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ENEM 2013 – Filosofia e Sociologia

ENEM 2013 – Filosofia e Sociologia. Professor Flávio Ferrão Colégio Politécnico Bento Quirino. Filosofia – Principais autores. Filosofia antiga :  Sócrates ,  Platão  e  Aristóteles  (concepção de ética e política de cada um deles);

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ENEM 2013 – Filosofia e Sociologia

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Presentation Transcript


  1. ENEM 2013 – Filosofia e Sociologia Professor FlávioFerrão ColégioPolitécnico Bento Quirino

  2. Filosofia – Principaisautores • Filosofia antiga: Sócrates, Platão e Aristóteles (concepção de ética e política de cada um deles); • Filosofia medieval: São Tomás de Aquino (questão da relação da fé e a razão); • Filosofia moderna: Maquiavel (suas concepções no campo da política), Thomas Hobbes, John Locke, Jean-Jacques Rousseau (estado de natureza, contrato social) e Immanuel Kant; • Filosofia contemporânea: Michel Foucault;

  3. Filosofia Antiga: Compreende os quatro grandes períodos da filosofia grego-romana, indo dos pré-socráticos aos grandes sistemas do período helenístico. • Filosofia Patrística: Inicia-se com as epístolas de Paulo e o Evangelho de São João e termina no séc. VIII, quando teve início a filosofia medieval. É conhecida como Patrística pois teve intensa participação de Paulo e João, mas também dos chamados Padres da Igreja, os primeiros dirigentes espirituais e políticos do Cristianismo, após a morte dos apóstolos. • Filosofia Medieval: Abrange pensadores europeus, árabes e judeus. É o período em que a Igreja Romana dominava a Europa, ungia e coroava reis, organizava Cruzadas à Terra Santa. • Filosofia da Renascença: É marcada pela descoberta de obras de Platão desconhecidas na Idade Média e de novas obras de Aristóteles, que passam a ser lidas em grego e receber novas traduções latinas, mais acuradas e fiéis. • Três Grandes linhas de Pensamento da Renascença • 1 - Aquela proveniente da leitura de três diálogos de Platão (Banquete, Fédon, Fedro). • 2 - Aquela originária dos pensadores florentinos, que valorizava a vida ativa (a política) e defendia a liberdade das cidades italianas contra o Império Romano-Germânico, isto é, contra o poderio dos papas. • 3 - Aquele que propunha o ideal do homem como artífice de seu próprio destino. • Filosofia Moderna • Conhecido como o Grande Racionalismo Clássico. Tenta vencer o Ceticismo. Para vencer o ceticismo e restaurar o ideal filosófico da possibilidade do conhecimento racional verdadeiro e universal. Os principais pensadores desse período foram: Franciis Bacon, Descartes, Galileu, Pascal, Hobbes, Espinosa, Newton, dentre outros. • Filosofia do Iluminismo • Nesse período também  crê nos poderes da razão, chamada As luzes. Nesse período há grande interesse pelas ciências que se relacionam com a ideia de transformação progressiva. Há igualmente grande interesse e preocupação com as artes, na medida em que elas são a expressão por excelência do grau de progresso de uma civilização. Os principais pensadores do período foram: Hume, Voltaire, Rouseau, Kant entre outros. • Filosofia Contemporânea • Abrange o pensamento filosófico que vai de meados do século XIX e chega aos nossos dias. • Por ser o mais próximo de nós, torna-se mais complexo, mais difícil de definir, pois existem várias correntes. 

  4. SÓCRATES (470-399 a.c.)

  5. SÓCRATES (470-399 a.c.) Nasceu em Atenas, Grécia; Abandonou a preocupação com o mundo físico (natureza) e passou a preocupar-se com questões metafísicas, ou seja, que vão além do mundo físico, como bom, belo, justiça, virtude, coragem, etc.; Nada escreveu e, de seus ensinamentos, temos conhecimento através dos diálogos de Platão, principalmente; Foi mestre de Platão;

  6. SÓCRATES (470-399 a.c.) Seus métodos de ensino consistiam na ironia (pergunta) e maiêutica (dar a luz as ideias); Conversava com as pessoas em praça pública e nada cobrava para ensinar; Incomodou muita gente em sua época, principalmente os sofistas, pois estes acreditavam ser impossível conhecer a verdade e cobravam muito caro para ensinar; Foi considerado pelo Oráculo de Delfos o homem mais sábio de Atenas;

  7. SÓCRATES (470-399 a.c.) Apesar de ter sido considerado o homem mais sábio, humildemente dizia: “só sei que nada sei”; Admitia a própria ignorância sobre determinados assuntos para, então, adquirir um conhecimento verdadeiro; Foi condenado à morte, acusado de corromper a juventude ateniense através de seus ensinamentos; E foi, também, acusado de ateísmo e de zombar da quantidade e da personificação dos deuses (antropomorfismo dos deuses).

