao, rea geogrfica, exposio, ano de nascimento etc.)
No tipo de desfecho investigado
Na presena ou no da doena no incio do estudo
Na natureza observacional ou experimental do estudo
47. Como respondem pergunta de investigao? PERMITEM VERIFICAR A ASSOCIAO ENTRE O FATOR DE EXPOSIO E O DESFECHO, SEGUINDO UMA SEQUNCIA LGICA TEMPORAL.
50. 1. DEFINIR A PERGUNTA DA INVESTIGAO
51. SEGUIMENTO Deve ser similar para os dois grupos (expostos e no-expostos);
Indivduos acessveis, dispostos a colaborar;
Tempo de seguimento deve incluir o perodo de induo e latncia da doena em estudo;
Cuidado com perdas, principalmente perdas de magnitudes diferentes entre os grupos.
52. DETERMINAO DOS DESFECHOS (efeitos, eventos de interesse)
Desfecho deve ser definido antes de se iniciar o estudo, devendo ser claro, especfico e mensurvel;
Critrios e procedimentos diagnsticos iguais para os dois grupos;
Preferencialmente, determinao do evento deve ser cega.
53. INTERPRETAO Fontes de erros:
erros aleatrios;
erros sistemticos (vieses):
Vis de seleo: diferenas sistemticas entre caractersticas nos dois grupos, alm do fator em exposio;
Vis de seleo:
# voluntrios;
# no-resposta;
# trabalhador saudvel;
# perdas diferenciais entre grupos;
# Berkson (pop. hospitalar);
54. INTERPRETAO
Vis de informao (aferio): forma ou efetividade distinta em determinar o(s) desfecho(s) entre os 2 grupos;
Vis de aferio (de classificao):
# Hawthorne (sujeito-dependente);
# entrevistador-dependente;
# tcnica-dependente.
55. INTERPRETAO Vis de confuso (confounder):
a associao observada se deve a uma terceira varivel, que se relaciona com a varivel de exposio e com o desfecho.
Cuidado! A varivel de confuso no faz parte da cadeia causal existente entre a exposio e o desfecho.
Perdas
56. VANTAGENS permite o clculo de taxas de incidncia em expostos e no expostos e, atravs destas, o Risco Relativo (RR);
o fator de exposio definido no incio do estudo no sofrendo influncias da presena ou ausncia do evento de interesse;
melhor mtodo para se conhecer com preciso a histria natural de uma doena, assim como sua incidncia;
57. VANTAGENS permite o estudo de mltiplos efeitos/conseqncias de um mesmo fator de exposio;
vieses de confuso so mais fceis de controlar;
permite o estudo de fatores de exposio pouco freqentes;
reduz a possibilidade de ocorrncia de vis de sobrevivncia.
58. LIMITAES caros, devido ao longo perodo de seguimento;
existncia de possveis fatores (vis) de confuso;
longa durao, com a existncia implcita de perdas de magnitude diferente entre expostos e no-expostos;
menos adequados para o estudo de mltiplas causas de um evento especfico (multicausalidade);
59. LIMITAES no apropriados para o estudo de doenas raras;
suscetveis a perdas que podem comprometer a validez do estudo;
pouco reprodutveis;
possibilidade de mudana no estado de exposio entre os dois grupos (exposto vira no-exposto; no-exposto vira exposto);
pouco apropriados para doenas com longo perodo de latncia.
60. Medidas de Associao
61. Risco Relativo
62. Clculo do Risco
MEDIDAS DE ASSOCIAO E IMPACTO
Em estudos de coorte os dados so coletados individualmente, possibilitando a construo de uma tabela 2 x 2.
Estudos de coorte
Incidncia acumulada = n casos novos__ (proporo) n indivduos em risco
Taxa de incidncia = n casos novos____
(taxa) (n pessoas-tempo em risco)
63. RISCO RELATIVO (RR) Medida que estima a magnitude de uma associao, indica a probabilidade que um evento ocorra em um grupo de indivduos expostos com relao ao grupo no-exposto.
Incidncia expostos (Ie)
RR= -----------------------------------------------------
Incidncia no-expostos (Io)
RR=1 nulo, sem associao;
RR>1 associao, indicando fator de risco;
RR<1 associao, indicando fator protetor.
64. Risco Atribuvel Indica a poro de incidncia deste evento que se deve exclusivamente ao fator de exposio. uma medida de impacto potencial.
RAE = (Incidncia expostos) (Incidncia no-expostos)
65. NUNCA ESQUEA
Incluir:
as variveis demogrficas (idade,raa,etc), pois afetam a freqncia das doenas,
variveis relacionadas classe social (renda, escolaridade) e
outros determinantes do processo sade-doena (acesso aos servios sanitrios, redes sociais, etc).
66. Exerccio: Tanto a razo de produto cruzado (odds ratio) e o risco relativo comparam a probabilidade de um evento entre dois grupos.
Considere os seguintes dados sobre sobrevida dos passageiros do Titanic. Havia 462 mulheres: 308 sobreviveram e 154 morreram. Havia 851 homens: 142 sobreviveram e 709 morreram.
67. Calcule o odds ratio e o risco relativo de Morte por sexo no acidente Titanic
68. Risco Relativo O risco relativo (algumas vezes chamado de razo de risco) compara a probabilidade de morte em cada grupo em vez do valor da chance.
Para os homens, a probabilidade de morte 83% (709/851=0,8331).
Para mulheres, a probabilidade de morte 33% (154/462=0,3333).
O risco relativo de morte 2,5 (0,8331/0,3333).
Interpretao: Existe uma probabilidade 2,5 vezes maior de morrer entre os homens em comparao com as mulheres.
O resultado do odds ratio super-estima o resultado do Risco relativo
OR =9,98