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O MUNDO DO TRABALHO ATRAVÉS DO CINEMA

O MUNDO DO TRABALHO ATRAVÉS DO CINEMA. ARNALDO LEMOS FILHO. BIBLIOGRAFIA. www.telacrítica.org. ALVES, Giovanni, O cinema como experiência crititica. ALVES, Giovanni, Trabalho e Cinema, Londrina, Ed. Praxis, vol 1,2 e 3,.

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O MUNDO DO TRABALHO ATRAVÉS DO CINEMA

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Presentation Transcript


  1. O MUNDO DO TRABALHO ATRAVÉS DO CINEMA ARNALDO LEMOS FILHO

  2. BIBLIOGRAFIA www.telacrítica.org ALVES, Giovanni, O cinema como experiência crititica ALVES, Giovanni, Trabalho e Cinema, Londrina, Ed. Praxis, vol 1,2 e 3, PINTO, Claudio, Trabalho e Capitalismo Global, O mundo do trabalho através do cinema de animação, Bauru,Canal 6, 2011 AMORIM, Ricardo, Cens do Trabalho na tela. Suplemento especial sobre Trabalho, Revista Ciência e Cultura, 2007

  3. Objetivos 1. Desenvolver uma reflexão critica sobre o problema do trabalho, através do cinema 2. Utilizar o filme na sala de aula como pré-texto para a reflexão critica, capaz de propiciar, deste modo, um campo de experiência crítica voltado para o conhecimento social

  4. ROTEIRO I – O CINEMA II– O TRABALHO I I – O TRABALHO NO CINEMA III – FILMOGRAFIA IV – CENAS DE FILMES

  5. I – O CINEMA

  6. Quem não gosta de cinema? divertimento aventura Sala escura Fuga das pressões lazer Fuga da rotina relaxamento emoções Fuga do cotidiano sons diálogos música

  7. MAGIA IMPRESSÃO DE REALIDADE ILUSÃO LINGUAGEM CINEMATOGRÁFICA SEDUÇÃO SOBRE OS SENTIDOS FÁBRICA DE SONHOS

  8. A “sétima arte” Escultura - volume Música - som Teatro - representação Dança- movimento Literatura – palavra Pintura - cor A síntese de todas as artes

  9. Tempo Plongée Espaço Campo Neo-realismo Italiano Nouvelle vague Plano Geral LINGUAGEM CINEMATOGRÁFICA Contra-plano Close Plano Americano Contre-plongée Travelling Metáforas Cinema Novo Expressionismo alemão Montagem Cinema asiático

  10. Impressão da realidade Formas de pensar ideologia comportamentos valores sentimentos modos de agir informação cultura

  11. O cinema não é um registrador da realidade de códigos e convenções É uma construção: de mitos e ideologias da cultura de quem os realiza É um instrumento: de uma estratégia de dominação de divulgação de estilos de vida de concepções de mundo Para expressar a identidade cultural de determinada nação

  12. O cinema teve, pois, um papel de destaque no momento em que a ideologia burguesa passou a ser partilhada pelas pessoas comuns. Burguesia Dominação política Dominação ideológica Dominação cultural Meios de comunicação de massa Dominação econômica

  13. Os EUA organizaram a linguagem moderna do cinema A historia de heróis individuais e mocinhas frágeis reforçaram os valores da burguesia. Efeitos especiais capazes de fornecer uma fuga da realidade cotidiana. Cultura fragmentada, acrítica e de valores éticos burgueses. Indústria

  14. O filme é um sistema complexo que, através de tecnologia, iluminação edição, cenário, direção e outros aspectos, pode contribuir para a constituição de imagens do mundo Muitas das realidades evocadas são ausentes, estando presentes apenas na imaginação, dissolvendo as fronteiras entre o imaginário e o real

  15. O cinema estabelece mediações O encenado e a vida cotidiana A fantasia e a realidade O revelado e o ocultado O observado e o observador

  16. Eixos temáticos sociológicas políticas filosóficas discussões teológicas históricas econômicas psicológicas

  17. ANÁLISE DE UM FILME reflete (e representa) uma totalidade social concreta. Um filme compõe um conjunto complexo de sugestões temáticas que pode ser apropriado para uma reflexão critica. Não explica, apenas sugere

  18. O filme é apenas um pré-texto para uma reflexão crítica sobre a sociedade em seus múltiplos aspectos.

  19. ROTEIRO PARA ANÁLISE DE FILMES : 1 Ficha técnica do filme 2 Estrutura narrativa 3 Tese(s) 4 Palavras–chave em relação às teses 5 Frases e/ou cenas de relevo que explicam a(s) tese(s) 6 Analise crítica Relacionar o filme com o texto 7. Conclusão

