1 / 51

Transplante Renal e AIDS

Transplante Renal e AIDS. Érika Ferrari Rafael da Silva Médica Infectologista e Pós-graduanda em Doenças Infecciosas e Parasitárias da UNIFESP erikaferrari@uol.com.br. Causas de Insuficiência Renal. Aguda: ~ população em geral: uso de drogas, desidratação

masako
Télécharger la présentation

Transplante Renal e AIDS

An Image/Link below is provided (as is) to download presentation Download Policy: Content on the Website is provided to you AS IS for your information and personal use and may not be sold / licensed / shared on other websites without getting consent from its author. Content is provided to you AS IS for your information and personal use only. Download presentation by click this link. While downloading, if for some reason you are not able to download a presentation, the publisher may have deleted the file from their server. During download, if you can't get a presentation, the file might be deleted by the publisher.

E N D

Presentation Transcript


  1. Transplante Renal e AIDS Érika Ferrari Rafael da Silva Médica Infectologista e Pós-graduanda em Doenças Infecciosas e Parasitárias da UNIFESP erikaferrari@uol.com.br

  2. Causas de Insuficiência Renal • Aguda: • ~ população em geral: uso de drogas, desidratação • Medicamentos: anfotericina B, foscarnet, pentamidina, IDV, aciclovir, SMT-TMP Keller,E.S. S. Pediatr Transplantation,2004:8:214-21

  3. Causas de Insuficiência Renal • Crônica: • HIVAN • GN por imunocomplexos (caucasianos) • Microangiopatia trombótica (caucasianos) • HBV • HCV  crioglobulinemia Roland,M.E. Transplantation,2003,75,425-29 Keller,E.S. S. Pediatr Transplantation,2004:8:214-21

  4. HIVAN • progressão rápida – 3/4 meses  doença renal terminal • idade: 20 a 64 anos/homens/UD • 3a. Causa de IRC em homens afro-americanos • Prevalência: 1 a 10% • Complicação tardia da infecção pelo HIV • HAART  mudança de prognóstico Roland,M.E. Transplantation,2003,75,425-29 Keller,E.S. S. Pediatr Transplantation,2004:8:214-21

  5. HIVAN • Dados USRDS (United States Kidney Data System): • Diálise: 0,3% - 1985 1,5% - 2000 HAART: • Melhora da função renal e proteinúria • Reversão do dano glomerular e tubular • Menor mortalidade e maior expectativa de vida Roland,M.E. Transplantation,2003,75,425-29 Keller,E.S. S. Pediatr Transplantation,2004:8:214-21

  6. Diálise • Prognóstico pobre em HIV + • Hemodiálise: 1985  0,3% 1992  1,5% 2000  1,5% • Ahuja et al: - sobrevida em 1 ano: 74% - mortalidade: 2,46 X 0,63 Keller,E.S. S. Pediatr Transplantation,2004:8:214-21

  7. Diálise Pré-HAART • Caquexia e desnutrição • Infecções oportunistas • Malignidades • Sobrevida: 1 a 13 meses • Prognóstico melhor em HIV + assintomático: 16 meses Trullas,J.C., Miró,J.M., Barril, G. et al. Enferm Infecc Microbiol Clin, 2005,23(6):363-74

  8. Diálise Pós-HAART • Melhor sobrevida e suporte nutricional • Tratamento e profilaxia das IOs • Eritropoetina • Sobrevida: 15 a 57 meses Trullas,J.C., Miró,J.M., Barril, G. et al. Enferm Infecc Microbiol Clin, 2005,23(6):363-74

  9. Razões para Tx em HIV/Aids • Prognóstico no Tx depende mais do estado da infecção pelo HIV do que da natureza da lesão renal • Melhor prognóstico do HIV na última década  HAART Trullas,J.C., Miró,J.M., Barril, G. et al. Enferm Infecc Microbiol Clin, 2005,23(6):363-74

  10. Transplante renal Pré-HAART: • Poucos relatos • Sem dados imunológicos e virológicos • Rápida progressão do HIV • Doador: maioria cadáver Keller,E.S. S. Pediatr Transplantation,2004:8:214-21

  11. Relatos • 1991- Erice et al • 11 Tx rins • 75% - função renal normal – 30,7 meses • 27%  AIDS – 13 meses pós Tx

  12. Relatos • Tzakis et al • 25 casos TOS (5 rim) • 1981- 1988 • Follow up: 1 a 5 anos • Impacto: pacientes HIV + evoluíram para AIDS mais rapidamente do que os não transplantados

  13. Transplante Renal • Pré-HAART: • Swanson et al • 63 210 Tx renal • 1987-1997  EUA • 32 (0,5%)  HIV + Swanson,s.J., Kirk,A.D., KO,C.M. et al Transpl Infect Dis,2002,4:144-47

  14. Transplante Renal • A maioria dos pacientes não recebia TARV • Condição imunológica e virológica desconhecida na maioria dos casos Swanson,s.J., Kirk,A.D., KO,C.M.et al. Transpl Infect Dis,2002,4:144-47