  8. Ética e PolíticaemSócrates • A ética socrática reside no conhecimento e em vislumbrar na felicidade o fim da ação. • Essa ética tem por objetivo preparar o homem para conhecer-se, tendo em vista que o conhecimento é a base do agir ético. Ao contrário de fomentar a desordem e o caos, a filosofia de Sócrates prima pela submissão, ou seja, pelo primado da ética do coletivo sobre a ética do individual. • A obediência à lei é o limite entre a civilização e a barbárie. • A abnegação pela causa da educação dos homens e pelo bem da coletividade, levou Sócrates a se curvar ante o desvario decisório dos homens de seu tempo. Acusado de estar corrompendo a juventude e de cultuar outros deuses, foi condenado a beber cicuta pelo tribunal ateniense.  Sócrates resignou-se à injustiça de seus acusadores, em respeito à lei a que todos regia em Atenas. • Para esse proeminente filósofo grego, o homem enquanto integrado ao modo político de vida deve zelar pelo respeito absoluto às leis comuns a todos, mesmo em detrimento da própria vida. Assim, são muitas as lições trazidas pela ética socrática:  • o conhecimento como virtude; • a educação como forma de conhecer a si mesmo e, por consequência, conhecer melhor o mundo para alcançar a felicidade;  • a primazia do coletivo sobre o individual, • a obediência às leis para garantir a ordem e a vida em sociedade.

  9. Os sofistas Quem eram? O que faziam? A palavra sofista, em grego, significa sábio. Portanto, os sofistas eram grandes sábios de sua época; Acreditavam que era impossível conhecer a verdade sobre as coisas e o mundo; Por isso, podemos dizer que eram rivais de Sócrates;

  10. Os sofistas Cobravam muito caro para ensinar o discurso(ou oratória) e a retórica (a arte de se comunicar de forma eficaz e persuasiva); Tinham a habilidade de transformar um argumento fraco em forte; Por tudo isso, podem ser considerados os primeiros advogados do mundo.

  11. Sócrates x sofistas Sócrates tinha enorme compromisso com a verdade, se preocupava em encontrar um conceito que fosse universal, ou seja, que valesse para todas as pessoas em qualquer parte do tempo e do espaço. A universalidade é, na verdade, uma das grandes características da Filosofia. Porém, os sofistas eram considerados relativistas, ou seja, para eles não existia uma verdade universal que pudesse ser conhecida. Tudo, na verdade, não passa de opinião ou da conveniência do mais forte.

  12. PLATÃO (427-347 A.C.)

  13. PLATÃO (427-347 A.C.) Considerado um dos clássicos da Filosofia; Foi discípulo de Sócrates; Todas as suas obras (livros) são em forma de diálogos; Sua doutrina principal é das ideias, também conhecida como mundo das ideias ou teoria das formas; As ideias são entidades imutáveis e eternas do pensamento e servem para explicar a aquisição dos conceitos e significados das palavras.

  14. PLATÃO (427-347 A.C.) Para ele, os sentidos revelam como as coisas são múltiplas e estão sempre mudando. Porém, a razão revela a unidade e a permanência das coisas. A ideia (forma) é o objeto próprio do conhecimento intelectual; é a realidade metafísica, necessária e universal, que ultrapassa o mundo das coisas sensíveis, que são particulares e contingentes, ou seja, não necessárias.

  15. PLATÃO (427-347 A.C.) Assim, para Platão, o mundo sensível consiste na aparência das coisas e é objeto da opinião (doxa). Enquanto que o mundo das ideias, a verdadeira realidade, é objeto da razão, do conhecimento racional e científico (episteme). No livro A República, o filósofo apresenta sua teoria das ideias e dá o seu conceito de Justiça, baseando-se na cidade (pólis) imaginária que ele cria. A célebre Alegoria (Mito) da Caverna também é apresentada neste livro e é a base da filosofia prática platônica.

