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Esporte e Arte Prof. Dr. Victor Melo Universidade Federal do Rio de Janeiro

Esporte e Arte Prof. Dr. Victor Melo Universidade Federal do Rio de Janeiro. APRESENTAÇÃO. Objetivos do curso Discutir as relações entre esporte e arte b) Apresentar possibilidades de trato pedagógico a partir do relacionamento entre esporte e arte

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Esporte e Arte Prof. Dr. Victor Melo Universidade Federal do Rio de Janeiro

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Presentation Transcript


  1. Esporte e Arte Prof. Dr. Victor Melo Universidade Federal do Rio de Janeiro

  2. APRESENTAÇÃO Objetivos do curso • Discutir as relações entre esporte e arte b) Apresentar possibilidades de trato pedagógico a partir do relacionamento entre esporte e arte c) Discutir as representações de esporte no cinema

  3. APRESENTAÇÃO As aulas * Local: Salas – Troféus/320/vídeo * Calendário e outras informações: www.lazer.eefd.ufrj.br; www.ceme.eefd.ufrj.br * Dinâmica: Aulas expositivas com discussão; aulas com filmes

  4. APRESENTAÇÃO Temas a serem trabalhados Conceitos básicos * Conceitos de arte e esporte * Por que estudar a relação entre esporte e arte? * Esporte é uma forma de arte? * Esporte e arte: princípios pedagógicos * Cinema: conceitos básicos * Comentários cinematográficos * Esporte e cinema: relações modernas * Esporte e cinema: relações no mundo * Esporte e cinema: relações no Brasil

  5. APRESENTAÇÃO Temas a serem trabalhados Representações * Futebol e cinema * Futebol, política e cinema * Torcidas organizadas e cinema * Gênero, esporte e cinema * Esporte, globalização e cinema * Lutas e cinema * Esportes radicais e cinema * Jogos Olímpicos e cinema

  6. APRESENTAÇÃOEsporte e Arte: relações Vinculação Institucional • Centro de Memória da EEFD/UFRJ • Grupo de Pesquisa Lazer e Minorias Sociais/EEFD/UFRJ • Instituto Virtual do Esporte/Faperj • Programa Avançado de Cultura Contemporânea/UFRJ a) Apoios • CNPq (Edital Universal - 2003; Bolsa Produtividade) • Faperj (Bolsa Jovem Cientista de Nosso Estado; Instituto Virtual do Esporte – AT, IC, ARE)

  7. APRESENTAÇÃO Dimensões do Projeto 1. O ESPORTE REPRESENTADO NA ARTE 2. O ESPORTE É UMA FORMA DE ARTE? 3. COMO TRABALHAR PEDAGOGICAMENTE COM ESPORTE E ARTE? 4. ESPORTE E ARTE: DIÁLOGOS INTERSEMIÓTICOS

  8. APRESENTAÇÃODimensões do Projeto * Intuitos: • Catalogar obras; • Desenvolver estratégias pedagógicas; • Discutir diálogos intersemióticos; • Discutir representações. * Relacionados à: • ESPORTE E CINEMA (BASTANTE AVANÇADO) • ESPORTE E MÚSICA (AVANÇADO) • ESPORTE E ARTES PLÁSTICAS (EM PROCESSO) • ESPORTE E LITERATURA (INICIADO) • ESPORTE E FOTOGRAFIA (INICIADO) • ESPORTE E ARTES CÊNICAS (INICIADO) • ESPORTE E VÍDEO-GAMES • ESPORTE E REVISTAS EM QUADRINHOS • ESPORTE E CARTUNS/CHARGES • ESPORTE E MODA

  9. POR QUE ESTUDAR A RELAÇÃO ENTRE ESPORTE E ARTE? Do ponto de vista histórico (investigação da linguagem) a) Mudanças no âmbito da Teoria/Metodologia da história - Relação com as mudanças no contexto sócio-econômico - A ascensão da cultura como fundamental no capitalismo tardio - Reformulações no âmbito das ciências sociais e humanas - A história cultural e a história vista de baixo - Necessidade/possibilidade de novas fontes - O documento (tradicional/escrito) deixa de ser a fonte única