  20. 2. O TRABALHO O trabalho assume sentidos diversos ao longo da historia

  21. O trabalho, fonte da vida, produção da riqueza, é também fonte de desigualdades sociais, fonte de contradições O trabalho Envaidece Enobrece Enriquece Aborrece Entristece Empobrece Enlouquece O trabalho Democratiza Socializa Contabiliza Mecaniza Materializa Escraviza (Araken dos Santos, Paradoxos do Labor, 2001)

  22. TRABALHO E SOCIEDADE Pensar sociologicamente o trabalho é pensar como essa atividade humana se desenvolveu e se organizou nas diferentes sociedades O trabalho existe para satisfazer as necessidades humanas, desde as mais simples, como as de alimento e abrigo, até as mais complexas, como as de lazer e crença, ou seja, necessidades físicas e espirituais. Há vários modos de satisfazer essas necessidades, dependendo de como os homens se organizam em sociedade e de seus valores em relação ao trabalho.

  23. TRABALHO E SOCIEDADE ANTES DO CAPITALISMO • O “trabalho” nas sociedades tribais. Nessas sociedades, não existe a idéia de trabalho como uma coisa separada das outras atividades. As atividades vinculadas à produção estão associadas aos ritos e mitos, ao sistema de parentesco, ás festas, às artes, enfim a toda vida social, econômica, política e religiosa. O trabalho não tem um valor em si, separado de todas as outras coisas.

  24. ANTES DO CAPITALISMO O trabalho nas sociedades tribais Marshall Sahlins, antropólogo norte-americano, chama essas sociedade de “sociedade do lazer” ou “sociedades de abundância” pois elas não só tinham todas as suas necessidades materiais e sociais plenamente satisfeitas, como também dispunham de uma mínimo de horas vinculadas à produção (cerca de três a quatro horas e nem sempre todos os dias).

  25. ANTES DO CAPITALISMO O trabalho nas sociedades tribais O fato de se dedicar menos tempo às tarefas vinculadas à produção não significa que se tenha uma vida de privações. Ao contrario, essas sociedade viviam muito bem alimentadas. A explicação para o fato de trabalharem muito menos que nós está no modo como se relacionam com a natureza,muito diferente do nosso.A terra é, alem de um lugar onde se vive, um valor cultural. Recebem aquilo de que necessitam da “mãe natureza”. Desse modo, não se encontra a idéia de que se deve produzir mais para poupar ou acumular alguma riqueza. A sua riqueza está na vida e na forma como passam os dias. O tempo é utilizado para descansar, divertir-se, dançar, caçar, pescar, plantar, colher e para o cumprimento das obrigações rituais.

  26. ANTES DO CAPITALISMO O trabalho nas sociedades tribais Segundo a antropólogo francês, Pierre Clastres,quando, nessas sociedades, aquilo que chamamos de “econômico” se torna uma área autônoma, ou seja, desligado de outras esferas da vida e portanto alienado, contabilizado e imposto por aqueles que querem aproveitar do produto do trabalho, é sinal de que essas sociedade tornaram-se divididas entre dominantes e dominados. Descaracterizam-se totalmente.

  27. ANTES DO CAPITALISMO 2. O trabalho na sociedade greco-romana Os gregos utilizavam vários termos para designar o que hoje entendemos por trabalho. Alem disso, a organização da sociedade greco-romana era também diversa da nossa e, portanto, a divisão do trabalho e as relações sociais de produção também o eram. Segundo Hanna Arendt, pensadora alemã, os gregos possuíam três concepções para a idéia de trabalho: labor, poiesis e práxis

  28. ANTES DO CAPITALISMO 2. O trabalho na sociedade greco-romana esforço físico voltado para a sobrevivência do corpo. É uma atividade passiva e submissa ao ritmo da natureza(ex. o trabalho do agricultor, o trabalho de parto). Labor a ênfase recai sobre o fazer, o ato de fabricar, de criar alguma coisa ou produto através do uso de algum instrumento ou mesmo das próprias mãos. ( ex. o trabalho do artesão, do escultor). Poiesis atividade que tem a palavra como seu principal instrumento, isto é, que utiliza o discurso como um meio para encontrar soluções voltadas para o bem-estar dos cidadãos. É o espaço da política, da vida publica. Práxis

  29. ANTES DO CAPITALISMO 2. O trabalho na sociedade greco-romana É necessário entender a questão da escravidão nessas sociedades. O escravo era sempre alguém inferior por natureza, não importando que oficio tivesse. Podia-se encontrar escravos exercendo a medicina. O escravo era propriedade de seu senhor, para os romanos era uma coisa(res) É importante deixar claro que havia uma classe de ricos e notáveis que se dedicavam a discutir os assuntos da cidade. Por isso é que a escravidão era fundamental, pois era o trabalho escravo que dava o suporte material para que os cidadãos não precisassem viver do suor do seu rosto.