  16. PLATÃO (427-347 A.C.) A pólis platônica Classe dos Magistrados: Filósofo-rei (legisla e governa a cidade) Classe Militar: Guerreiros (defendem a cidade) Classe Econômica: Artesãos e comerciantes (garantem a sobrevivência material da cidade)

  17. PLATÃO (427-347 A.C.) O Conceito de Justiça Afinal, o que é a justiça? Para explicar este conceito, Platão cria uma cidade (pólis) ideal (imaginária), divide-a em setores e distribui funções para cada setor. Portanto, diz Platão, justiça é dar a cada um o que lhe é devido. É a cidade funcionando de forma perfeita com os setores interligados em harmonia.

  18. PLATÃO (427-347 A.C.) A Teoria das Ideias

  19. PLATÃO (427-347 A.C.) O Mito da Caverna

  20. Política e ÉticaemPlatão • Para Platão, o primeiro e fundamental problema da política é que todos os homens acreditam-se capacitados para exercê-la, o que lhe parece um grave equívoco, pois ela resulta de uma arte muito especial. Distingue então três tipos de artes: 1 - aquelas que ele chama de auxiliares (que podemos classificar como as de ordem técnica, como o artesanato, a marinhagem, o pastoreio, etc...);2 - em seguida vem as artes produtoras (o plantio, a tecelagem, o comércio, etc..), e por último:3 - a arte de saber conduzir os homens, que seria a política propriamente dita, superior a todas as outras. • A Política é TecelagemPara melhor ilustrar o seu ponto de vista, recorre a uma comparação: a atividade do político, disse ele, assemelha-se à da tecelagem. Nada mais é do que a arte da vestimenta, o que implica na escolha do tecido, das peças que devem ser costuradas à mão, e da armação final, pois seu objetivo maior é dar segurança e abrigo, da mesma forma que um trajo protege das intempéries e assegura os pudores. Por isso, o político deve desenvolver habilidades tais como saber cardar e fiar, porque um dos seus afazeres maiores é conseguir misturar o tecido maior e melhor com o menor e o pior (isto é, encontrar o equilíbrio entre os fortes e poderosos e os mais fracos e indefesos).

  21. Artes Próximas mas Subordinadas à Política • Estratégia: Arte de fazer a guerra. Subordina-se à decisão superior de fazer-se ou não a guerra • Jurídica: Arte de aplicar a justiça.Subordina-se a existência das leis que são aprovadas em outras instâncias, determinada pelo arcon (o governante) ou pela assembléia. • Retórica: Arte da Oratória. Presa às circunstâncias, estimulada e condicionada pela situação momento, portanto totalmente subordinada. • A Política é a Ciência SoberanaSe nem a estratégia, nem a justiça, muito menos a retórica, são artes independentes, só resta a política como a verdadeira e única arte superior. É ela a ciência real. Ainda que não possuindo obrigações práticas, reina sobre os demais, unindo a sociedade num só tecido perfeito. O que ela consegue é graças a harmonia das leis que elabora. O objetivo de toda a ciência política é eliminar ao máximo os maus elementos, conservando porém os bons e úteis para então "fundi-los numa obra perfeitamente una por suas propriedades e estruturas".

  22. ARISTÓTELES (384-322 A.C.)

  23. Aristóteles (384-322 A.C.) Era biólogo; Não era de Atenas; Foi discípulo de Platão; Estudou durante 20 anos na Academia de Platão, mas discordou do mestre; Para ele, o mundo das ideias não corresponde à verdade; Acusado de infidelidade ao mestre, declarou: “amigo de Platão, mas mais amigo da verdade”.

  24. ARISTÓTELES (384-322 A.C.) Acreditava na existência de um motor imóvel, ou seja, aquele que move tudo e todos, mas que não precisa ser movimentado. Mais tarde, esta ideia foi usada por São Tomás de Aquino como um argumento da prova da existência de Deus. Para Aristóteles, matéria e forma estão juntas nos indivíduos, não separados, como propôs Platão. Não existe, por exemplo, O cavalo, mas este cavalo, aquele, etc. Dessa forma, ele cataloga três distinções sobre os seres:

  25. ARISTÓTELES (384-322 A.C.) ESSÊNCIA acidente É tudo aquilo que faz com a que a coisa (o ser) seja o que é. Por exemplo: a nossa forma humana. Ela não muda, é a mesma para todos. São as características variáveis e mutáveis do ser. Por exemplo: existem pessoas de cabelo comprido, curto, barba longa, pele clara, escura, etc.

