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Religião de Jesus

Religião de Jesus. Fonte : Artigo de Sérgio Biagi Gregório. Religião de Jesus.

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Religião de Jesus

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  1. Religião de Jesus Fonte : Artigo de Sérgio Biagi Gregório

  2. Religião de Jesus • SUMÁRIO: 1. Introdução. 2. Conceito: 2.1 Religião; 2.2. Jesus Cristo. 3. Contexto Histórico da Vinda de Jesus: 3.1. Judaísmo; 3.2. O Messias. 4. O Problema da Religião. 5. Jesus Cristo: 5.1. Nascimento e Infância; 5.2. A Pregação; 5.3. A Perspectiva da Cruz. 6. A Religião de Jesus: 6.1. Evangelho; 6.2. Jesus e os Apóstolos; 6.3. As Instruções aos Discípulos. 7. Conclusão. 8. Bibliografia Consultada.

  3. 1. INTRODUÇÃO • Professava Jesus alguma religião? Qual o alcance que devemos dar ao termo religião? Devemos ter uma religião ou sermos religiosos? • Estas e outras questões são pertinentes a este assunto. • Assim, o nosso objetivo é enaltecer o ser religioso que há dentro da cada um de nós, independentemente da religião que venhamos a professar.

  4. CONCEITO RELIGIÃO • A palavra religião é de origem latina (religio). O significado não é claro. Cícero (106-43 a. C.) no De Natura Deorum afirma que a palavra vem da raiz relegere ("considerar cuidadosamente"), oposto de neglere, descuidar. Já Lactâncio, escritor cristão (m. 330 d.C.), diz que vem de religare ("ligar", "prender"). Para Cícero, a religião é um procedimento consciencioso, mesmo penoso, em relação aos deuses reconhecidos pelo Estado. Para Lactâncio, a religião liga os homens a Deus pela piedade. Um termo de partida e um de chegada, em que princípio e fim são os mesmos. As duas raízes complementam-se. (Enciclopédia Luso-Brasileira)

  5. JESUS CRISTO • Jesus Cristo (de Jesoûs, forma grega do hebraico Joxuá, contração de Jehoxuá, isto é, "Jeová ajuda ou é salvador", e de Cristo, do grego Christós, corresponde ao hebraico Moxiá, escolhido ou ungido).

  6. CONTEXTO HISTÓRICO DA VINDA DE JESUS • 3.1. JUDAÍSMO • O povo judeu, ao qual Jesus e os apóstolos pertenciam, fazia parte do grande império romano que estendia as asas das suas águias do Atlântico ao Índico. O jugo romano, porém, pesava de modo especial sobre a Palestina ao contrário dos outros povos. • O ambiente histórico-religioso em que os ensinamentos de Jesus floresceram é o do judaísmo, formado e alimentado pelos livros sacros do Antigo Testamento, condicionado pelos acontecimentos históricos, pelas instituições nas quais se encontrou inserido e pelas correntes religiosas que o especificaram. • Embora o cristianismo seja uma religião revelada, diferente da judaica, apareceu historicamente como continuação e aperfeiçoamento da revelação dada por Deus ao povo de Israel. Jesus era um judeu, que nasceu e viveu na Palestina. Os apóstolos eram todos da sua gente e da sua religião. (Battaglia, 1984, p. 118)

  7. O MESSIAS • A idéia de um messias geralmente atribuída ao Judaísmo, é historicamente anterior e encontra-se em outras crenças, entre vários povos. Ela é explicada, porém, com base na concepção de um passado remoto em que os homens teriam vivido situação melhor e que voltaria a existir pela mediação entre os homens e a divindade, de um Salvador. • Emmanuel entretanto explica que os Capelinos, ao serem recebidos por Jesus, teriam guardado as reminiscências de seu planeta de origem e das promessas do Cristo, que as fortalecera ao longo do tempo, "enviando-lhe periodicamente os seus missionários e mensageiros. • Os enviados do infinito falaram na china milenar, no Egito na Pérsia etc. • Entre os judeus a idéia do Messias Salvador surge entre os séculos IV e III a. C. pela literatura profética. É o ungido, o enviado de Iavé com a missão de instaurar o reino de Deus no mundo. (Curti, 1980, p. 35)

