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NOÇÕES DE ARQUIVÍSTICA E ORGANIZAÇÃO DE ARQUIVOS HISTÓRICOS AULA II

NOÇÕES DE ARQUIVÍSTICA E ORGANIZAÇÃO DE ARQUIVOS HISTÓRICOS AULA II. CONCEITOS DA ARQUIVÍSTICA. CONCEPÇÃO: CACILDA MAESIMA – CDPH/DH/UEL EDSON JOSÉ HOLTZ LEME - CDPH /DH/UEL JOSÉ MIGUEL ARIAS NETO – DH/UEL. OBJETO DA ARQUIVÍSTICA.

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NOÇÕES DE ARQUIVÍSTICA E ORGANIZAÇÃO DE ARQUIVOS HISTÓRICOS AULA II

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  1. NOÇÕES DE ARQUIVÍSTICA E ORGANIZAÇÃO DE ARQUIVOS HISTÓRICOSAULA II CONCEITOS DA ARQUIVÍSTICA

  2. CONCEPÇÃO: CACILDA MAESIMA – CDPH/DH/UEL EDSON JOSÉ HOLTZ LEME - CDPH /DH/UEL JOSÉ MIGUEL ARIAS NETO – DH/UEL

  3. OBJETO DA ARQUIVÍSTICA É o conhecimento da natureza dos arquivos e das teorias, métodos e técnicas a serem observados na sua constituição, organização, desenvolvimento e utilização.

  4. OBJETIVO DA ARQUIVÍSTICA É o acesso à informação contida nos arquivos: • seja aquela que é imprescindível para a tomada de decisões e para o funcionamento da administração de instituições públicas e privadas; • seja a que possui valor testemunhal dos direitos do cidadão; • ou ainda, a que possui valor histórico-cultural por se constituírem em registro de ações das sociedades passadas.

  5. A REVOLUÇÃO FRANCESA E A CONSTITUIÇÃO DOS ARQUIVOS NACIONAIS O ato de criação de um órgão nacional e independente, para a superintendência dos arquivos, representou o estabelecimento de um novo paradigma para a Arquivística. Inovou ao proporcionar a intenção de liberalizar o acesso dos arquivos ao cidadão comum.

  6. A CONCEPÇÃO DO PRINCÍPIO DO RESPEITO AOS FUNDOS Com a acumulação de documentos de forma massificada, em proporções alarmantes, surgiu a necessidade de se impor ordem ao caos. Assim, por meio da formulação das instruções promulgadas em uma circular do Ministério do Interior da França, em 1841, orientadas pelo arquivista-historiador Natalis de Wailly (Chefe da Seção Administrativa dos ArquivosDepartamentais do Ministério), enunciou-se o que ficou conhecido como princípio de respeito aos fundos arquivísticos, ou princípio da proveniência.

  7. FUNDO “É o conjunto de documentos produzidos e/ou recebidos por determinada entidade pública ou privada, pessoa ou família no exercício de suas funções e atividades, guardando entre si relações orgânicas e que são preservados como prova ou testemunho legal e/ou cultural, quando recolhido no Arquivo Histórico”.

  8. ARCHIVES NATIONALES – PARIS

  9. CONSOLIDAÇÃO DA ARQUIVÍSTICA ENQUANTO DISCIPLINA CIENTÍFICA A prática na organização de arquivos remonta à antiguidade. O acúmulo de experiência, desemboca no início do século XIX com o surgimento de vários manuais, em diferentes países, divulgando práticas arquivísticas. Estes manuais produzidos por arquivistas e/ou associações profissionais, descreviam as práticas nacionais referentes à concepção e tratamento de arquivos.

  10. MANUAL DOS ARQUIVISTAS HOLANDESES • Publicado em 1898, representou um grande avanço na teorização arquivística, pelo pensamento que lhe está subjacente e pelo caráter sistemático da sua apresentação. Contêm na obra: o conceito de arquivo, a organização dos documentos, a descrição, os inventários, o uso de normas, etc. • Contudo, ficaram ausentes as noções de triagem e eliminação, bem como a inclusão dos arquivos privados. • Ocorre a partir de então, uma sensível diminuição do predomínio tutelar que a Ciência Histórica exercia sobre a Arquivística.