  10. POR QUE ESTUDAR A RELAÇÃO ENTRE ESPORTE E ARTE? Do ponto de vista histórico (investigação da linguagem) b) Manifest. artísticas - uma representação sobre o mundo - Dependendo do que for estudado, podem até ser mais adequadas Cuidados * Não é reprodução da realidade, não é uma janela para o mundo; é um olhar, uma interpretação, um prisma * Entender o contexto sócio-cultural da obra do artista * Entender o esporte no contexto da obra do artista * Entender o estilo e suas peculiaridades * O uso da Arte ainda é menos desenvolvido metodologicamente

  11. POR QUE ESTUDAR A RELAÇÃO ENTRE ESPORTE E ARTE? Do ponto de vista histórico (investigação da linguagem) c) Arte e história: abordagens (baseado em Nova, 2000) a) História da arte – estuda história das manifestações artísticas b) Arte como agente da história – multidisciplinar; estuda o papel/espaço/função da arte/imagem ao longo da história c) Arte como testemunho do presente/história – elementos que permitam resgatar o passado d) Arte como discurso sobre o passado – não interessa diretamente os elementos, mas como elas representam o passado; e) Produção de audiovisuais - forma de expressar o passado f) Uso da arte com fins pedagógicos

  12. POR QUE ESTUDAR A RELAÇÃO ENTRE ESPORTE E ARTE? Do ponto de vista histórico (investigação da linguagem) d) O papel/função/espaço da imagem na contemporaneidade • Na contemporaneidade, muitas vezes se tem mais acesso às práticas sociais pela arte/imagem do que pela vivência direta (esporte mais assistido pela televisão do que praticado) Relação entre esporte e arte: Pode contribuir para ampliar nosso olhar sobre o fenômeno esportivo

  13. POR QUE ESTUDAR A RELAÇÃO ENTRE ESPORTE E ARTE? Do ponto de vista pedagógico a) Críticas a Pedagogia Crítico-Social dos Conteúdos - Acaba por reificar os conteúdos “historicamente” construídos (questionamento ao conceito de cânone – quem estabeleceu que é “historicamente” construído?) - Ênfase excessiva nos valores, pouca preocupação com as sensibilidades - Com isso, distancia-se da realidade e poucas respostas são dadas ao poder dos meios de comunicação – o espaço da cultura na contemporaneidade, no capitalismo tardio, na “pós-modernidade”

  14. POR QUE ESTUDAR A RELAÇÃO ENTRE ESPORTE E ARTE? Do ponto de vista pedagógico b) Proposta – Aproximação com a Estética (disciplina filosófica) - Estética – não só arte, mas situações cotidianas (mas arte é importante) - Conhecimento sensível – ligado às sensações, aos órgãos do sentido; algo para o qual somos educados cotidianamente, interfere em nossas escolhas, “Acadêmicos ou não, em determinados momentos de nossas vidas todos vivemos em uma situação estética, por mais ingênua, simples ou espontânea que seja nossa atitude como sujeitos nela. Ante a flor que se dá de presente, o vestido que se escolhe, o rosto que cativa, ou a canção que nos agrada, vivemos essa relação peculiar com o objeto, que chamo de situação estética. E a vivemos guiados por certa consciência ou ideologia estéticas” (VAZQUEZ, 1999, p.17).

  15. POR QUE ESTUDAR A RELAÇÃO ENTRE ESPORTE E ARTE? Do ponto de vista pedagógico c) Estética e Esporte - Reconhecer os aspectos estéticos como importante para a popularidade, importância e presença social do esporte - Reconhecer a importância dos aspectos estéticos na elaboração de propostas pedagógicas; - A estética como meio (forma de ampliar a compreensão sobre o esporte) e como fim (educar para o aspecto sensível) A INTERVENÇÃO COM O ESPORTE COMO UM PÓLO DE MEDIAÇÃO E ANIMAÇÃO CULTURAL

  16. POR QUE ESTUDAR A RELAÇÃO ENTRE ESPORTE E ARTE? Do ponto de vista pedagógico d) Articulação de três dimensões * Educar pelo esporte para o desenvolvimento de novos valores * Educar pelo esporte para o desenvolvimento de novos olhares, novas sensações * Educar para o esporte, para que nossos alunos possam descobrir o prazer de se deliciar com outras formas de manifestação esportiva, outros arranjos na maneira de se praticar e/ou assistir o esporte.