  15. Transplante Renal • Era Pós-HAART: • Doador: maioria vivo • Critérios de seleção semelhantes • CD4 ≥ 200 céls/mm3 • CV indetectável • Sem IO prévia Swanson,s.J., Kirk,A.D., KO,C.M.et al. Transpl Infect Dis,2002,4:144-47

  16. Número de transplantes: 64 Vivos: 62 Mortos: 2 ** Tx rim-pâncreas

  17. Transplante Renal • Era pós-HAART: • Abbot et al • Estudo retrospectivo com receptores de cadáver • 1996-2001 • 27 851 47 HIV + (0,2%) • Sobrevida em 3 anos: • HIV - (95,7%) X HIV + (87,2%) pns Abbott,K.C., Swanson,S.J. Agodoa,L.Y.C. et al J Am Soc Nephrol, 2004,15:1633-39

  18. Relatos • Roland et al • Critérios de Inclusão: • Sem IO prévia • CD4 ≥ 200 céls/mm3 • HIV RNA < 50 cópias • 26 pacientes Roland,M.E. Transplantation,2003,75,425-29

  19. Relatos • Média de CD4: 441 céls/mm3 (pós-Tx 436) • CV indetectável – pré e pós Tx • Follow up: 314 dias (3-1696) • 2 óbitos (infecção/rejeição) • Rejeição aguda: 38% • 3 perdas de enxerto: rejeição e trombose • IOS: Candidíase esofágica – sem impacto Roland,M.E. Transplantation,2003,75,425-29

  20. Relatos • Kumar et al • 40 pacientes HIV + • Fevereiro 2001 a janeiro 2004 • Critérios ~ • Bx de vigilância nos meses: 1,6,12 e 24 • Controle de rejeição e recorrência Kumar,M.S.A., Sierka,D., Damask,A.M. et a. Kidney International, 2005, 67:1622-629

  21. Relatos • Sobrevida: • Paciente: 1 ano = 85% 2 anos = 82% • Enxerto: 1 ano = 75% 2 anos = 71% • Média de seguimento: 19,2 meses Kumar,M.S.A., Sierka,D., Damask,A.M. et a. Kidney International, 2005, 67:1622-629

  22. Relatos • Óbitos: 7 (2 dias a 18 meses pós-Tx) • Principais causas: embolismo pulmonar, reação anafilática, IAM, sepse • Rejeição aguda: 22% (9)  baixas doses de IMS? • 11 perdas de enxerto Kumar,M.S.A., Sierka,D., Damask,A.M. et a. Kidney International, 2005, 67:1622-629

  23. Relatos • 30 pacientes  CV indetectável • Óbitos: 15% (6)  nenhuma causa relacionada ao HIV  3 causas infecciosas (IMS?) • Órgãos marginais  fator de risco independente para menor sobrevida do enxerto Kumar,M.S.A., Sierka,D., Damask,A.M. et a. Kidney International, 2005, 67:1622-629

  24. Relatos • Conclusão: • Estudos: TARV x IMS • Estudos prospectivos para avaliar a sobrevida do enxerto e do paciente • TX é efetivo em HIV no seguimento de 2 anos • Sem progressão para Aids ou IOS • TX renal é viável em HIV de acordo com critérios selecionados Kumar,M.S.A., Sierka,D., Damask,A.M. et a. Kidney International, 2005, 67:1622-629

  25. Protocolo Tx Renal em Aids

  26. Critérios de Inclusão • Infecção assintomática pelo HIV sem indicação de TARV CD4 > 350 céls/mm3(Kumar,M.S.A., Sierka,D., Damask,A.M. et a. Kidney International, 2005, 67:1622-629) • Pacientes com indicação de TARV CD4 > 200 céls/mm3 > 6 meses • HIV RNA < 50 cópias por 3 meses no momento do Tx ou com opções para troca no pós-TX Kuo,P.C. et al Am J Transpl,2001,1:13-17

  27. Critérios de Inclusão • Co-infecção com VHC: monitorização freqüênte, tratamento se possível antes do Tx de rim • Critérios da lista de espera para Tx • Capaz de assinar TCLE Kuo,P.C. et al Am J Transpl,2001,1:13-17

  28. Critérios de Inclusão • Abstinência de drogas pelo menos 2 anos • Abstinência de álcool pelo menos 6 meses • Avaliação psiquiátrica e psicológica favorável Kuo,P.C. et al Am J Transpl,2001,1:13-17

  29. Critérios de Inclusão • ARV estável > 3 meses • Disposição para usar profilaxia: PCP, herpes e fungos • Usar proteção de barreira • Mulheres: - HCG negativo Kuo,P.C. et al Am J Transpl,2001,1:13-17

