1 / 76

Hemodinâmica das Valvopatias

Hemodinâmica das Valvopatias. Márcio Alves de Urzêda, MD, MSc. INSUFICIÊNCIA MITRAL. Cálculo de área valvar. Lei de Torricelli: F = A.V.C. Fórmula de Gorlin:. DFP: Tempo de enchimento diastólico SEP: Tempo de enchimento sistólico HR: Frequência cardíaca. Relação da gravidade com a área.

kiona
Télécharger la présentation

Hemodinâmica das Valvopatias

An Image/Link below is provided (as is) to download presentation Download Policy: Content on the Website is provided to you AS IS for your information and personal use and may not be sold / licensed / shared on other websites without getting consent from its author. Content is provided to you AS IS for your information and personal use only. Download presentation by click this link. While downloading, if for some reason you are not able to download a presentation, the publisher may have deleted the file from their server. During download, if you can't get a presentation, the file might be deleted by the publisher.

E N D

Presentation Transcript


  1. Hemodinâmica das Valvopatias Márcio Alves de Urzêda, MD, MSc

  2. INSUFICIÊNCIA MITRAL

  3. Cálculo de área valvar • Lei de Torricelli: • F = A.V.C. • Fórmula de Gorlin: DFP: Tempo de enchimento diastólicoSEP: Tempo de enchimento sistólicoHR: Frequência cardíaca

  4. Relação da gravidade com a área • Área valvar mitral normal  4-6 cm2 • - Estenose mitral leve  1,5 – 2,5 cm2 •  Grad. Pressão médio = 5-10mmHg • - Estenose mitral moderada  1,0 -1,5 cm2 •  Grad. Pressão médio = 10-15mmHg • - Estenose mitral severa  < 1,0 cm2 •  Grad. Pressão médio > 15mmHg

  5. Cálculo de áreas Paciente sem valvopatia

  6. Cálculo da área mitral • Aplicação prática: • Duplicando-se o débito, quadruplica-se o gradiente; • Aumentos significativos do gradiente com taquicardia.

  7. Alterações na curva da pressão de oclusão da artéria pulmonar (POAP) = átrio esquerdo • POAP > PD2-VE • Curvas de pressão no VE e Aorta não se alteram • Onda a elevada: • Estenose mitral; • Assincronia A-V (em canhão): contração com válvula fechada (BAVT, MP, Exta-sístole)

  8. Cálculo do gradiente mitral • Cálculo feito na diástole: • Curva: VE x PCP (AE) • Gradiente médio: • Área sobre a curva.

  9. ESTENOSE MITRAL RX DE TÓRAX-perfil: Esofagograma

  10. Escore ecocardiográfico de Wilkins e Block Avaliação Anatômica da V. Mitral • ESPESSAMENTO • Próximo do normal • 2. Margens e até a metade dos folhetos (5 – 8mm) • De todo o folheto ( 5 - 8mm) • Grande espessamento (> 8mm) • MOBILIDADE • Restrição só das extremidades • 2. Redução até a base • Somente a base se movimenta • Mínimo movimento • SUBVALVAR • Mínimo espessamento • 2. Até 1/3 comp. da cordoalha • Até 1/3 distal da cordoalha • Espessamento e encurtamento • até músculo papilar • CALCIFICAÇÃO • Brilho focal • 2. Áreas de brilho nas margens • Extensão as porções médias • Todo o folheto envolvido

  11. HISTÓRIA NATURAL (sem tratamento) • Sobrevida: • Classe funcional I = 80% em 10 anos • 60 % mantém-se estáveis por diversos anos • Classe funcional IV = 15% em 5 anos • HP grave = < 3 anos

  12. TRATAMENTO • Recomendações para valvuloplastia mitral percutânea – INDICAÇÕES • Pacientes assintomáticos com estenose moderada a grave (área valvar < 1,5 cm²) e morfologia valvar favorável que têm uma FA de início recente na ausência de trombo em AE ou IM moderada a grave. • Pacientes sintomáticos (NYHA III ou IV) com estenose moderada a grave (área valvar < 1,5 cm²) e valvas calcificadas com diminuição da mobilidade que são de baixo risco para a cirurgia. • Pacientes com estenose leve . CLASSE II b II b III