  17. ARTE: CONCEITOS Conceito de Arte - Problema constante para a filosofia (mesmo antes da estética) - Discussões sobre o que arte, sua relação com o belo e com a verdade Gregos - Platão – Suposta oposição entre arte e filosofia - Luta por supremacia intelectual - Arte imitaria a vida e permitiria um simulacro da vida - Filosofia contempla e transcende e permite acesso a vida em si (essência)

  18. ARTE: CONCEITOS 1955 – Morris West – • Sugere abandonar a discussão, pois é indefinível, pois não há uma essência em função da instabilidade histórica George Dickie – Teoria Institucional da Arte • Arte é o que pessoas específicas e instituições reconhecidas dizem ser arte; • Não define a arte por si, mas pelo contexto (mercado?) Arthur Danto - Define Arte em função da História - Cada momento é que vai definir as condições para algo ser consid. arte - Continua externo a arte e formalista - Muitos seguiram essa percepção de arte como prática sócio-cultural - O que é lógico, mas se restringiria a isso?

  19. ARTE: CONCEITOS Dewey – Arte como experiência - Mas preocupado com a prática/ a difusão do que com a definição: pragmatismo - Arte é aquilo que as pessoas sentem como arte - Questiona a relação entre condições subjetivas e objetivas de acesso a arte - O autônomo no valor da arte é a experiência estética – arte não tem uma função, é uma função - Chama a atenção para a educação estética

  20. ARTE: CONCEITOS Contribuições desse conceito: a) Superar separação da arte da vida - Arte é real - Arte expressa um olhar sobre o real - Arte não é menor do que a ciência b) Função social da arte - Arte não é ascética - Arte não é para poucos - Arte é forma de expressão - A apreciação é também uma forma de produção criativa - Ampliação da consideração de linguagens/manifestações

  21. A função da arte * O contato diário com a arte * O exercício do gosto pessoal * Não utilitária * Encantamento, reflexão, prazer/emoção * Expressa pensamento, interpretação, inquietação * EXPERIÊNCIA ESTÉTICA As artes * Linguagem sonora - Música * Linguagem verbal/escrita - Literatura * Linguagem visual - Artes Plásticas, Cinema, Televisão * Linguagem corporal - Dança, Teatro * Multimídia Arte: conceitos

  22. O ESPORTE REPRESENTADO NA ARTE a) Comparação de atletas com artistas, de belas jogadas com obras de arte ou a utilização de termos artísticos como referência a peculiaridades dos certames esportivos. - Nélson Rodrigues - Pelé/Michelângelo; Garrincha/Charles Chaplin - Expressões * “futebol-arte” (em contraposição a um jogo feio, “de resultados”); * “a equipe joga por música” (quando joga unida); * “o atleta pintou uma aquarela naquela jogada” (quando realiza uma bela jogada); * “o time jogou como se coreografasse” (quando joga bonito); * “a disputa foi um verdadeiro filme em dois atos” (quando o jogo é emocionante); * “o jogador está fazendo cena, fazendo cinema” (quando finge algo).

  23. O ESPORTE REPRESENTADO NA ARTE b) Tematização do esporte pelas diferentes manifestações artísticas * Nas artes plásticas - Obras de Rubem Gerschman, Cândido Portinari, Vicente Rego Monteiro, entre outros, entre os quais muitos ligados à arte contemporânea e ligados à arte naif. - Retratado de forma direta, figurada; ou como inspiração para alguma abstração. * Na literatura - Em poesias, romances, contos e crônicas, como, por exemplo, de Machado de Assis, Arthur Azevedo, Raul Pompéia, Carlos Drummond de Andrade, Paulo Mendes Campos.