  30. ANTES DO CAPITALISMO O trabalho na sociedade feudal Com a decadência da escravidão(alforria e rebeliões) e a invasão dos “bárbaros”, há uma transformação nas relações de trabalho que resultou na estruturação da sociedade feudal. A terra é o principal meio de produção e as relações sociais se desenvolvem em torno dela. Mas ela não pertence aos produtores diretos, os camponeses, mas sim aos senhores feudais, hierarquizados. Os camponeses têm direito ao usufruto, mas nunca à propriedade dela

  31. ANTES DO CAPITALISMO O trabalho na sociedade feudal Cria-se uma rede de vínculos pessoais de direitos e deveres e de honra entre os senhores e entre estes e os servos. Eram os servos que realmente trabalhavam. Os senhores feudais e o clero viviam do trabalho dos outros.

  32. ANTES DO CAPITALISMO 2. O trabalho na sociedade feudal Havia também o trabalho dos artesãos, atividades nas cidades e mesmo dentro dos feudos.Os artesãos se reuniam em associações chamadas corporações de oficio, constituída de um mestre, que controlava todo o trabalho na corporação, os oficiais e os aprendizes. Para se compreender o trabalho na Idade Media,é necessário que se entenda que a sociedade feudal se caracterizava pela solidariedade, pelo cumprimento irrestrito dos compromissos, juramentos e pela presença da Igreja.

  33. ANTES DO CAPITALISMO 2. O trabalho na sociedade feudal • O trabalho era considerado uma verdadeira maldição e deveria existir somente na quantidade necessária à sobrevivência ,não tendo nem um valor em si. A Igreja considerava o trabalho como resultado do pecado original, o trabalho era visto como uma tortura (tripalium: instrumento de tortura). Trabalho= tripalium=instrumento de tortura

  34. O TRABALHO NA SOCIEDADE CAPITALISTA Mudança na concepção de trabalho A Reforma Protestante alterou o pensamento cristão sobre o trabalho, considerando-o como um meio de salvação.. Esta concepção vai servir muito bem à burguesia comercial e depois à industrial Idade Moderna A riqueza em si não é condenável, mas sim o não-trabalho e a preguiça que ele pode causar. A burguesia precisava de trabalhadores dedicados, sóbrios e dóceis em relação às condições de trabalho e baixos salários.

  35. O TRABALHO NA SOCIEDADE CAPITALISTA Est Esta concepção vai servir muito bem à burguesia comercial e depois à industrial O Iluminismo : a idéia de transformação da natureza pela ação dos homens, Idade Moderna através da ciência, da técnica e das artes mecânicas se pode transformar a natureza O homem domina a natureza através de seu trabalho.

  36. Desagregação da sociedade feudal consolidação da sociedade capitalista, com mudanças na ordem tecnológica, econômica e social, com um novo modo de produção e novas relações de produção REVOLUÇÃO INDUSTRIAL

  37. Revolução Industrial a produção agrícola destinada ao abastecimento de matérias primas Conseqüências: fluxo migratório para as cidades industriais, expulsão dos camponeses, Inchaço urbano,miséria,mendicância,prostituição, alcoolismo, promiscuidade, epidemias,

  38. Revolução Industrial o aparecimento de uma nova camada social, o operariado, a consciência de classe, Conseqüências: a formação de associações e sindicatos, o enriquecimento da burguesia.

  39. O TRABALHO NA SOCIEDADE CAPITALISTA alterou profundamente as condições de vida do trabalhador braçal provocou inicialmente um intenso deslocamento da população rural para as cidades. Revolução Industrial Homens, mulheres e crianças eram confinados em fábricas, minas e oficinas durante jornadas de trabalho de até 12 e 14 horas, em deploráveis condições sanitárias e de trabalho A produção em larga escala e dividida em etapas iria distanciar cada vez mais o trabalhador do produto final, já que cada grupo de trabalhadores passava a dominar apenas uma etapa da produção, mas sua produtividade ficava maior

  40. O TRABALHO NA SOCIEDADE CAPITALISTA propriedade privada Propriedade privada propriedade privada Trabalho assalariado Características do Capitalismo Sistema de troca Determinada divisão do trabalho O capitalismo se constituiu na Europa Ocidental. A Inglaterra é tomada como exemplo de sociedade capitalista onde se deu a transição do feudalismo para um novo modo de produção

  41. O TRABALHO NA SOCIEDADE CAPITALISTA Como o trabalho se torna mercadoria. Do ponto de vista do trabalho, o capitalismo aparece quando a força de trabalho se torna uma mercadoria que pode ser comprada e vendida Para que ele se transforme em mercadoria, é necessário que o trabalhador seja desvinculado de seus meios de produção, ficando apenas com a sua força de trabalho para vender.