  26. ARISTÓTELES (384-322 A.C.) NECESSIDADE CONTINGÊNCIA As características essenciais são necessárias, ou seja, não podem deixar de existir, caso contrário, a própria coisa (o ser) deixará de existir. Por exemplo: Sócrates é necessariamente homem (humano)... As características contingentes são as variáveis e mutáveis, ou seja, os acidentes. ... mas é contingentemente calvo (careca).

  27. ARISTÓTELES (384-322 A.C.) ATO POTÊNCIA Uma coisa pode ser una... Uma coisa, em ato, será ela mesma. Por exemplo: A semente é, em ato, semente... A árvore, em ato, é árvore, mas... ...e múltipla. ...mas ela contém a árvore em potência. ...pode ser lenha em potência.

  28. Política e Ética em Aristóteles • Para Aristóteles o homem é o único animal capaz de agir orientado por uma moral. • É constituído também de desejos e paixões, no entanto é a razão que deverá guiar suas ações. • O homem é um animal político. Todo homem deve ser capaz de viver em sociedade. • A sociedade precede o indivíduo. O todo precede a parte.

  29. O homem se diferencia dos outros animais porque não busca na união com os demais apenas a satisfação de seus desejos imediatos, como a reprodução, a proteção e a alimentação. Ele vai além, abusa das suas potencialidades, age e transforma o meio em que vive.

  30. A razão diferencia o homem dos outros animais e será por ela que ele buscará alcançar suas virtudes. • Para Aristóteles, a virtude consiste em agir em conformidade com os valores universais de uma determinada sociedade. • O que é bom para o indivíduo, deverá ser bom também para a sua sociedade.

  31. O homem orienta-se pela ética, mediada pelas leis. • Essa ética será aprendida pelos costumes; ela não lhe é intrínseca, como acreditam alguns. • A razão é fundamental para a estruturação da moral que terá um conteúdo determinante do comportamento dos cidadãos.

  32. O homem não nasce virtuoso. Os sentidos de bom e mau, certo e errado, moderado ou não moderado são coisas que ele irá aprender em sociedade, a partir do hábito. • A educação terá o importante papel de estabelecer a concordância entre as pessoas com idéias semelhantes e interesses comuns. Eis a associação de iguais.

  33. O homem virtuoso vê o verdadeiro em todas as coisas, considerando que a verdade é norma e medida de tudo. • O homem que se torna vicioso não pode deixar de sê-lo, embora, na sua origem, pudesse evitar o caminho que o levou ao vício.

  34. A justiça é o princípio de igualdade: justo é o que pega o que lhe cabe e distribui o que é direito à cada um. • A justiça está ligada a soberania das leis. • Do grupo dos que são considerados cidadãos excluem-se as mulheres, os escravos e os estrangeiros.

  35. A justa medida • O homem, além de sua capacidade racional, é dotado de desejos e paixões que o levam muitas vezes aos excessos e às faltas. • A ação ética consistirá exatamente em equilibrar, pela razão, os excessos e as faltas, alcançando a justa medida. Nem de mais, nem de menos.

  36. Filosofia Medieval • Características e principais questões debatidas e analisadas pelos filósofos medievais: • Relação entre razão e fé; • Existência e natureza de Deus; • Fronteiras entre o conhecimento e a liberdade humana; • Individualização das substâncias divisíveis e indivisíveis.