  24. O ESPORTE REPRESENTADO NA ARTE * Na música - Em letras de compositores de diferentes épocas, onde se destaca um grande número de sambas (por exemplo, de Noel Rosa, Geraldo Pereira, Chico Buarque, entre outros), mas também de outros estilos (como em recentes letras de Zeca Baleiro, dos grupos O Rappa e Skank). Há também músicas instrumentais que são produzidas a partir de uma inspiração esportiva, como o choro “1 x 0”, de Pixinguinha e Benedito Lacerda (depois recebeu letra de Nelson Angelo; ainda hoje é mais executada instrumentalmente). * Nas artes cênicas (teatro e dança) - Peças de Oduvaldo Vianna Filho e coreografias de Deborah Colker.

  25. O ESPORTE REPRESENTADO NA ARTE * No cinema - Joaquim Pedro de Andrade, Oswaldo Caldeira, Roberto Farias, Nélson Pereira dos Santos, entre outros. - Em certos filmes, o esporte é o assunto central; em alguns ocupa um papel importante, mas também é utilizado como conexão para outros temas, como em “Garrincha, Alegria do Povo” (Joaquim Pedro de Andrade) e em “Prá Frente Brasil” (Roberto Farias); em outros vemos apenas algumas cenas ou alguns personagens ligados ao esporte. - Longas, curtas, produção televisiva

  26. O ESPORTE É UMA FORMA DE ARTE? 1. Modificações contemp. dos conceitos de arte e esporte a) Diálogo com Hans-Georg Gadamer - destaca o aspecto relacional da arte - Jogo criativo entre o artista e o público - Uma forma de diversão fundamental e muito séria - Para o esporte (simbólico) - aspecto relacional é primordial: a torcida b) Práticas e objetos hoje considerados como artísticos, originariamente não eram - Objetos da cultura popular - Cinema - Esporte?

  27. O ESPORTE É UMA FORMA DE ARTE? 1. Modificações contemp. dos conceitos de arte e esporte c) Acentuar dos elementos estéticos no campo esportivo - O esporte é uma clara influência em vários setores ligados à estética - Cada vez mais forma de celebração corporal (concepção clássica) - A exposição corporal dos atletas é cada vez maior. - O estético - em alguns casos, tão ou mais importante do que as hab.técnicas. - Na modernidade – estética não só mais arte; tudo estético se aprox. da arte - Esporte? d) A partir da arte moderna – rompimento das limitadas esferas do campo artístico - Cotidiano na arte (realistas, fauvistas, Duchamp, arte contemporânea etc.) - Arte no cotidiano (Fluxus, body art) - Esporte?

  28. O ESPORTE É UMA FORMA DE ARTE? 1. Modificações contemp. dos conceitos de arte e esporte e) A partir da arte moderna - tendência à corrosão dos limites entre as formas usuais de manifestações artísticas e uma revalorização da cultura popular - Antigas “não-artes” passem a ser consideradas como arte. - Esporte? f) Similaridades entre os campos esportivo e artístico - Formas de organização (elementos simbólicos, lugares específicos, normas próprias) g) A produção de uma obra - Esporte: arte de performance (como teatro, dança, performance) - Uma arte sem script prévio (esportes coletivos); atenção: esportes “artísticos”

  29. O ESPORTE É UMA FORMA DE ARTE? 1. Modificações contemp. dos conceitos de arte e esporte h) A questão das regras - No teatro e na dança há também uma estrutura mínima que deve ser respeitada - A performance é que vai diferenciar (do ator ou do jogador) i) “Coincidências” - No século XVI, a palavra “sport” podia significar atuação teatral - Em inglês o verbo “to play” - representação teatral, a performance musical ou para a prática esportiva. - Bertold Brecht - teatro deveria incorporar a forma de organização do esporte. - Walter Benjamim - esporte e cinema possuem técnicas semelhantes de comunicação.