  8. O PROBLEMA DA RELIGIÃO • Esta palavra, como tantas outras, quando estudada em profundidade, traz dificuldade de entendimento. • Depois de evocada, vem à nossa mente um sistema de crenças, cuja ortodoxia dogmática deve ser seguida pelos seus adeptos. • O Espírito Emmanuel, contudo, esclarece-nos a diferença entre religiões e religião: religião é o sentimento divino que une a criatura ao Criador; as religiões são organizações dos homens, falíveis e imperfeitas como eles próprios, embora dignas de todo o acatamento pelo sopro de inspiração superior que as faz surgir. • Assim, se quisermos falar em RELIGIÃO DE JESUS, não podemos nos prender a nenhuma ortodoxia existente, mas ao sentimento que une o indivíduo a Deus. Negligenciando esta observação, podemos cair em graves erros e discussões infindáveis que não nos levam a lugar nenhum.

  9. JESUS CRISTO NASCIMENTO E INFÂNCIA • A história de Jesus, tal como se processou sua vida, é muito difícil de se reconstituir hoje, porque os Evangelhos são praticamente a única fonte existente a fornecê-la, e eles descrevem muito mais o que Jesus vem a significar, após a sua morte para a Igreja, do que os fatos tal como aconteceram. • O Evangelho nos diz que para fugir à matança das crianças, a Sagrada Família julgou conveniente fugir para o Egito. Depois da morte de Herodes regressou do exílio e estabeleceu-se em Nazaré, na Galiléia. Aí passou Jesus a infância e a juventude, exalçando pelo exemplo, como operário na oficina de José, a dignidade do trabalho, no qual a Antigüidade vira unicamente a função própria do escravo. • Além disso, pouco ou nada se sabe acerca de sua infância. Lucas limita-se a dizer que "...crescia e se fortalecia cheio de sabedoria; e a graça de Deus estava sobre Ele". (Lucas, 2, 40) Narra-se que certa vez, na Páscoa, quando contava 12 anos, seus pais o perderam, reencontrando-o só após três dias "...assentado no meio dos doutores, ouvindo-os e interrogando-os. E todos que o ouviam admiravam a Sua inteligência e respostas". (Lucas, 2, 46 e 47)

  10. A PREGAÇÃO • Contava trinta anos quando começou a pregar a "Boa Nova". Compreende a sua vida pública um pouco mais de três anos (27 a 30 da era cristã). Utilizou-se, na sua pregação, o apelo combinado à razão e ao sentimento, por meio de parábolas ilustrativas das verdades morais. • As duas regiões de sua pregação: • 1) Galiléia (Nazaré) - as cercanias do lago de Genesaré e as cidades por ele banhadas, e principalmente Cafarnaum, centro a atividade messiânica de Jesus; • 2) Jerusalém - que visitou durante quatro vezes durante o seu apostolado e sempre por ocasião da Páscoa. • Na Galiléia, percorrendo os campos, as aldeias e as cidades, Jesus anunciava às turbas que o seguem o Reino de Deus; é aí, também, que recruta os seus doze apóstolos e os prepara para serem as suas testemunhas. Ao mesmo tempo, vai realizando milagres. • Em Jerusalém, continuamente perseguido pela hostilidade dos fariseus (seita muito considerada e muito influente, que constituía a casta douta e ortodoxa do judaísmo), ataca a hipocrisia deles e esquiva-se às suas ciladas. Como prova de sua missão divina, apresenta-lhes a cura de um cego de nascença e a ressurreição de Lázaro. (Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira)

  11. A RELIGIÃO DE JESUS • Em que se funda a religião de Jesus? Onde podemos encontrar argumentos para fundamentar a sua existência?

