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MÓDULO I (Aula 3). EXPERIÊNCIAS INTERNACIONAIS. Curso: Nível de Serviço em Aeroportos - ANAC. Prof. Anderson Ribeiro Correia, PhD Colaboração: Giovanna M. Ronzani Borille, D.Sc. EXPERIÊNCIAS INTERNACIONAIS. Como mencionado na Aula 1...
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MÓDULO I (Aula 3) EXPERIÊNCIAS INTERNACIONAIS Curso: Nível de Serviço em Aeroportos - ANAC Prof. Anderson Ribeiro Correia, PhD Colaboração: Giovanna M. Ronzani Borille, D.Sc.
EXPERIÊNCIAS INTERNACIONAIS Como mencionado na Aula 1... As mudanças estruturais como comercialização, concessão, globalização, aumento da concorrência entre aeroportos, etc: encorajam operadores aeroportuários e agências reguladoras a colocarem mais ênfase no quesito QUALIDADE. Fonte: Graham, 2003
EXPERIÊNCIAS INTERNACIONAIS Alguns aeroportos (ex: Londres e Austrália) após regulamentação perceberam que o assunto QUALIDADE era de grande importância. Além disso os usuários estão se tornando cada vez mais exigentes consumidores do aeroporto. Fonte: Graham, 2003
EXPERIÊNCIAS INTERNACIONAIS REINO UNIDO • A Lei Aeroportuária de 1986 criou a operadora BAA (British Airport Authority) privatizando assim 7 dos principais aeroportos do país; • 2006 a BAA foi incorporada por um consórcio liderado pelo Grupo Ferrovial, por meio de uma transação de 20 bilhões; • Principais desafios limitações de capacidade; • Atualmente discussão no país sobre o final do monopólio da BAA na administração aeroportuária britânica. Fonte: McKinsey (2009)
EXPERIÊNCIAS INTERNACIONAIS REINO UNIDO PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS: * Decisão de investimento tomada pelo proprietário do aeroporto; * Incentivos de promover expansão somente quando a capacidade é extremamente excedida; * Falta de capacidade nos aeroportos possível solução é a concorrência. Fonte: McKinsey (2009)
EXPERIÊNCIAS INTERNACIONAIS Em 1999 London Stansted lançou um produto em seu site com uma taxa de £ 20 os passageiros poderiam ter acesso a um lounge especial + inspeção de segurança express + espaço reservado no estacionamento (de curta duração), entre outras ofertas adicionais.
EXPERIÊNCIAS INTERNACIONAIS Como parte da regulação econômica do Aeroporto London Stansted a Autoridade de Aviação Civil (CAA) introduziu um sistema de “desconto” que começou em 1 º de abril de 2009 com o objetivo de melhorar os padrões de serviço neste aeroporto. Fonte: http://www.stanstedairport.com/about-us/stansted-facts-and-figures/our-performance/customer-service
EXPERIÊNCIAS INTERNACIONAIS O montante máximo da penalidade atualmente é de 7% das taxas da renda do aeroporto Isso significa que cerca de £ 8.5m em London Stansted está "em risco". Fonte: http://www.stanstedairport.com/about-us/stansted-facts-and-figures/our-performance/customer-service
EXPERIÊNCIAS INTERNACIONAIS Exemplo de Dezembro 2013 Service Quality Rebate Report: Fonte: http://www.stanstedairport.com/about-us/stansted-facts-and-figures/our-performance/customer-service
EXPERIÊNCIAS INTERNACIONAIS London Heathrow em 2000 abriu o pay-as-you-go lounge que fornece aos passageiros por £ 25 banho, engraxate, guarda volumes e bebidas. Em 2001 conceito lançado pela KLM “Holideck” lounge em grande escala para atender as famílias com crianças (áreas separadas para bebidas, desenhos animados, brinquedos, jogos eletrônicos, etc.)
EXPERIÊNCIAS INTERNACIONAIS Manchester em 2000 inaugurou o premier lounge(Terminal 2) taxa de entrada de £ 15, consistia em 3 áreas (1) “hot desk” (com instalações de escritório), (2) “comfort zone” (com lojas e facilidades disponíveis) e (3) “oasis of calm” (com assentos confortáveis
EXPERIÊNCIAS INTERNACIONAIS Exemplo dos padrões de serviço utilizados pelo Aeroporto de Manchester:
EXPERIÊNCIAS INTERNACIONAIS BAA plc introduziu o SLAs Service Level Agreement Estes acordos (SLA) podem ser contratuais e/ou incentivados com base em penalidades (multas) por mau desempenho ou apenas um compromisso de “melhores esforços” com metas de desempenho.