  30. O ESPORTE É UMA FORMA DE ARTE? 2. Arte e esporte: porque campos diferentes? - O esporte - um dos objetos mais adequados à moral burguesa - Carrega marcas de um certo antiintelectualismo - Esporte é masculino, viril; a arte feminina, afeminada. - Esporte, popular; Arte, o “salão de beleza da civiliz.” (Dewey). 3. O esporte como uma forma de arte, a “oitava arte” a) Chamar a atenção para certos preconceitos que podem ainda persistir b) Compreender melhor nosso objeto de trabalho c) Perceber de maneira mais precisa e multifacetada sua ocorrência social d) Argumentar que o diálogo com a arte se deu no nível de linguagens similares que trocaram, se interpenetraram.

  31. TRABALHANDO COM ESPORTE E ARTE * Observações iniciais - O esporte não precisa ser somente trabalhado em quadra. - Não significa negar a quadra, mas pensar outros espaços - Outras estratégias que não os elementos técnicos e táticos do jogo. - A arte como meio e como fim * Desafios/dimensões que devem ser consideradas a) Material b) A experiência de nossos alunos com cinema e seu grau de formação c) A idade de nossos alunos d) A formação do professor

  32. TRABALHANDO COM ESPORTE E ARTE * Modalidades 1. Educação pelo esporte a partir da arte a) Utilização da arte para discutir a prática esportiva em si - Uso para discutir algo ligado à prática esportiva em si: torcida, violência, regras, etc b) Utilização da arte para uma discussão ampliada a partir do esporte - Uso para discutir algo ampliado, ligado por exemplo ao contexto político nacional. 2. A utilização da arte, a partir do esporte, para uma educação para a arte - Utilizando a arte para discutir algo ligado ao esporte, aproveitamos para trabalhar com nossos alunos os elementos da arte em si

  33. TRABALHANDO COM ESPORTE E ARTE * Cinema: um exemplo Boleiros de Ugo Giorgetti - Antes da exibição – situar um pouco o filme, levantar algumas questões (cuidado: didatismo excessivo) - Depois da exibição – atitude de mediação Discutir elementos da prática esportiva (utilização da arte para discutir a prática esportiva em si) Discutir elementos estéticos, o papel do cinema brasileiro etc (utilização da arte, a partir do esporte, para uma educação para a arte) Prá Frente Brasil, de Roberto Farias - Discutir golpe militar (utilização da arte para uma discussão ampliada a partir do esporte). - Elementos estéticos (utilização da arte, a partir do esporte, para uma educação para a arte)

  34. TRABALHANDO COM ESPORTE E ARTE * Música: um exemplo Tarzan, o filho do alfaiate (Noel Rosa e Vadico, Samba-Choro, 1936) - Discutir a questão dos modelos corporais (utilização da arte para discutir a prática esportiva em si.) - Discutir aquele período histórico (utilização da arte para uma discussão ampliada a partir do esporte). - Apresentar o compositor e a música popular brasileira (utilização da arte, a partir do esporte, para uma educação para a arte.) * Observação: Articular a experiência das músicas com outras linguagens e outras formas de movimentação corporal.

  35. TRABALHANDO COM ESPORTE E ARTE * Literatura: um exemplo O árbitro (Eduardo Galeano) - A questão das regras/arbitragem (utilização da arte para discutir a prática esportiva em si) - As regras na sociedade (utilização da arte para uma discussão ampliada a partir do esporte). - O escritor e a literatura latino-americana (utilização da arte, a partir do esporte, para uma educação para a arte) * Observação: existe a possibilidade de alguns de nossos alunos terem dificuldades de entender o material literário utilizado por não estarem afeitos ao estilo e mesmo por desconhecerem algumas palavras. É importante, então, trabalhar também essas questões relacionadas ao vocabulário e ao domínio do que está escrito.