  13. TRATAMENTO • Recomendações para valvuloplastia mitral percutânea • INDICAÇÕES • Pacientes sintomáticos (NYHA II, III ou IV) com estenose moderada a grave (área valvar < 1,5 cm²) e morfologia valvar favorável na ausência de trombo em AE ou IM grave. • Pacientes assintomáticos com estenose moderada a grave (área valvar < 1,5 cm²) e morfologia valvar favorável portadores de hipertensão pulmonar (pressão sistólica de artéria pulmonar > 50 mmHg em repouso ou 60 mmHg ao esforço) na ausência de trombo em AE ou IM grave. • Pacientes sintomáticos (NYHA III ou IV) com estenose moderada a grave (área valvar < 1,5 cm²) e valvas calcificadas com diminuição da mobilidade que são de alto risco para a cirurgia na ausência de trombo em AE ou IM moderada a grave. CLASSE I II a II a

  14. ESTENOSE MITRAL TRATAMENTO INTERVENCIONISTA: VALVOPLASTIA PERCUTÂNEA COM BALÃO - Pacientes com EM moderada a grave ( AVM < 1,5cm2, escore de Block < 8, ausência de tromboatrial e ausência de insuficiência mitral grave ). -- Sucessoprimário > 90%, complicações < 2% e taxa de reestenose 19 – 20% em 5 anos. Sobrevida em 10 anos está entre 80 – 90%. Resultadossemelhantesaos da comissurotomia mitral aberta

  15. Valvuloplastia Mitral Percutânea Técnicas As técnicas usualmente empregadas são anterógradas,isto é ,o acesso à valvula mitral faz-se a partir do atrio esquerdo,requerendo portanto, um cateterismo transeptal I- Técnica de Inoue (1984) É a de realização mais simples , rápida e segura, permitindo dilatações progressivas,com maior estabilidade do balão.Custo mais alto II- Técnica do duplo balão (1985) Uso de dois guias independentes;muito trabalhosa, > complicações potenciais. Hoje abandonada III- Técnica com sistema Multi-track (1995) É uma técnica de duplo balão com apenas um guia,substituiu a anterior, sendo mais simples. “Single shot”.Custo médio IV- Técnica do comissurótomo metálico (1995) Trabalhosa > riscos potenciais.Custo mais baixo pelo reuso de materiais

  16. Valvuloplastia Mitral Percutânea -técnica com sistema Multi-track • Transeptal anterógrada • Passagem fluxo dirigida • Guia único em VE • Dilatador septal próprio • Balão multi-track • Balão troca rápida • Insuflação manual si- • multânea

  17. Valvuloplastia Mitral Percutânea Técnica do Duplo balão (guias individuais)

  18. Balão de Inoue Propriedade de autoposicionamento 1 2 3

  19. Técnica de Inoue Passo a passo- incrementos de 2mm - queda progressiva do gradiente - aparecimento de insuficiência 48a Fem Predilatação G=21mmHg AVM=0,7cm2 24mm 26mm 28mm G=13mmHg AVM=1,2cm2 G=10mmHg AVM=1,6cm2 G=4mmHg AVM=2,1cm2

  20. Valvuloplastia Mitral Percutânea Escore de Block 0 8 12 16 • benéfica • > unicomissural • menos previsíveis • alternativa é prótese • piores resultados • mais complicações • efeitos menos duradouros • indicações “reservadas” • melhores resultados • > abertura bicomissural • excelente evolução tardia • superior a cirurgia Candidatos aceitáveis Não candidatos Candidatos ideais

  21. Palacios I - Circulation 1987 Valvuloplastia Mitral Percutânea Melhores resultados com anatomia mais favorável Resultado Imediato: áreas(cm2) obtidas por escore AVM cm2 Escore (n = 35) (n = 39) (n = 24) (n = 28) (n = 21) (n = 13) (n = 48) (n = 9) (n = 20)