EXPERIÊNCIAS INTERNACIONAIS • A partir de 2002 aeroportos do Reino Unido CAA (Autoridade de Aviação Civil) recomenda um fator 'Q' para Heathrow e Gatwick. • A CAA recomenda que até 3% das taxas reguladas devem ser sujeitas ao cumprimento de normas específicas de padrão de serviço. • Foi sugerido que os padrões de serviço deviam incluir medidas de qualidade de serviço para: companhias aéreas (QA,); passageiros (QP) e atrasos (QD). Fonte: Graham, 2003
EXPERIÊNCIAS INTERNACIONAIS Fator QA (Airlines) Componentes deste fator QA Fonte: Graham, 2003
EXPERIÊNCIAS INTERNACIONAIS Fatores QP (passenger) e QD (delay) e seus componentes Fonte: Graham, 2003
EXPERIÊNCIAS INTERNACIONAIS AUSTRÁLIA • Até 1996 Corporação Federal de Aeroportos (FAC) possuía e administrava 22 aeroportos no país; • Entre 97 e 98 estes aeroportos foram arrendados a agentes privados por 50 anos; • Nesse contexto o governo estabeleceu um abrangente marco-regulatório (ex: as tarifas aeroportuárias passaram a ter um teto regulamentado para cada aeroporto); • 2002 limite de preços foram eliminados e a regulamentação de monitoramento de preços introduzida 7 grandes aeroportos. Fonte: McKinsey (2009)
EXPERIÊNCIAS INTERNACIONAIS AUSTRÁLIA PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS: * Governos locais tem limite de intervenção nos aeroportos; * Cias aéreas e aeroportos podem negociar taxas e programas de investimento; * Aeroportos considerados entidades privadas e não são operados para a geração de receita pública; * Existem alguns aeroportos menores que não foram privatizados (ex: pequenas ilhas) e são mantidos pelo governo local. Fonte: McKinsey (2009)
EXPERIÊNCIAS INTERNACIONAIS • Airports Act (1996) providenciou para o regulador a ACCC (Australian Competition and Consumer Commission) para monitorar a qualidade de serviços. • Os relatórios com base na percepção do pax eram publicados conforme exigido pela lei Airports Act (1996). Fonte: Graham, 2003
EXPERIÊNCIAS INTERNACIONAIS Exemplo Resultado da pesquisa no Aeroporto de Brisbane Fonte: Graham, 2003
EXPERIÊNCIAS INTERNACIONAIS Outros exemplos... Aeroporto de Nice 1998 lançou uma política de qualidade com base na EFQM (European Foundation for Quality Management) esquema de referência para gestão da qualidade total com 4 prioridades: (1) monitoramento de indicadores, (2) medida de satisfação dos pax, (3) certificação de qualidade e (4) Benchmarking e comitê de qualidade do aeroporto. Fonte: Graham, 2003
EXPERIÊNCIAS INTERNACIONAIS Outros exemplos... Aeroporto de Dublin 2002 foi estabelecida comissão Passenger Services Council metas de padrões de serviço para pax, acompanhantes e visitantes existe um presidente e membros que representam: pax, pessoas com necessidades especiais, viajantes de negócios e operador aeroportuário. Fonte: Graham, 2003
EXPERIÊNCIAS INTERNACIONAIS Apesar destes desenvolvimentos a maioria dos aeroportos tendem a oferecer um produto global para uma classe heterogênea de passageiros! Fonte: Graham, 2003
EXPERIÊNCIAS INTERNACIONAIS Com o crescente congestionamento nos aeroportos + maior ênfase na segurança (pós 11/Set/2001) especial preocupação no que diz respeito ao nível de serviço FILAS e TEMPO DE PROCESSAMENTO Fonte: Graham, 2003
EXPERIÊNCIAS INTERNACIONAIS Alguns aeroportos já começaram a tentar manter seus passageiros entretidos enquanto esperam... Exemplo Aeroporto de Amsterdam: * atores têm sido empregados para entreter pax à espera em inspeção de segurança e há música ao vivo nas tardes de sexta-feira. * A rede CNN do aeroporto é mostrada 24 horas por dia em 80 telas ao redor do terminal e também existem touch screens em todo o aeroporto para as crianças. Fonte: Graham, 2003
EXPERIÊNCIAS INTERNACIONAIS Importante que padrões de nível de serviço sejam avaliados em um aeroporto! E como qualquer análise de desempenho é interessante que os resultados de avaliação de nível de serviço sejam disponibilizados para que ações corretivas possam ser tomadas e as metas possam ser definidas! Fonte: Graham, 2003
EXPERIÊNCIAS INTERNACIONAIS Resumo da pontuação (QSM Quality of Survey Monitor) baseada em uma amostra de 60.000 pax aeroportos do Reino Unido escala de avaliação de quesitos de LOS 5 (excelente) a 1 (extremamente pobre)
EXPERIÊNCIAS INTERNACIONAIS Uma pesquisa da IATA (2001) identificou os aeroportos mais bem qualificados quanto ao nível de serviço (satisfação global do pax). Fonte: Graham, 2003