  42. O TRABALHO NA SOCIEDADE CAPITALISTA Desvinculação entre o trabalhador e seus meios de produção cercamentos de terras comunais expropriação doscamponeses Fatores de transformação trafico de escravos africanos exploração das colônias Conquista e pilhagem, principalmente de ouro e prata nas Américas, guerra comercial

  43. O TRABALHO NA SOCIEDADE CAPITALISTA Resultado desses fatores: acumulação primitiva de capital Cooperação simples PROCESSOS DE PRODUÇÃO Manufatura Maquinofatura

  44. O TRABALHO NA SOCIEDADE CAPITALISTA processo no qual os trabalhadores ainda mantem a hierarquia da produção artesanal. Cooperação simples O artesão ainda desenvolve todo o processo produtivo, mas está a serviço da burguesia.

  45. O TRABALHO NA SOCIEDADE CAPITALISTA dissolução dos processos de trabalho baseados nos ofícios. O trabalho artesanal continua sendo a base só que reorganizado e decomposto através da fragmentação de suas tarefas, definido assim uma nova divisão de trabalho. Manufatura começa a surgir o trabalho coletivo. O artesão torna-se um trabalhador que não possui mais o entendimento da totalidade do processo de trabalho e perde também o seu controle

  46. O TRABALHO NA SOCIEDADE CAPITALISTA a produção de mercadorias por meio de máquinas reunidas num mesmo local: a fabrica. Agora a mecanização independe da destreza manual dos trabalhadores. Maquinofatura A mecanização revoluciona o modo de produzir mercadorias: incorpora as habilidades dos trabalhadores e os subordina às maquinas Há uma separação entre a maquina e homem. Este agora serve à maquina, ela o domina, dá-lhe o ritmo de trabalho. Ele não precisa um conhecimento especifico sobre algum oficio, não precisa ter qualificação determinada.

  47. O TRABALHO NA SOCIEDADE CAPITALISTA Trabalho e Capital : uma relação de conflito A mecanização revoluciona o modo de produzir mercadorias,não só pelo fato de incorporar as habilidades dos trabalhadores, mas também porque os subordina à maquina. O trabalhador deve apenas ligar a maquina, manuseá-la e regulá-la. Há uma separação entre a força motriz mecânica e a do homem. A maquina o domina, dá-lhe o ritmo de trabalho O trabalhador não necessita ter um conhecimento especifico sobre algum oficio., não precisa ter uma qualificação

  48. O TRABALHO NA SOCIEDADE CAPITALISTA Na maquinofatura surgem o conflito e a contradição entre trabalho e capital e ai aparece a exploração do trabalhador Aparentemente é uma relação de iguais: entre os proprietários de capital e os proprietários da força de trabalho, relação de contrato Não é o que ocorre no interior da fabrica. Os trabalhadores não recebem o valor correspondente a seu trabalho, mas só o necessário para sua sobrevivência.

  49. O TRABALHO NA SOCIEDADE CAPITALISTA Esse é o conceito de mais-valia, diferença entre o valor incorporado a um bem e a remuneração do trabalho que foi necessário para sua produção. Uma parcela significativa do valor-trabalho produzido pelos trabalhadores é apropriada pelos capitalistas. Esse processo denomina-se acumulação de capital

  50. ANÁLISE DA MERCADORIA O processo da mais valia Hipótese: 08 horas Tempo Necessário: o tempo de trabalho necessário para produzir mercadorias cujo valor é igual ao valor da força de trabalho Tempo Excedente: o tempo de trabalho que excede, que vale mais que a força de trabalho: mais valia. O trabalhador, embora tenha feito juridicamente um contrato de trabalho de 08 horas, trabalha 04 horas de graça Mais Valia Absoluta: Se o capitalista exigir aumento das horas, ainda que pague mais, estará aumentando a mais valia: Mais Valia Relativa: Se o capitalista investir em novas tecnologias diminuirá o tempo necessário estará aumentando a mais valia

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