  37. Fases – FilosofianaIdadeMédia Transição para o Mundo Cristão (século V e VI) • Muitos pensadores deste período defendiam que a fé não deveria ficar subordinada a razão. • Porém, um importante filósofo cristão não seguiu este caminho. Santo Agostinho de Hipona (354 – 430) buscou a razão para justificar as crenças. Foi ele quem desenvolveu a ideia da interioridade, ou seja, o homem é dotado da consciência moral e do livre arbítrio. Escolástica (século IX ao XIV) • Foi um movimento que pretendia usar os conhecimentos greco-romanos para entender e explicar a revelação religiosa do cristianismo.  As ideias dos filósofos gregos Platão e Aristóteles adquirem grande importância nesta fase.  • Os teólogos e filósofos cristão começam a se preocupar em provar a existência da alma humana e de Deus. • Para os filósofos escolásticos a Igreja possuía um importante papel de conduzir os seres humanos à salvação. • No século XII, os conhecimentos passam a ser debatidos, armazenados e transmitidos de forma mais eficiente com o surgimento de várias universidades na Europa. • Principais representantes: Anselmo de Cantuária, Albertus Magnus, São Tomás de Aquino, John Duns Scotus e Guilherme de Ockham.

  38. Podemos destacar os seguintes pontos nesses dois períodos na filosofia medieval: • O primeiro, a Patrística (2 a.C. a 7 d.C.), teve como maior expoente Santo Agostinho (354-430), o filósofo que adaptou o pensamento de Platão aos preceitos da Igreja Católica, cuja filosofia idealista incluía, por exemplo, uma noção de alma imortal (e deste modo, pôde se adequar mais facilmente ao cristianismo). • O outro período, a Escolástica (século 8 a 14), assim chamada em razão dos professores das universidades medievais. Os escolásticos tentavam uma conciliação entre razão e fé. Um dos mais importantes nomes da filosofia medieval e maior representante deste período foi Santo Tomás de Aquino. • Coube a Tomás de Aquino tornar a metafísica aristotélica não somente aceitável para os cânones papais como também um fino tecido argumentativo em favor da fé cristã. O pensamento aristotélico, com seu caráter mais científico, representava uma ameaça à política eclesiástica.

  39. As CincoViasTomistas: • Com o uso da razão é possível demonstrar a existência de Deus, para isto propõe as cinco vias de demonstração: • Primeira via — Primeiro Motor Imóvel: tudo que se move é movido por algo ou alguém. É impossível uma cadeia infinita de motores acionando os movidos, pois cada qual precisaria de um anterior que o impulsionasse, numa sequência regressiva sem fim, e nunca se chegaria ao movimento atual. Logo, é preciso que haja um primeiro ser que tenha dado início ao movimento existente e que não tenha sido ele próprio movido por ninguém. Este ser é Deus. • Segunda via — Causa Primeira: decorre da relação de causa e efeito que se observa nas coisas criadas. Todo efeito requer uma causa. E é necessário que haja uma causa primeira que não tenha sido provocada por algo anterior. Sem ela não haveria nenhum efeito, pois cada causa pediria outra, numa sequência infinita. Deus é a causa primeira de todas as coisas. • Terceira via — Ser Necessário: há seres que podem ser ou não ser. Os seres que têm possibilidade de existir ou não existir são chamados entes contingentes. Se todos os entes que vemos na natureza têm a possibilidade de não ser, houve tempo em que nenhum deles de fato existiu. Mas se nada existiu, nada poderia existir hoje, pois o que não existe não pode passar a existir por si mesmo. O que é evidentemente falso, visto que as coisas contingentes agora existem. Algum ser primordial deve necessariamente existir para depois dar origem aos entes contingentes. Se a existência dessa entidade dependesse da existência prévia de outra, formar-se-ia uma série infinita de seres ancestrais, o que já vimos que é impossível. Portanto, tudo é contingente. Só Deus é necessário. • Quarta via — Ser Perfeito: verifica-se que há graus de perfeição nos seres — uns são melhores, mais nobres, mais verdadeiros ou mais belos que outros. Qualquer graduação pressupõe um parâmetro máximo. Ora, aquilo que é máximo em qualquer gênero é a causa de tudo o que há nesse gênero. Por exemplo, o fogo que tem o máximo calor traz em si todos os graus de quentura, conforme Aristóteles. Logo, deve existir um ser que tenha este padrão máximo de perfeição e que seja a causa da perfeição dos demais seres. Deus é o ser perfeito. • Quinta via — Inteligência Ordenadora: há uma ordem no universo que é facilmente verificada. Ora, toda ordem é fruto de uma inteligência. Não se chega à ordem pelo acaso, nem pelo caos. Por exemplo, uma flecha não pode buscar o alvo por si mesma. Ela tem que ser direcionada pelo arqueiro (ou ainda: a existência do relógio é a prova da existência do relojoeiro). Logo, tem que haver um ser inteligente que ordenou o universo. Deus é a inteligência suprema.