  11. SÉCULO XIX CONSTITUIÇÃO DE GRANDES ESCOLAS NA ÁREA ARQUIVÍSTICA • Escolas especializadas em diversos países europeus: França: Paris (1821) Áustria: Viena (1854) Espanha: Madri (1856) Itália: Florença (1857) • Paralelo à constituição destas escolas muitas universidades, tanto na Europa, África e América, passam a oferecer formação arquivística no programa dos cursos de História, Ciências da Informação e outros.

  12. SÉCULO XX A Arquivística se consolida enquanto área das chamadas Ciências da Informação. Criação do Conselho Internacional de Arquivos (1950). Na década de 1950 diversas publicações importantes na área de arquivos consolidam os princípios e conceitos da disciplina arquivística.

  13. PRINCÍPIOS DA ARQUIVÍSTICA . Princípio da Territorialidade . Princípio da Proveniência . Princípio da Ordem Original Teoria das 3 Idades

  14. PRINCÍPIO DA TERRITORIALIDADE Princípio segundo o qual os arquivos públicos, próprios de um território, seguem o destino deste último. É para exprimir o seu direito que o vencedor exige do vencido a deposição dos documentos relativos às terras conquistadas no momento da assinatura de uma rendição ou de um tratado de paz. Além disso, o princípio de territorialidade foi aplicado à restituição de certos fundos de arquivo a instituições ou a centros de arquivo situados perto do local de criação, e que tinham sido deslocados por diversas razões.

  15. PRINCÍPIO DA PROVENIÊNCIA • Os documentos de arquivo apresentam-se sob inúmeras formas e nos mais variados suportes materiais. Não é o tipo, nem a forma, nem o conteúdo informativo, que caracterizam um documento de arquivo, mas sim a sua origem, ou seja, o modo como ele foi produzido, em função e no decurso, da atividade de uma pessoa física ou coletiva. • A proveniência é, portanto, o elemento mais importante a identificar num conjunto de documentos, pois é com base nela que se estruturam e organizam os fundos arquivísticos

  16. PRINCÍPIO DA ORDEM ORIGINAL Princípio segundo o qual o arquivo deve conservar o arranjo dado pela entidade coletiva, pessoa ou família que o produziu. Aos arquivistas prussianos deve-se a concepção deste princípio, segundo o qual enuncia que levando-se em conta as relações estruturais e funcionais que presidem a gênese dos arquivos, a sua ordem original garante sua organicidade.

  17. ORGANICIDADE “Qualidade segundo a qual os arquivos refletem a estrutura, funções e atividades da entidade produtora/acumuladora em suas relações internas e externas”. (Dicionário de Terminologia Arquivística, 1996)

  18. TEORIA DAS TRÊS IDADES (ciclo vital dos documentos) Formulada em 1973, como conseqüência da explosão documental do pós-guerra, passou a levar em conta as diferentes fases por que passam os documentos sob o ponto de vista de sua administração e de seu uso, desde o momento de sua produção até sua eliminação ou guarda permanente.

  19. ARQUIVOS CORRENTES Conjunto de documentos estreitamente vinculados aos fins imediatos para os quais foram produzidos ou recebidos no cumprimento de atividades-fim e atividades-meio, e que, mesmo cessada sua tramitação, se conservam junto aos órgãos acumuladores em razão de sua vigência e da freqüência com que são consultados por eles.

  20. “A permanência dos documentos neste tipo de arquivo depende de sua tipologia/função e, principalmente, de sua vigência, mas pode ser generalizada em um ano; podem passar dali a um arquivo central do respectivo órgão gerador, onde permanecerão de cinco a dez anos (sem que isso seja considerado uma outra idade).” Heloísa Bellotto

  21. ARQUIVOS INTERMEDIÁRIOS Conjunto de documentos originários de uma unidade de arquivo corrente, com pouca freqüência de uso, que aguardam destinação final em depósitos de armazenamento temporário.