  30. Critérios de Exclusão • Nenhuma doença definidora de AIDS ou neoplasia, exceto Candidíase esofágica, P. jiroveci e TB (Kumar,M.S.A., Sierka,D., Damask,A.M. et a. Kidney International, 2005, 67:1622-629) • TB pulmonar ou extra-pulmonar (Kuo,P.C. et al Am J Transpl,2001,1:13-17) • História de doença por Aspergillus spp. ou colonização • História de infecção fúngica resistente (C. krusei, C. glabrata) Kuo,P.C. et al Am J Transpl,2001,1:13-17

  31. Critérios de Exclusão • História de Influenza ou RSV nos últimos 30 dias • História de neoplasia exceto anogenital in situ, CEC ou carcinoma basal de pele, tratados com sucesso e de alta ≥ 5 anos Kuo,P.C. et al Am J Transpl,2001,1:13-17

  32. Critérios de Exclusão • Incapacidade de aderir ao protocolo de IMS e ARV ou de aceitar monitorização do VHC • Uso de drogas • Doença cardíaca ou pulmonar avançada • Gravidez Kuo,P.C. et al Am J Transpl,2001,1:13-17

  33. Conclusões • Tx renal é uma alternativa terapêutica nos pacientes infectados pelo HIV com IRC • Sobrevivência a curto e médio prazo é semelhante a pacientes HIV – • Não existe até agora evidência de aumento de incidência de IOS e neoplasias

  34. Conclusões • Usar mesmo esquema de profilaxia da população em geral • Uso HAART  bom controle clínico, imunológico e virológico • Sem maior progressão para Aids

  35. Problemas • Interações entre IMS e TARV • Altas taxas de rejeição • Manejo de co-infecção pelo VCH no pós-transplante

  36. Transplante Cardíaco e AIDS

  37. Relatos • Tzakis et al • 5 pacientes Tx cardíaco • 4 infectados no Tx e um sabidamente positivo pré-Tx • 3 óbitos: IOS (1) e falência cardíaca (2) • 2 vivos: 2,2 e 6,6 anos pós-Tx Tzakis AG, et al Transplantation,1990,49:354

  38. Relatos • 39anos, masculino, AIDS 1992 • IOS: PCP, SK, MAC, CMV • CD4: 20 céls/mm3 • ARV: 1992 AZT, 3TC, D4T,RTV • 1995: insuficiência cardíaca secundária daunorrubicina lipossomal  dobutamina Calabrese,L.H. et al NEJM,2003,348(3) 2323-28

  39. Relatos • 2001: avaliação para Tx cardíaco • 04/02/2001 – Tx • Pós-Tx: melhora da função cardíaca • sem IOS  queda de CD4<100 céls/mm3 • Rejeição: vários episódios Calabrese,L.H. et al NEJM,2003,348(3) 2323-28

  40. Relatos • Outras complicações: piora de ácido úrico, anemia e recorrência de condiloma anal • CV indetectável • 24 meses: atividades normais Calabrese,L.H. et al NEJM,2003,348(3) 2323-28

  41. Transplante de Medula Óssea e AIDS

  42. Relatos • Razões: • células hematopoiéticas progenitoras não são afetadas pelo HIV, mas sim sua função • HAART: efeito nas reservas hematológicas • Melhora o sistema imunológico Krishnan.A et al. Bone Marrow Transplantation,2003 32:741-748

  43. Relatos • TMO halogênico em AIDS • 19 pacientes • 3 óbitos: 2 recorrências do linfoma e 1 toxicidade • 16 pacientes vivos e em remissão • Seguimento: 27,5 meses Krishnan.A et al. Bone Marrow Transplantation,2003 32:741-748

  44. Relatos • QT em altas doses x HAART – possível • Evitar: AZT • Infecções pós-Tx ~ HIV-negativo • Sem alterações na evolução do HIV • Indicações: doença recorrente quimio-sensível Krishnan.A et al. Bone Marrow Transplantation,2003 32:741-748

  45. Xenotransplante em paciente com Aids • Xenotransplante: opção para a escassez de órgãos e resistência a infecções humanas • Babuínos: resistentes a infecção pelo HIV • Estudo piloto para avaliar a eficácia do procedimento e uma abordagem para prevenir e monitorar xenozoonoses Michaels,M.G. et al. Transplantation,2004,78:1582-89

  46. Hamadryas Baboon ORDER: PrimateFAMILY:Cercopithecidae GENUS: PapioSPECIES: hamadryas

  47. Xenotransplante em paciente com Aids • Tratamento na MO do animal: remoção das células capazes de causar DEVH, preservando as células hematopoiéticas • 38 anos, masculino, doença avançada sem resposta a TARV • TMO em 1995 Michaels,M.G. et al. Transplantation,2004,78:1582-89

  48. Xenotransplante em paciente com Aids • Procedimento bem tolerado • CV  1.5 log e permaneceu baixa por 11 meses • Melhora clínica e sem efeitos adversos Michaels,M.G. et al. Transplantation,2004,78:1582-89

  49. Xenotransplante em paciente com Aids • Paciente vivo 8 anos após o TX • Sem evidências de transmissão de infecções pelo xenoenxerto • Melhora não foi mantida a longoprazo Michaels,M.G. et al. Transplantation,2004,78:1582-89

More Related