  12. EVANGELHO • O Evangelho é a única fonte fidedigna da vida e missão de Jesus Cristo. • Esta palavra vem do grego euangelion e significa "boa notícia", "boa nova". Buscando o conteúdo narrado por Mateus, Marcos, Lucas e João, teremos os subsídios necessários para a compreensão da religião de Jesus, ou seja, da boa nova que ele quis nos passar. • Observe que Allan Ka12rdec, na introdução de O Evangelho Segundo o Espiritismo escolhe, dentre as 5 divisões, o ensino moral, o único que não está afeito a controvérsias, podendo, inclusive, unir todas as crenças em torno da sua mensagem universalista.

  13. JESUS E OS APÓSTOLOS • Em muitos aspectos, a relação entre Jesus e seus discípulos era semelhante às relações entre o rabino hebreu e seus discípulos. • Os rabinos ou doutores da Lei reuniam em torno de si muitos discípulos, aos quais transmitiam a sua doutrina. Esses discípulos, por seu turno, podiam tornar-se rabinos e continuar a tradição que tinham recebido. • Os hebreus consideravam o próprio Jesus como um rabino que tinha os seus discípulos. • As relações entre Jesus e seus discípulos não eram exatamente iguais às relações que havia entre um rabino e seus discípulos. • Jesus pedia uma adesão pessoal mais completa do que aquela que era pedida pelos rabinos. O seu discípulo deveria estar disposto a abandonar pai, mãe, filho e filha, a tomar a sua cruz e dar a vida no seguimento de Jesus. Como seu mestre, os discípulos deveriam abandonar suas casas, ficando sem ter onde repousar a cabeça. (Mackenzie, 1984)

  14. AS INSTRUÇÕES AOS DISCÍPULOS • "A estes doze enviou Jesus, dando-lhes as seguintes instruções: Não tomeis rumo aos gentios, nem entreis em cidade de samaritanos; mas, de preferência, procurai as ovelhas perdidas da casa de Israel; e, à medida que seguirdes, pregai que está próximo o reino dos céus. Curai os enfermos, ressuscitai os mortos, purificai leprosos, repeli demônios; de graça recebestes, de graça dai. • Não vos provereis de ouro, nem de prata, nem de cobre nos vossos cintos; nem de alforje para o caminho, nem de duas túnicas, nem de sandálias, nem de bordão: porque digno é o trabalhador do seu alimento. • E em qualquer cidade ou povoado em que entrardes, indagai quem neles é digno; e aí ficai até vos retirardes. Ao entrardes na casa, saudai-a; se, com efeito, a casa for digna, venha sobre ela a vossa paz; se, porém, não o for, torne para vós outros a vossa paz. • Se alguém não vos receber, nem ouvir as vossas palavras, ao sairdes daquela casa ou daquela cidade, sacudi o pó dos vossos pés". (Mateus, 10, 5 a 14)

  15. CONCLUSÃO • Como vimos, Jesus não teve uma religião no sentido ortodoxo do termo, mas deixou-nos todos os fundamentos para a verdadeira religião, aquela que une todas as almas crentes num vínculo comum, em que o amor se expressa como o alimento de todas as almas.

  16. BIBLIOGRAFIA CONSULTADA • BATTAGLIA, 0. Introdução aos Evangelhos — Um Estudo Histórico-crítico. Rio de Janeiro, Vozes, 1984.CURTI, R. Monoteísmo e Jesus. São Paulo, FEESP, 1980.Enciclopédia Luso-Brasileira de Cultura. Lisboa, Verbo, s. d. p. • Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira. Lisboa/Rio de Janeiro, Editorial Enciclopédia, s.d. p.Polis - Enciclopédia Verbo da Sociedade e do Estado. Lisboa/São Paulo, Verbo • Artigo de Sergio B. Gregório

  17. Organização: Graça Maciel www.luzdoespiritismo.com

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