  22. CalcificacaoComissural x escore de Block Valor Preditivo da Calcificação Comissural n = 149 seguimento – 36 meses Livre de Eventos Cálcio Comissural ausente 82% presente 32% P=0,001 Escore ECO < 8 75% > 8 64% P=0,07 Cannon C. R. – JACC - 1997

  23. Valvuloplastia Mitral Percutânea EXISTEM DIFERENÇAS ENTRE AS TÉCNICAS?

  24. Valvuloplastia Mitral Percutânea Hamasaki,N et al. CCI 2000;49:284-288 Seguimento clínico de 10 anos %sobrevida/eventos tempo em anos

  25. Estudos randomizados comparando valvuloplastia mitral percutânea e cirurgia a céu aberto ou fechado AVM ( cm2 )

  26. Valvuloplastia Mitral Percutânea SELEÇÃO DE PACIENTES • Presença de sintomas • Morfologia adequada da válvula • -avaliação ecocardiográfica (escore) • -calcificação à radioscopia • Ausência de trombos em AE por ETE • Insuficiência mitral < ++/4 • Ausência de lesões associadas (aórticas/coro- • nárias) com indicação cirúrgica

  27. Valvuloplastia Mitral Percutânea CONTRAINDICAÇÕES • Insuficiência mitral> + +/ 4 • Escore > 12 • Calcificação exuberante à fluoroscpia • Trombo em AE (relativa)* • Lesões associadas c/ indicação cirúrgica • Ausência de fusão das comissuras • Gestantes antes da 20a semana(relativa)** • Atrio D gigante c/ IT severa (relativa)*** • Deformidade torácica (relativa)*** • * anticoagulação por 3 meses e repetir ETE • ** organogênese incompleta • *** monitorização ETE pode ajudar

  28. Valvuloplastia Mitral Percutânea Complicações • Mortalidade ----------------------- 0 a 3% • Hemopericárdio-------------------- 0,5 a 12% • Embolismo------------------------- 0,5 a 5% • Cirurgia emergência--------------- < 1% • CIA pequena----------------------- 40 a 60% • Insuficiência mitral severa------- 2 a 10% Vahanian & Palacios Circulation 2004;109:1572-1579

  29. Insuficiência mitral severa complicando VMPHipotensão + taquicardia + ventricularização da curva de AE Pos Balão único 25mm AE-VE pos AE-VE pre

  30. Valvuloplastia Mitral Percutânea Características Clínicas • Idade: 36 + 15 (12 a 92) • Sexo: 78% (366) - 22% (102) • Classe func. II - 36% III - 59% IV – 5% • F. atrial: 18% (93) • Ins. mitral: 13% (70) • Escore: < 8 – 67%- >8 – 24% - n/d – 9% • Cirur. prévia: 8,6% (44) • VPM prévia: 5,1% (26) • Gestantes: 3,5% (18)

  31. VALVOPLASTIA MITRAL POR CATETER BALÃO - A comissurotomia mitral percutânea é o tratamento de escolha para a maioria dos portadores de estenose mitral - Estudos randomizados comparativos não mostram vantagem para comissurotomia cirúrgica - A seleção dos pacientes passa pela análise clínica(sintomas),e ecocardiográfica cuidadosa(escore,severidade,trombo atrial,ca, lesão associada) - A sobrecarga circulatória da gravidez, com frequência pode descompensar casos de obstrução moderada(área >1,0 <1,5cm2

  32. Insuficiência Mitral

  33. Insuficiência mitralCausas • Destruição ou deformação de folhetos: • Febre Reumática; • Endocardite Infecciosa. • Prolapso mitral: • Sd. de Marfan ou idiopático. • Dilatação do anel valvar: • Mudanças configuração do VE; • Disfunção segmentar ou global do VE;

  34. Insuficiência mitralCausas • Insuficiência mitral aguda: • Isquemia de M. Papilar posterior (Inferior ou póstero-lateral); • Isquemia de M. Papilar anterior (anterior) - pouco frequente.

