580 likes | 1.07k Vues
HISTÓRIA DA GASTRONOMIA De Caçador a Gourmet; Franco (2001) A História da Gastronomia ; Leal (1998). Disciplina: Alimentos e Bebidas Profª. Alissandra Nazareth Curso de Turismo UFSCar Campus Sorocaba. Gastronomia: significado. Estudo das leis do estômago;
E N D
HISTÓRIA DA GASTRONOMIADe Caçador a Gourmet; Franco (2001) A História da Gastronomia; Leal (1998) Disciplina: Alimentos e Bebidas Profª. Alissandra Nazareth Curso de Turismo UFSCar Campus Sorocaba
Gastronomia: significado • Estudo das leis do estômago; • Sentido mais amplo: arte de preparar iguarias, tornando-as mais digestivas, de modo a se obter mais prazer; • Acessível a classes sociais mais privilegiadas; • Combinação da tradição (saber do povo é ligada à terra, à exploração dos produtos da região e das estações) com a criação (invenção, renovação e experimentação); • A cozinha é traço marcante na cultura de um povo: retrata características físicas do local onde se vive, sua formação étnica, crenças religiosas e políticas; • História marcada por uma sucessão de trocas, conflitos, desavenças e reconciliações entre a cozinha comum e a arte de cozinhar; • A evolução da culinária está ligada à variação do clima, colheita e tempo de guerra e paz, pois isso interfere na vida das pessoas.
Pré-História (4000 a.c.) • Hábitos/alimentação carnívora: grupos para matar, para driblar a presa, canibalismo. As presas capturadas eram mantidas garantindo carne fresca e iniciando a domesticação dos animais. • Comida definindo as migrações / o fogo tem papel decisivo na conservação / inscrições rupestres; • Uma das principais descobertas foi o cultivo da terra e tirar dela os alimentos; • Inicialmente o homem semeou e colheu trigo, cevada, milho, batata, feijão, mandioca e arroz; • A fixação do homem levou-a a criar mobiliários, instrumentos, comercio e o desenvolvimento social; • Os primeiros instrumentos para armazenar e conservar alimentos foram de cerâmica.
Pré-História • Os alimentos puderam ser fervidos, manter sólidos em temperaturas constantes, condimentá-los com ervas e sementes aromáticas, iniciando a culinária; • Nasce o caldo substancial dos povos agricultores, surgindo outros caldos, sopas, mingaus, pirões e bebidas aquecidas; • Aparecem as bebidas fermentadas fabricadas com raízes, e servidas quentes para reforçar a resistência, tratar dos doentes ou para magias; • Surgem os vinhos de frutas (framboesa, amora e cerejas silvestres); • O sal passa a ser extraído de ardósias e depois do mar; • Foi inventado o forno de barro compacto.
Idade Antiga - Egito • O pão é um alimento que existe há 2000 anos; • Os egípcios foram os inventores da padaria artística e do pão de ázimo, sem fermento; • O pão era a base alimentar de todas as classes sociais da civilização ocidental; • Mais tarde foi substituído pela carne que por ser cara era reservada para os dias de festas; • Além do pão os egípcios consumiam vinho, mel e um certo tipo de cerveja e cebola no culto religioso; • Depois foram acrescidos na alimentação aves, peixes, ostras, ovos e frutos variados; • Comer lentilhas na passagem do ano para atrair fartura, sorte e prosperidade era costume no antigo Egito.
Idade Antiga– Grécia • A arte de comer torna-se a arte de receber, refinando a cozinha; • A comida era preparada por cozinheiros escravos, que tinham posição de destaque em relação aos demais escravos; • O trabalho de cozinheiro passou a ser feito pelos padeiros que tornavam famosos ao produzirem pães enriquecidos com sementes, ervas aromáticas, frutas e óleos vegetais. Eles transformaram-se em chefes de cozinha, auxiliados por outros serviçais; • O principal alimento era o peixe, enriquecido com centeio, arroz, aveia e condimento como sálvia, tomilho, alho-poró, cebolinha, alcaparras, raiz forte, orégano e coentro; • Os ricos comiam boi, carneiro, cabra e porco; • O alface era usado como calmante.
Idade Antiga– Grécia • A pastelaria grega era a base de trigo, mel, azeite, pinhões, tâmaras, amêndoas e sementes de papoula; • Bebiam leite, vinho e misturas à base de mel; • Os utensílios de cozinha eram de cerâmica e as caçarolas e caldeirões de bronze ricamente decorados.