  40. MAQUIAVEL: os fins justificam os meios (1469-1527) Concebeu o pensamento político moderno desvinculado dos conceitos éticos do pensamento antigo e dos valores cristãos do período medieval. Para Maquiavel havia uma distância entre a teoria e a prática política. Quando escreve o Príncipe (1513-15), trata a política como ela realmente se dá, sem nenhum arranjo teórico. Muitos afirmam que o papel da política seria o de regular as lutas e tenções entre o povo e os poderosos. As tenções entre classes existirão sempre, logo, segundo Maquiavel, buscar este apaziguamento é uma ilusão. Itália na época de Maquiavel

  41. O foco para Maquiavel sempre foi o Estado, não aquele imaginário e que nunca existiu; mas aquele que é capaz de impor a ordem! O ponto de partida e de chegada é a realidade corrente, ou seja: ver e examinar a realidade como ela é e não como se gostaria que fosse. O que Maquiavel se questiona incessantemente é: como fazer reinar a ordem – como instaurar um estado estável – como resolver o ciclo de estabilidade e caos. Ele chega a algumas conclusões interessantes – A ordem deve ser construída para evitar a barbárie. Uma vez alcançada, não é definitiva. Em O Príncipe, Maquiavel faz uma análise não-moral dos atos de diversos governantes, procurando mostrar em que momentos suas opções foram interessantes para manutenção do poder. O grande mérito de Maquiavel foi o de ter separado a reflexão política do âmbito da moral e da religião, constituindo-se numa esfera autônoma. Assim, no campo da política, os fins justificam os meios. Já no campo da moral, não seria correto separa meios e fins, pois toda conduta deve ser julgada pelo todo de suas ações e conseqüências, o que engloba caminhos e metas.

  42. HOBBES: a necessidade do Estado soberano (1588-1679) Hobbes foi o primeiro dos filósofos chamados contratualistas. Afirmava a necessidade de um contrato ou pacto social para garantir a vida coletiva. Por que um contrato? - Porque em seu estado natural, todo homem é livre e igual, logo, a relação entre iguais precisaria ser arbitrada por alguém ou alguma instância, daí a necessidade desse acordo. Hobbes descordava de Aristóteles no que diz respeito a sociabilidade natural do homem e de sua natural vocação para vida social.

  43. Para Hobbes, cada homem sempre encara seu semelhante como um concorrente que precisa ser dominado. Onde não houver domínio de um homem sobre o outro, haverá uma competição intensa até que esse domínio seja alcançado. A conseqüência óbvia desta disputa infindável entre homens em estado de natureza foi a geração de um estado de guerra e de matança permanente nas comunidades primitivas. Nas palavras de Hobbes: “o homem é o lobo do próprio homem” Só havia uma forma para dar fim a brutalidade social primitiva: a criação social da sociedade política, administrada pelo Estado. Para isso os homens tiveram que firmar um contrato entre si, pelo qual cada um transferiria o se poder de governo sobre si próprio para um terceiro – o Estado – para que este governasse a todos, impondo ordem, segurança e direção à conturbada vida social

  44. LOCKE: a concepção do Estado liberal Assim como Hobbes, John Locke também refletiu sobre a origem do poder político e sobre sua necessidade para congregar os homens, que, em estado de natureza, viviam isolados. (1632-1704) Ao contrário de Hobbes, que via no estado de natureza um estado de violência humana, Locke faz uma reflexão mais moderada. No estado de natureza todos seriam iguais, livres e juízes de suas próprias causas, o que traria problemas de relacionamento entre os indivíduos. É neste contexto que nasceria o Estado, com a função de garantir a segurança dos indivíduos e de seus direitos naturais, como a liberdade, a igualdade e a propriedade, conforme expõe Locke em sua obra Segundo tratado sobre o governo.

  45. LOCKE X HOBBES Diferentemente de Hobbes, portanto, Locke concebe a sociedade política como um meio de assegurar os direitos naturais do indivíduos e não como o resultado de uma transferência dos direitos do indivíduo ao governante. Assim nasce a concepção de ESTADO LIBERAL, segundo a qual o Estado deve regular as relações entre os homens e atuar como juiz nos conflitos sociais. Mas deve fazer isso garantindo as liberdades e direitos individuais, tanto no que se refere ao pensamento e expressão quanto à propriedade e atividade econômica.