  35. Ruptura do músculo papilar Papilar posteromedial 75% Papilar anterolateral 25% - Complicação aguda IAM - Prevalência maior na fase precoce do IAM - 1/3 com ruptura – completa

  36. Levine RA, Schwammenthal E. Ischemic Mitral Regurgitation on the Threshold of a Solution – From Paradoxes to Unifying Concepts. Circulation. 2005; 112: 745-758.

  37. Levine RA, Schwammenthal E. Ischemic Mitral Regurgitation on the Threshold of a Solution – From Paradoxes to Unifying Concepts. Circulation. 2005; 112: 745-758.

  38. Birnbaum Y, et al. Mitral regurgitationfollowingacutemyocardialinfarction. CoronaryArteryDisease 2002;13(6)

  39. Insuficiência Mitral Aguda - Ruptura do papilar – poucas horas a 14 dias pós IAM - Ruptura – piora condição clínica - Choque – insuf. importante - Sopro sistólico apical novo (ausente na ruptura total) - B3 apical - edema pulmonar na radiografia tórax - Swan-Ganz – excluir shunt E-D, Onda v proeminente

  40. Insuficiência Mitral Aguda - Ruptura: complicação incomun - Apenas 25% ruptura total tratado sem cirurgia sobreviveram mais 24horas Vlodaver Z, Edwards JE. Rupture of ventricular septum or papillary muscle complicating myocardial infarction. Circulation 1977; 55:815 - Ruptura parcial – mais de 70% sobrevivem primeiras 24h - 50% > 1 mês (insuf. crônica) - Papilar permanece intacto – menos bem definida - Insuf. moderada ou importante – 3 a 19% precocemente pós IAM – preditor de mortalidade

  41. Insuficiência Mitral Aguda isquêmica - Lehmann e cols – regurgitação mitral qualquer grau (ventriculografia) – preditor mortalidade em 1 ano (RR 7.5; p=.0008) - Lamas e cols - mortalidade cardiovascular – 3 ½ anos de acompanhamento foi maior em pacientes que desenvolveram insuf. mitral precocemente pós IAM (29% x 12%; p<.001)

  42. Insuficiência Mitral Crônica - Insuf. mitral importante causada pela cardiopatia isquêmica - relativamente incomun – 3% cardiopatia isquêmica crônica Hickey MS, et al. Current prognosis of ischemic mitral regurgitation: implications for future management. Circulation 1988;78:151. - Regurgitação importante e persistente, associada com disfunção moderada ou importante, piora o prognóstico para pacientes com baixa função ventricular

  43. Onda V gigante na curva PCP

  44. Gravidade da Insuficiência Mitral Crônica • Fração regurgitante: • Leve – FR≤ 20%; • Moderado – FR=20% a 39%; • Moderadamente severa – FR=40% a 59%; • Severa - FR≥ 60%. FR = Fração regurgitante

  45. Necrose músculo papilar sem ruptura - Metade pacientes que desenvolvem insuficiência mitral importante – não apresentam ruptura do papilar - Disfunção do músculo papilar

  46. Insuficiência mitralAguda x Crônica

  47. Avaliação hemodinâmica • Realizar medidas: • Débito cardíaco; • Pressões em câmaras direitas e esquerdas; • Avaliação angiográfica qualitativa; • 1+: Não opacifica totalmente o átrio esquerdo (AE); • 2+: Opacifica o átrio esquerdo; • 3+: Opacifica todo o AE na mesma intensidade da aorta; • 4+:Opacifica todo o AE na mesma intensidade da aorta e ainda nota-se a opacificação de veias pulmonares. • Calcular fração regurgitante: • VEA: calcular pelo método de Fick • FR: VET – VEA / VET VET: VDF-VSF VET:Vol. ejetivo total VEA: Vol. ejetivo anterógrado

  48. Fração Regurgitante • Depende de 5 fatores: • Tamanho do orifício regurgitante; • Complacência do átrio esquerdo; • Gradiente sistólico entre VE/AE; • Duração da sístole; • Pós-carga: • Estenose Aórtica, resistência periférica...

More Related