Idade Antiga– Roma • A cozinha grega foi levada até os romanos durante as guerras de conquistas na Sicília. Romanos herdaram os cozinheiros gregos, os melhores da região; • Os romanos tinham costumes semelhante aos gregos em relação às refeições e à hospitalidade. Sua cozinha ultrapassou a grega; • Os jantares gregos eram divididos em duas partes: a primeira dedicada à refeição (mesas baixas e retangulares, onde se comia em silêncio) e a segunda ao simpósio ou comessatio (mesas menores e redondas), onde as mulheres não compareciam. Festa! • Os romanos faziam banquetes e aparece o chefe de cozinha: prisioneiros de guerra que passavam a fazer trabalhos culinários. Se tornavam importantes e eram reconhecidos como artistas. Recebiam altos salários. Tê-los era sinal de ascensão social; • Com o tempo os banquetes romanos formam se transformando em verdadeiras orgias. Entre os gregos, pano de fundo para debates filosóficos, literários e políticos; • Os festins, eram tão exagerados e demorados que havia intervalo para os convidados tomarem banho e fazerem massagens. Os vomitórios marcaram a decadência gastronômica: quantidade em detrimento da qualidade.
Idade Antiga– Roma • Os romanos comiam frangos, patos, gansos, galinhas-d`angola e pavões; pássaros silvestres, como codornas, perdizes, gralhas, avestruzes, flamingos, garças e papagaios; peixes, rãs, mexilhões, ouriços e ostras. Frutas, como cereja, abricó, limão e melão; • Ou seja, cozinha variada e refinada, fruto do intercâmbio com outros povos, culturas e hábitos, em virtude de um período de estabilidade e prosperidade, até a queda do império romano; • Os pobres comiam uma polenta feita com cereais ou farinha de grão-de-bico; • As cerimônias de casamento, as noivas comiam um pão especial para a ocasião, significando vida em comum, a responsabilidade que se iniciava. Desse costume vem o bolo de casamento. O primeiro ato da sua nova condição de casada era partir o bolo.
Idade Média • Os monges simplificaram a preparação e enriqueceram a qualidade: herdaram os conhecimentos da cozinha romana e transmitiram a tradição para outros povos; • O vinho foi aprimorado nos mosteiros com o desenvolvimento de videiras nobres, maçã, malte e cerveja; • Desenvolveram legumes, frutas, exploram minas de sal, praticaram a pecuária, curtiram o couro e aprimoraram a conservação de alimentos e pão; • Plantavam, aumentavam sua produção, mantiveram fazendas-modelo. Nas feiras vendiam seus produtos, carnes salgadas e especiarias; • Comiam peixe como o arenque, que era salgado e vendido em vários mercados europeus. O peixe era muito valorizado, pois era barato, popular e ainda, a base da dieta dos cristãos; • A cozinha apresentava mais luxo que sabedoria. Os ingredientes eram justapostos, sem preocupação com a combinação. O que importava era a apresentação dos pratos e não como os alimentos eram preparados; • Usavam temperos, especiarias, noz-moscada, gengibre, canela, cravo, sementes de girassol, cominho, hortelã, cebolinha, anis e açafrão. • Açúcar e trigo sarraceno foram trazidos das cruzadas, que propiciaram um grande comércio no oriente médio, entre muçulmanos e romanos.
Idade Média • Nos festins e banquetes serviam vitelas, cabritos, veados, javalis, cisnes, gansos, pavões, perdizes e galos, frutas frescas, salgados e doces; Comer muito e com voracidade era um vício comum. A carne era cortada com o próprio punhal, comiam com as mãos, e os restos eram jogados no chão para os cachorros; • As damas não participavam, chegavam ao final, para as sessões de música e poesia; • No século XIII o forno voltou a ser usado, permitindo uma cocção lenta e os guisados foram redescobertos. Também aparecem os molhos; São preparadas salsichas, vinagres, mostardas e as caldeiradas de peixes de água doce; • São dessa época o iogurte, sorvetes, melões, café, geléias de pétalas de rosas, de violetas, de frutas, bolos, doces com amêndoas e mel, e o nougat (massa doce folhada); • Na China aparece o talharim e o espaguete (massa de farinha de trigo e soja): Marco Polo comeu essas tirinhas temperadas com gordura de peixe, levou a receita para a Itália e esta se tornou o prato nacional do país; • O arroz foi levado da Ásia para o ocidente.