  22. “Os documentos, nesta fase, permanecerão em um arquivo que já centraliza papéis de vários órgãos, porém sem misturá-los ou confundi-los, pelo prazo aproximado de 20 anos. É nessa fase que os documentos são submetidos às tabelas de temporalidade, que determinam seus prazos de vigência e de vida, segundo as respectivas tipologia e função.” Heloisa Bellotto

  23. ARQUIVOS PERMANENTES Conjunto de documentos preservados em caráter definitivo em função de seu valor administrativo, fiscal, histórico, testemunhal, legal, probatório e/ou científico-cultural

  24. “Abre-se a terceira idade aos 25 ou 30 anos (segundo a legislação vigente no país, estado ou município), contados a partir da data de produção do documento ou do fim de sua tramitação. A operação denominada “recolhimento” conduz os papéis a um local de preservação definitiva: os arquivos permanentes. A custódia não se restringe a “velar” pelo patrimônio documental. Ultrapassado totalmente o uso primário, iniciam-se os usos científicos, social e cultural dos documentos.” Heloísa Bellotto

  25. LOCALIZAÇÃO DOS ARQUIVOS Objetivando o melhor uso dos arquivos deve-se observar a localização dos mesmos em casa fase da vida útil dos documentos (Corrente, Intermediário e Permanente)

  26. Arquivo Corrente: Deve ficar localizado próximo ao produtor/administrador, a classificação dos documentos devem estar de acordo com as funções administrativas. Tem que ser ágil e ser reservado como informação pública.

  27. Arquivo Intermediário: Como é pouco consultado pelo administrador (uso esporádico), também não está totalmente aberto à pesquisa. Pode ficar instalado em local afastado, de manutenção barata. Os documentos aguardam seus prazos de vida, para descarte, ou o recolhimento para o arquivo permanente.

  28. Arquivo Permanente: Os chamados Arquivos Permanentes interessam, sobretudo, aos pesquisadores. Os administradores utilizam com pouquíssima freqüência. De preferência, quando é possível, devem ser localizados próximo a universidades e/ou centros culturais, facilitando o acesso de usuários. Na construção e/ou adaptação de prédios para instalação de arquivos permanentes, devem ser previstas amplas salas de consultas, já que a pesquisa deve ser aberta a todos os interessados.

  29. NOVAS TECNOLOGIAS NOVOS PROBLEMAS TEÓRICOS • Ordem original: como determiná-la em documentos produzidos em rede eletrônica? • Documento original: possibilidade se fazer múltiplas cópias rigorosamente idênticas. • Princípio da proveniência: Difícil caracterizar (redes de comunicação eletrônica); um bit não transmite conteúdo intelectual

  30. ESPECIFICIDADES DA ARQUIVÍSTICA É uma ciência de conjuntos: documentos contextualizados no seu meio genético de produção, atuação e acumulação, refletindo as suas relações orgânicas, mantendo-se assim a sua organicidade.

  31. UNICIDADE DO DOCUMENTO DE ARQUIVO “Qualidade pela qual os documentos de arquivo, a despeito de forma, espécie ou tipo, conservam caráter único em função de seu contexto de origem”. (Dicionário de Terminologia Arquivística, 1996)

  32. INDIVISIBILIDADE DOS CONJUNTOS DOCUMENTAIS OU INTEGRIDADE ARQUIVÍSTICA “Característica derivada do princípio da proveniência, segundo a qual um fundo deve ser preservado sem dispersão, mutilação, alienação, destruição não autorizada ou acréscimo indevido”. (Dicionário de Terminologia Arquivística, 1996)

  33. AUTENTICIDADE é outra característica dos registros arquivísticos. Está relacionada ao processo de criação, manutenção e custódia. Os documentos são produtos de rotinas processuais que visam o cumprimento de determinada função ou consecução de alguma atividade, e são autênticos quando são criados e conservados de acordo com procedimentos regulares que podem ser comprovados, a partir de rotinas estabelecidas. (Mª Odila Fonseca, 1998)