  46. MONTESQUIEU: a divisão de poderes (1689-1755) Executivo Montesquieu é o autor de uma das teorias políticas mais interessantes do Estado moderno: a divisão funcional dos três poderes. Judiciário Legislativo Ao refletir sobre as possibilidades de abuso do poder nas monarquias, Montesquieu propôs que se estabelecesse a divisão do poder político em três instâncias: PODER EXECUTIVO (que executa as normas e decisões relativas à administração pública), PODER LEGISLATIVO (que elabora e aprova as leis) e PODER JUDICIÁRIO (que aplica as leis)

  47. ROUSSEAU: a legitimação do Estado pela vontade geral (1712-1778) Rousseau, assim como Hobbes e Locke, é outro dos pensadores modernos que formulou uma teoria contratualista sobre a relação Estado-sociedade. • Características do Discurso sobre a origem das desigualdades: • Valorização da vida natural; • Ataque à corrupção, a avareza e os vícios da sociedade, • Exaltação à liberdade que o homem selvagem teria desfrutado • na pureza de seu estado natural, • Denunciando a falsidade e ao artificialismo da vida civilizada. No contrato social, Rousseau defende a tese de que o único fundamento legítimo do poder político é o pacto social pelo qual cada cidadão, como membro de um povo, concorda em submeter sua vontade particular à vontade geral.

  48. Rousseau dizia que cada homem, como cidadão, somente deve obediência ao poder político se esse puder representar a vontade geral do povo ao qual pertence. O compromisso de cada cidadão é com o seu povo. Somente o povo é a fonte legítima da soberania do Estado. Assim cada cidadão passa a assumir obrigações em relação à comunidade política sem estar submetido à vontade particular de uma só pessoa. Unindo-se a todos, cada cidadão só deve obedecer às leis – que, por sua vez, devem exprimir a vontade geral. Logo, REPEITAR AS LEIS = OBEDECER À VONTADE GERAL = RESPEITAR A SI MESMO = CIDADANIA = BEM COMUM

  49. ÉticaKantiana A Ética é o reino dos fins, isto é o modo como o homem estabelece os valores que pretende atingir através da sua acção no mundo. 2. A Ética de Kant é uma ética deontológica, isto significa que estabelece deveres absolutos que não têm exceção e que têm necessariamente de ser cumpridos se queremos que as nossas ações sejam corretas moralmente. As ações corretas são aquelas que obedecem ao dever. Não é o resultado das ações que conta, também não contam as suas consequências, o que conta na ação são as intenções, os princípios que o sujeito segue. 3. A ética é um sistema de regras absolutas; As regras morais devem ser respeitadas independentemente das consequências; As regras (deveres) morais são leis que a razão estabelece para todos os seres racionais. As obrigações morais são absolutas porque não estão sujeitas a exceções, mesmo se aplicá-las tem consequências negativas para o sujeito. Só assim garantimos a universalidade da lei moral. As obrigações morais não são impostas por Deus nem resultam dos nossos sentimentos. Kant pensava que só somos realmente livres se formos nós próprios a definir as leis a que o nosso comportamento deverá obedecer.

  50. FilosofiaContemporânea: Foucault e o Poder Segundo Foucault, é fundamental “não tomar o poder como um fenômeno de dominação maciço e homogêneo de um indivíduo sobre os outros, de um grupo sobre os outros, de uma classe sobre as outras, mas ter bem presente que o poder – desde que não seja considerado de muito longe – não é algo que se possa dividir entre aqueles que o possuem e o detêm exclusivamente e aqueles que não o possuem e lhe são submetidos. O poder deve ser analisado como algo que circula, ou melhor, como algo que só funciona em cadeia. Nunca está localizado aqui e ali, nunca está em mãos de alguns, nunca é apropriado como uma riqueza ou um bem. O poder funciona e se exerce em rede. Nas suas malhas, os indivíduos não só circulam, mas estão sempre em posição de exercer este poder, e de sofrer sua ação; nunca são alvo inerte ou consentido do poder, são sempre centros de transmissão. Em outros termos, o poder não se aplica aos indivíduos, passa por eles”

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