EXPERIÊNCIAS INTERNACIONAIS • A mesma pesquisa identificou que para o pax os quesitos mais importantes eram: • way-finding, • informações do voo e • cortesia dos funcionários do aeroporto. Fonte: Graham, 2003
EXPERIÊNCIAS INTERNACIONAIS Uma medida importante de desempenho em aeroportos e que muitos operadores preferem “não se concentrarem” é o nível de atrasos pode ser porque alguns fatores de voos atrasados estão fora da competência do operador aeroportuário exemplo controle de tráfego aéreo, mau tempo ou problemas técnicos com a aeronave... Fonte: Graham, 2003
EXPERIÊNCIAS INTERNACIONAIS Fonte: Graham, 2003
EXPERIÊNCIAS INTERNACIONAIS • Em alguns casos aeroportos têm optado por certificar seu sistema de qualidade e ganhar reconhecimento externo usando ISO (International Standards Organization). • A norma ISO não especifica aos aeroportos como eles devem configurar/conduzir o seu sistema mas orienta sobre os elementos que devem ser incluídos e a certificação envolve a inspeção por um organismo independente. Fonte: Graham, 2003
EXPERIÊNCIAS INTERNACIONAIS Exemplos de aeroportos certificados: Aeroporto de Milão operações de rampa e manuseio de bagagens certificados com a ISO 9001 em 1997 seguido pelas áreas de segurança e de emergência em 1998 e áreas de carga em 2001. Aeroporto de Marselha em 2001 ganhou certificação ISO 9001 pela recepção do público e centro de informações e centro de coordenação técnica. Fonte: Graham, 2003
EXPERIÊNCIAS INTERNACIONAIS Exemplos de aeroportos certificados: Aeroporto de Genebra certificado em 2001 pelas suas operações, passageiros e de divisões de segurança. Aeroporto de Frankfurt possui ISO 9001 para seus serviços de handling. Aeroporto de Singapura ISO 9001 para os seus processos de treinamento. Aeroporto de Bruxelas ISO 9002 pela gestão técnica centralizada. Fonte: Graham, 2003
EXPERIÊNCIAS INTERNACIONAIS Existem debates sobre o mérito de se tornar um aeroporto certificado ISO o processo de certificação é um sistema dispendioso exige burocracia e carga de trabalho extra... Fonte: Graham, 2003
EXPERIÊNCIAS INTERNACIONAIS Para certificação do TPS e depto de serviços aos passageiros Aeroporto de Munique em 1998 apresentou um relatório (manual da qualidade) detalhado o qual identificou as responsabilidades e processos associados aos empregados relacionados com serviços de informação, serviços VIP, serviços de assistência, serviços com bagagem, limpeza, venda de ticktes de trem, etc. Um dos princípios fundamentais do conceito de certificação ISO é que cada processo deve ser escrito e atualizado regularmente. Fonte: Graham, 2003
EXPERIÊNCIAS INTERNACIONAIS Este procedimento é criticado como sendo mais adequado para indústrias de manufatura do que para indústrias de serviços onde muitos processos são mais difíceis de identificar formalmente e é necessário mais flexibilidade. Fonte: Graham, 2003
EXPERIÊNCIAS INTERNACIONAIS Fonte: www.airlinequality.com Curiosidade: Pesquisa Sky Trax (2013) Aeroporto de Singapura: melhor aeroporto do mundo 40 critérios analisados Skytrax empresa de consultoria especializada em pesquisas de qualidade foram avaliados mais de 40 critérios inclusive qualidade de manuseio e de serviços, cortesia das equipes, eficiência, compras e opções de lazer e facilidades de trânsito.
EXPERIÊNCIAS INTERNACIONAIS • LOS a ser oferecido depende dos objetivos do operador aeroportuário mais espaço = mais custo de construção (operação e manutenção) • COMO BALANCEAR EFICIÊNCIA ECONÔMICA(menos espaço) • E • QUALIDADE DE SERVIÇO(mais espaço)? operadores aeroportuários diferem significativamente nesse sentido Fonte: Airport Systems
EXPERIÊNCIAS INTERNACIONAIS • Aeroporto Singapura foco no alto padrão de LOS fazer da cidade uma localização privilegiada para negócios e turismo. • Aeroporto de Luton (Londres) foca no tráfego charter e cias aéreas de baixa tarifa prefere oferecer padrão de LOS inferior. • Aéroports de Paris possui diferentes padrões de LOS para charter e Air France. Mas a maioria dos operadores não possuem metas de padrões de LOS. Fonte: Airport Systems
Escala ? EXPERIÊNCIAS INTERNACIONAIS PADRÃO DE LOS REQUISITOS RESTRIÇÕES Estética... Segurança... Conforto... Custos Cortesia... Benefícios (Figura: Vorlesung Flughafen RWTH - adaptada)