  36. CINEMA:PRINCÍPIOS BÁSICOS- A PRODUÇÃO - • 1. Pré-Filmagem • a) Idéia/ Argumento • - Idéia – núcleo narrativo ainda muito indefinido • Argumento – mais definido, ainda sem indicações técnicas • b) Tratamento • Desenvolvimento das pistas narrativas do argumento • c) Pré-roteiro/Roteiro • Descrição o mais completa/analítica possível do filme • d) Cenografia • Seleção, adaptação e/ou confecção dos espaços • e) Figurinos • Seleção, adaptação e/ou confecção das roupas e adereços • f) Maquiagem/cabelereiro • Preparação do rosto e corpos dos atores

  37. CINEMA:PRINCÍPIOS BÁSICOS- A PRODUÇÃO - 2. Filmagem a) Diretor Organiza e dirige todas as ações necessárias b) Elenco (atores/atrizes) - Protagonistas – principais na trama - Coadjuvantes – contracenam com os protagonistas - Secundários – pequenos papéis com importância - Figurantes – compõe o quadro narrativo c) Diretor de fotografia Responsável pela iluminação das cenas e preparação do processo de filmagem. Diferente do operador de câmera. d) Continuísta Assistente da direção nas tarefas operacionaisdo roteiro e) Técnico de Som/microfonista Responsáveis por captar as sonoridades f) Fotógrafo de cena Fotografa as cenas para o material publicitário

  38. CINEMA:PRINCÍPIOS BÁSICOS- A PRODUÇÃO - 3. Pós-Filmagem a) Montagem Resp. pela versão final, com cortes, trilha sonora etc. b) Músicas/Direção musical Resp. pela composição e/ou seleção da trilha sonora c) Sonorização/efeitos sonoros Também responsáveis pela sonorização d) Efeitos especiais Complementam o aspecto visual e) Produtor geral, Produtor ou Diretor de Produção Articula o trabalho com as condições materiais

  39. CINEMA:PRINCÍPIOS BÁSICOS- A PRODUÇÃO - 3. Pós-Filmagem f) Produtor executivo Responsável principalmente pelos aspectos financeiros Obs: Produtora Levanta/organiza os recursos para a realização do filme Exemplo: Miramax; Universal; co-produções g) Distribuidora Responsável por comercializar a distribuição do filme Exemplo: Lumieré; Paria Filmes; Rio Filmes h) Exibidora Dona do espaço (cinema) onde o filme é exibido Exemplo: Luis Severiano Ribeiro; Grupo Estação

  40. CINEMA:PRINCÍPIOS BÁSICOS- ELEMENTOS NARRATIVOS - 1. Plano Marcado pelo início e final de uma tomada; limitado pelas colagens a) Duração Bem breve até o máximo de carga em uma câmera b) Escala - Geral ou Grande Conjunto Grandes espaços; noção de totalidade - Meio-conjunto ou Conjunto Figura humana ainda com destaque relativo; mais detalhes - Médio Figura humana inteira - Americano Figura humana dos joelhos para cima - Próximo ou Primeiro plano Figura humana dos bustos para cima - Primeiríssimo plano Rosto - Detalhe Somente uma parte bem específica

  41. CINEMA:PRINCÍPIOS BÁSICOS- ELEMENTOS NARRATIVOS - 1. Plano c) Ângulo d) Movimentação - Fixo Câmera parada - Panorâmica Movimento giratório da câmera; horizontal, vertical, oblíqua - Travelling (carrinho) Câmera movimenta-se em um carro/carrinho/trilho - Grua ou Dolly Braço móvel em uma plataforma - Câmera na mão Operador conduz a máquina na mão - Steadycam Acoplado ao corpo do operador e) Profundidade e Definição de imagem Lugar da câmera, cor/preto e branco, granulagem, a organização de outros objetos cênicos, iluminação etc. Observ: Enquadramento e plano

  42. CINEMA:PRINCÍPIOS BÁSICOS- ELEMENTOS NARRATIVOS - • 2. Seqüência • Conjunto de planos que constituem uma unidade narrativa • Plano seqüência – seqüência em um único plano • 3. Narrativa, narração, diegese • a) Diegese • A história e seus circuitos, mesmo não na tela. • b) Narrativa • A expressão, a relação entre forma-conteúdo • c) Narração • Ponto de vista pelo qual a história é contada