  34. Essas especificidades proporcionam à Arquivologia um perfil único e inconfundível, dentre as Ciências da Informação: MuseologiaBiblioteconomiaDocumentaçãoArquivologia

  35. CONCEITOS OPERACIONAIS ARQUIVO OU FUNDO “Conjunto de documentos que, independentemente da natureza ou do suporte, são reunidos por acumulação ao longo das atividades de pessoas físicas ou jurídicas, públicas ou privadas”. (Dicionário de terminologia arquivística, 1996)

  36. ARQUIVO OU FUNDO ABERTO ao qual podem ser acrescentados novos documentos em função do fato de a entidade produtora continuar em atividade.

  37. ARQUIVO OU FUNDO FECHADO que, não recebe acréscimos de documentos, em função de a entidade produtora não se encontrar mais em atividade.

  38. ARQUIVOS REGISTRAM: • Ações; • Direitos; • Deveres; • A trajetória e • A memória institucional ARQUIVOS: • São, desde que organizados, fontes de tomadas de decisão seguras e eficientes.

  39. DOCUMENTO • registro de uma informação independente da natureza do suporte que a contém. Todo e qualquer registro e/ou testemunho da atividade humana. • “Unidade constituída pela informação e seu suporte.” (Dicionário de terminologia arquivística, 1996)

  40. SUPORTE Material sobre o qual as informações são registradas. Ex.: fita magnética, filme de nitrato, papel, pergaminho, “bytes”, madeira, tela, etc. FORMA Estágio de preparação e transmissão de documentos.Ex.: original, cópia, minuta, rascunho, etc.

  41. GÊNERO Configuração que assume um documento de acordo com o sistema de signos utilizados na comunicação de seu conteúdo. Ex.: Documentação audiovisual, fonográfica, iconográfica, textual, micrográfica, bibliográfica, cartográfica, eletrônica, filmográfica, etc.

  42. FORMATO • Configuração física de um suporte, de acordo com a natureza e o modo como foi confeccionado. Ex.: caderno, cartaz, diapositivo, folha, livro, mapa, planta, rolo de filme, etc.

  43. ESPÉCIE Configuração que assume um documento de acordo com a disposição e a natureza das informações nele contidas. Ex.: Boletim, certidão, declaração, relatório, etc.

  44. TIPO Configuração que assume uma espécie documental, de acordo com a atividade que a gerou. Ex.: Boletim (de ocorrência; de freqüência); Certidão (de óbito; de nascimento); Declaração (de bens; imposto de renda; amor); Relatório (de atividades; de estágio; fiscalização).

  45. GESTÃO DE DOCUMENTOS • Conjunto de medidas e rotinas visando à racionalização e eficiência na criação, tramitação, classificação, uso primário e avaliação de arquivos.

  46. “É um instrumento gerencial e um instrumento de preservação da memória institucional” (Renato Tarciso Barbosa de Sousa, 2007) O êxito da implementação da gestão de documentos está no envolvimento de todos os agentes que participam do processo da produção documental.

  47. A gestão de documentos adota procedimentos, utilizando-se de instrumentos técnicos que tratam a informação contida no documento desde sua gênese até a destinação final, quando os documentos poderão ser: • eliminados, caso não tenham valor jurídico, fiscal e técnico; • recolhidos para guarda permanente, devido ao seu valor histórico.

  48. GESTÃO DE DOCUMENTOS CONTEMPLA • Sistema de registro e controle do trâmite documental; • Instrumento que organize a informação de modo a torná-la acessível; • Uma ferramenta de gerenciamento dos prazos de guarda; • Normas e procedimentos que determinem como a organização deve tratar esses recursos informacionais. (Sousa, 2007)

  49. TABELA DE TEMPORALIDADE • Importante instrumento de gestão documental, aprovado por autoridade competente, que determina prazos para transferência, recolhimento, eliminação e reprodução de documentos.

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