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Um coração “disritmado” pela dor: relato de um caso clínico

Um coração “disritmado” pela dor: relato de um caso clínico. NOME DO COGRESSO (64 CONGRESSO BRAS...). Psic. Joana Pereira de Carvalho Coautoras : Alessandra Martins Alves Ferreira Aline Ataíde Del Raso 14/09/2009. LOGOMARCA HAN.

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Um coração “disritmado” pela dor: relato de um caso clínico

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  1. Um coração “disritmado” pela dor: relato de um caso clínico NOME DO COGRESSO (64 CONGRESSO BRAS...) Psic. Joana Pereira de Carvalho Coautoras: Alessandra Martins Alves Ferreira Aline Ataíde Del Raso 14/09/2009 LOGOMARCA HAN

  2. A Síndrome de Brugada tem despertado grande interesse da comunidade científica, sendo uma condição de rara ocorrência e difícil diagnóstico. Apresenta grande potencial para o desenvolvimento de arritmias ventriculares graves, com produção de quadro de síncope e/ou morte súbita (Maia e cols., Arq. Bras. Card., volume 74, 2000) • O presente relato compõe um estudo de caso e tem como objetivo descrever e discutir intervenções psicológicas em um paciente diagnosticado com Síndrome de Brugada, internado na Unidade Coronariana de um hospital em Salvador, estando sob intenso estresse devido à hospitalização do filho com prognóstico reservado.

  3. RELATO DO CASO: • Paciente: Daniel de Souza (nome fictício) • 25 anos • Casado, 1 filho • Religião: Evagélico • Proveniente do interior da Bahia • Não sabia ser portador de qualquer patologia até que, ao receber notícia de parada cardiorrespiratória sofrida pelo filho de 11 meses (internado em Unidade de Terapia Intensiva com quadro de sepse), apresentou quadro de palpitações, desconforto precordial e dispnéia, seguidos de síncope. Após realização de exames, teve diagnóstico de Síndrome de Brugada.

  4. Admissão: “Paciente transferido da UTI do HGRS, onde foi admitido com história de palpitações, desconforto precordial, dispnéia, seguido de síncope há cerca de 24 horas. Refere episódios prévios de palpitações associado a tontura e dispnéia. Relata casos de morte súbita na família. Realizou ECG ... compatível com Síndrome de Brugada. Admitido na UCO assintomático, hemodinamicamente estável, bradicárdico, em ventilação espontânea, com padrão respiratório confortável. Vigil, orientado.” • Plano: Avaliação com arritmologia / implante de CDI (CardioversorDesfibrilador Implantável).

  5. Família informa à equipe o falecimento do filho de Daniel após 06 paradas cardiorrespiratórias, naquele mesmo dia. • Informação não compartilhada com Daniel, devido ao grande risco de morte súbita. • Decide-se aguardar o implante do CDI para informar ao paciente o falecimento do seu filho.

  6. Família: • Principais acompanhantes: esposa, irmã e sogra. • Esposa encontra muita dificuldade no manejo da situação perda do filho perda do marido (?)

  7. ATENDIMENTOS PSICOLÓGICOS AO PACIENTE • Psicoterapia breve e focal • Intervenção em crise Caracteriza-se por uma intervenção no momento em que o indivíduo encontra-se desestruturado e desorganizado, e não possui a capacidade de utilizar os seus próprios recursos para o enfrentamento da situação.

  8. Processo Terapêutico • Focado na elaboração do luto “antecipatório” do paciente com relação ao seu filho. Negação - apoiava-se em recursos como “um milagre pode acontecer” ou “se meu filho morrer, Deus irá ressuscitá-lo” Aceitação Parcial - fala da possibilidade de falecimento do filho, mas apega-se à forte esperança de que isso não ocorra (mesmo percebendo e comentando comportamento “estranho” dos seus familiares)

  9. Principais Recursos • Trabalho com os sonhos do paciente Sonho do cachorro Sonho do rio • Coping religioso/espiritual, uma vez que Daniel possuía forte apego à fé e à religião

  10. Intervenção em Crise • Utilizada no momento em que Daniel recebeu a informação do falecimento do filho, através da família, e se desorganizou. • A esposa e irmã do paciente, igualmente desestruturadas, também foram acolhidas neste momento.

  11. Ressalta-se a importância do acompanhamento psicológico prestado a Daniel e seus familiares, no sentido de promover recursos de enfrentamento e prestar acolhimento em situação de forte estresse que, além de acarretar em sofrimento psíquico, configurava-se como forte risco de morte para o paciente.

  12. OBRIGADA! joanacarvalho.psi@gmail.com

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