  43. CINEMA:PRINCÍPIOS BÁSICOS- ELEMENTOS NARRATIVOS - • 4. A sonoridade • a) Tipos: Palavras, Ruídos, Músicas • b) Relação com imagem • - Som in: A fonte do som é visível na tela; som sincrônico • - Som out: A fonte de som não é visível na imagem, mas está dentro do que ocorre fora da tela • - Som off: Não representado na tela • c) Registro de sons • - Tomada direta no momento da filmagem • - Pós-sincronização em estúdio • - Mixagem em estúdio combinando os dois • d) Diálogos • - não escritos, improvisados • - escritos e registrados diretamente • - escritos e pós-sincronizados • - dublados

  44. COMENTÁRIOSCINEMATOGRÁFICOS • * Conceito de análise/interpretação • - Análise – decompor elementos constitutivos do filme • Interpretação – esforço de síntese; reconstituição do todo • * Tipos de análise/interpretação de um filme • - Análise Fílmica – Prática acadêmica/profissional • - Crítica – Prática profissional/informativa • Comentários Cinematográficos – Prática de lazer • * Características • - AnálIse Fílmica – averiguação sistemática; não espectador comum • - Crítica – averiguação menos sistemática; crítico profissional • - Comentários Cinematográficos – impacto emocional com sistematização; espectador comum, mas informado e crítico

  45. COMENTÁRIOSCINEMATOGRÁFICOS • * Diferenças de postura de quem vê o filme

  46. COMENTÁRIOSCINEMATOGRÁFICOS • * Conceito de Comentários Cinematográficos • - Forma de refletir sobre o filme, sem que isso signifique uma crítica ou análise profissional • Forma de, sob a forma de escrita ou oral, desdobrar e prolongar os efeitos do filme • * Parâmetros dos Comentários Cinematográficos • - Elementos técnicos (características do filme) • - Contexto históricos fílmico (a que movimento se liga?) e social (em que época foi produzido?) • Emoções que desencadea (força das metáforas; o filme te faz refletir sobre o que?) • * Comentários Cinematográficos: uma proposta de roteiro • Sugestão de tópicos a serem livremente incorporados numa narrativa atraente

  47. * O acesso ao cinema - Uma das manif. artísticas mais acessadas/assistidas - Contudo, baixa qualidade de acesso - Cinema - dispositivo de representações (logo eivado de valores), uma linguagem própria * Quais razões? Quais problemas? - Televisão/Vídeo Imagens cortadas/reduzidas Imagens aceleradas Dispersão do ambiente de casa Baixa qualidade da programação Não tem o ritual do ato de “ir ao cinema” - Circuito Poucos cinemas; má distribuição Baixa qualidade da programação Alto preço CINEMA E EDUCAÇÃO

  48. * Benefícios da TV/Vídeo Permitir ver filmes de circuito restrito Permite rever filmes especiais Permite uso didático do filme * A educação para o cinema/ a educação do olhar - Fundamental em uma sociedade de imagens - Não somente a imagem enquanto recurso didático, mas também a didática da imagem - Educação e formação cultural – o profissional de lazer CINEMA E EDUCAÇÃO

  49. ESPORTE E CINEMA:RELAÇÕES MODERNAS • A idéia da investigação • * Nós que aqui estamos por vós esperamos – M.Masagão • - Pas-de-deux – Garrincha e Fred Astaire • Heróis de um século • * Cinema e Esporte: diálogos • Duas linguagens mais difundidas no século XX (meios de comunicação) • Grande popularidade • Forte influência simbólica • Duas “gramáticas” próprias • Típicas da modernidade (Cinema, Jogos Olímpicos, França)

  50. ESPORTE E CINEMA:RELAÇÕES MODERNAS • Esporte, cinema e modernidade • * Crescimento das cidades – constituição de mercados • - Geração de uma cultura eminentemente urbana • - Valorização dos momentos de lazer; mercado de consumo simbólico • Desenvolvimento científico: velocidade; novas formas de diversão • Preocupações com o corpo; corpo como objeto de consumo • LAZER – CORPO – VELOCIDADE – IMAGEM – CIÊNCIA • ESPORTE E CINEMA

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