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Relato de Caso. Flávia Watusi de Faria Orientadora: Dra. Elisa Carvalho Escola Superior de Ciências da Saúde (ESCS)/SES/DF. Identificação. A.C.A.G Feminina 1m e 23ddv Natural e procedente de Águas Lindas – GO Data internação(UCIP): 27/09/06. História da Doença Atual.
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Relato de Caso Flávia Watusi de Faria Orientadora: Dra. Elisa Carvalho Escola Superior de Ciências da Saúde (ESCS)/SES/DF
Identificação • A.C.A.G • Feminina • 1m e 23ddv • Natural e procedente de Águas Lindas – GO • Data internação(UCIP): 27/09/06
História da Doença Atual Lactente, procedente do HRBraz, lá internado há 1 dia por quadro de desconforto respiratório importante (PNM?), apresentou quadro de crise convulsiva hoje, rapidamente voltando a ter nova crise 1h após a primeira. As crises eram subentrantes, com movimentos tônico-clônicos, liberação esfíncteriana, inconsciência, cianose e sialorréia. Feito diazepam (0,5mg 30/30min, 2x) e Fenocris 160mg IM, com remissão das crises
Chegou à UCIP em respiração espontânea, com dispnéia leve e retração subcostal, acianótico em oxitenda a 100% de O2, saturando 97%, sem drogas vasoativas, sedada, apresentando edema palpebral bilateral e fontanela normotensa e plana. ANTECEDENTES Não constam no prontuário.
EXAME FÍSICO • Sinais Vitais: • FC: 187bpm FR:52irpm PA:127/85 T: 37ºC • Estado geral comprometido, hidratada, hipocorada (1+/4+), afebril, semi-consciente (sedada) • A. Cardiovascular: RCR, 2T, bulhas rítmicas e normofonéticas, sem sopros • A. Respiratório: Murmúrio vesicular diminuído, com sibilos expiratórios. • Abdome: flácido, sem visceromegalias ou massas palpáveis • Extremidades: perfusão lenta (4”), pulsos presentes e simétricos.
Exames complementares G. Art Fio2 100% G. Ven Fio2 70%
Conduta • Ventilação mecânica • SOG + SVD • Acesso central em veia subclávia direita
Hipótese Diagnóstica Coqueluche
Resumindo o caso • Lactente feminino • 1mês e 26 dias de vida • Queixas: 1. Tosseparoxística 2. Desconforto Respiratório 3.Febre
Causas de Tosse Mecânicos / Químicos Inflamatórias Outros Corpos estranhos Faringite aguda Neoplasias compressivas Gases irritantes Laringite aguda Fumaça do tabaco TB pulmonar Traqueobronquite Cardiovascu-lares Micoses profundas Coqueluche Bronquiolite Edema pulmonar Asma brônquica Bronquiectasias Infarto pulmonar Fibrose Cística Pneumonias Aneurisma de aorta
Analisando o Caso... A doença é aguda ou crônica? É infecciosa ou não-infecciosa? AGUDA Provável infecciosa
Analisando o caso... Há sinais ou fatores de risco para distúrbios cardiovasculares? Há indícios de exposição a substâncias potencialmente irritantes? NÃO NÃO
Diagnósticos Sindrômicos Síndrome infecciosa Tosse paroxística Insuficiência respiratória aguda E as convulsões? Infecções do SNC Secundária à nosologia de base
Então... Mecânicos / Químicos Inflamatórias Outros Corpos estranhos Faringite aguda Neoplasias compressivas Gases irritantes Laringite aguda Fumaça do tabaco TB pulmonar Traqueobronquite Micoses profundas Cardiovascu-lares Coqueluche Bronquiectasias Edema pulmonar Asma brônquica Infarto pulmonar Pneumonias Fibrose Cística Aneurisma de aorta
Como ficamos? COQUELUCHE + PNM?
CoquelucheConsiderações Gerais • Doença infecto-contagiosa, universal, causada pelo coco-bacilo Gram -, encapsulado Bordetella pertussis. • Outros patógenos envolvidos: B. parapertussis, adenovírus, Clamídia e outros. • 1º descrição no século XVII, por Sydenham ► pertussis (per = severa + tussis= tosse). • Grupos com maior risco de gravidade: • < 1 ano de idade • Desnutridos • Imunocomprometidos.
CoquelucheConsiderações Gerais • Contágio respiratório ► do estágio catarral até 4 semanas após início da fase paroxística. • Índice de contágio de 80% • A mortalidade e morbidade declinando.
↓ resposta inflamatória Neurotoxici-dade. Inibe macrófagos Sensibiliza histamina Necrose do epitélio Sobrevivência do bacilo Cilioestase Aderência ao epitélio ciliado das vias aéreas superiores Liberação de toxinas Fator promotor de leucolinfocitose (FPL) Adenilatociclase Citotoxina Traqueal e Dermonecrótica
Acessos de tosse intensa, com períodos de acalmia ►salva de episódios curtos, rápidos e repetidos, dentro do mesmo movimento expiratório. No limite da apnéia ► inspiração profunda, glote estreitada = “guincho”►eliminação de secreção espessa + vômito. • Nos intervalos, a cça passa bem. Ausculta normal • Cianose, apéia, convulsões e ≠ de consciência nas crianças menores. • Duração: 4 a 6 semanas. • Tosse, coriza, febre, mal-estar, lacrimejamento = Estado gripal • Duração de 1 a 2 semanas. CoquelucheQuadro Clínico Convales-cência Paroxística Catarral Regressão dos paroxismos de 3 modos: ↓ intensidade; ↓ frequência, mesma violência; ↑ nº de vezes, ↓ frequência e intensidade. Duração: 3 semanas
CoquelucheComplicações Broncopneumonia 90% dos óbitos Convulsões (hipóxia / ↓ Na) Atelectasias Encefalopatia da coqueluche Epistaxe, hemorragias conjuntivais Otite média + lactentes
CoquelucheDiagnóstico • Quadro clínico • Exames laboratoriais: • HC e bioquímica • leucocitose (pode ser acentuada = >100.000), com linfocitose absoluta e relativa. • Hiponatremia – vômitos • Rx • Normal, hiperinsuflação, padrão intersticial, coração felpudo, atelectasias.
CoquelucheDiagnóstico Diagnóstico de certeza • Cultura (meio de Bordet Gengou), de nasofaringe. • Imunoflurorescência da secreção nasofaríngea • Sorologia por ELISA • PCR
CoquelucheTratamento Fase catarral Fase Paroxística Hospitalização • latente até 3 meses • 3-6 meses nos casos graves • Crianças maiores – se complicações. • Nos acessos: • aspiração VAS + O2 • Intubação nos casos graves. • Boa ventilação local; • Refeições pós- paroxismos. • Corticóide nos casos graves; • Salbutamol • Complicações bacterianas: ampi/amoxa, cefalospo-rinas. • Única em que se é capaz de mudar o curso da doença • ATB: macrolídeo(5-7 dias) • Globulina hiperimune – pode ser útil • Isolamento
CoquelucheTratamento Conduta para os contatantes (crianças) Vacinação básica completa Não previamente imunizados < 7 anos: 1 reforço de DTP+ Eritromicina 10 dias > 7 anos: Eritromicina 7 dias Eritromicina 7-10 dias Iniciar /completar vacinação nos < 7 anos