Idade Moderna • Popularização dos talheres (objetos pessoais levados em estojos)/ Importância das especiarias; • As viagens de navegação levavam sementes, raízes e cereais e traziam as novidades de lá; • Recebemos cana-de-açúcar (o açúcar ficou mais barato), • Os temperos eram usados com maior moderação e os aromáticos foram acrescentados às bebidas, surgindo os licores. • Mais requinte e educação, ao contrário da ostentação e brutalidade da Idade Média.
Idade Moderna • No século XVI, a cozinha francesa sofreu grande influência da italiana; • Os parisienses saiam de casa para jantar nos cabarés, locais de encontros dos artistas e escritores; • Na Europa haviam hotéis e tavernas com uma table d`hotê – menu servido em hora determinada, pelo qual se paga um valor fixo por cabeça.
Idade Moderna • La Tour D`Argent: albergue-taberna de alto nível fundado no século XVI, existente até hoje; • No século XVII surge o serviço separado de pratos: sopas, entradas, assados, saladas e por fim sobremesa; • La Varenne (cozinheiro de Luis XIV) – revolucionou a culinária com os molhos franceses como o bechamel; • Em meados do século XVII, os franceses descobriram o café, depois que um visitante oriental levou-o de presente para o rei Luís XIV; • As casas de cafés se espalharam rapidamente por Paris, onde eram servidos também chás e chocolates que eram consumidos no final da tarde (recomendados para combater doenças venéreas e o café sem açúcar é fortificante), até que o governo inglês, para incentivar o comércio com o oriente, baixou o preço do chá: declínio dessas casas; • Outro alimento dessa época foi o peru, levado pelos padres jesuítas que vieram para a América; • Mistura de frutas e açúcar aos pratos salgados.
Idade Moderna • Foi criado o grande fogão de cozinha, de doze a vinte bocas, que substituiu o fogão a lenha e pôde cozinhar em fogo brando ou forte; • O champanhe passa a ser produzido (Denominação de Origem Controlada); • Os costumes franceses passam a ser espalhar para outros países da Europa; • Aparece o primeiro estabelecimento de um parisiense conhecido por Boulanger (padeiro em Francês), em Paris (1767), que vendia sopas quentes restauradoras; • Foi aberto em 1782 em Paris o “La Grande Taverne de Londres”, do chef Beauvilliers e era freqüentado pela aristocracia e oferecia um serviço a la carte, com longa lista de pratos para o cliente escolher, com destaque para as saladas e assados.
Idade Moderna O champanhe: • Com o aparecimento de Don Perignon (monge beneditino) em 1670, houve uma "revolução" na produção do champanhe; • A Don Perignon deve-se a descoberta dos cinco principais elementos que em muito contribuíram para o champanhe tal como ele é hoje: • A mistura de diferentes vinhos da região, conseguindo assim um produto mais harmonioso; • A separação e prensagem em separado das uvas pretas que predominam em Champagne, obtendo assim um cristalino sumo de uva; • O uso de garrafas de vidro mais espesso para melhor permitirem a pressão da segunda fermentação em garrafa; • O uso da rolha de cortiça, vinda de Espanha, que permitiu substituir o anterior sistema, pauzinhos de cânhamo embebidos em azeite; • A escavação de profundas adegas, hoje galerias com vários quilômetros de extensão e usadas por todos os produtores, para permitir o repouso e envelhecimento do champanhe a uma temperatura constante.
Idade Contemporânea (1789) • Napoleão: preocupado com seu exército, ofereceu alto prêmio para quem criasse uma técnica para conservar alimentos: surgiu a conserva em vidros, enlatados: impulso à indústria; • Após Napoleão: grandes chefs e cozinheiros foram trabalhar nos restaurantes de Paris, depois de perderem seus empregos nos palácios, em virtude do enfraquecimento da nobreza com a revolução; • Aparecimento do serviço à francesa: os pratos são servidos de uma única vez; • Jantares cada vez mais tarde: valorizou o serviço do chá da tarde; • Pós-guerra (1918): a cozinha francesa teve uma queda, menor quantidade e qualidade dos alimentos disponíveis. EUA e Japão em alta; • Após a guerra: materiais de cozinha se aperfeiçoaram, o gás e a eletricidade entraram na cozinha: fogões, liquidificadores, batedeiras e equipamentos que possibilitaram a conservação; • Procura pelo fast-food e self-service (tendência), restaurantes de alimentos em massa e pizzarias: cadeias de restaurantes: refeições baratas e rápidas; • Grandes restaurantes em hotéis; • Metade do século XX: Nouvelle Cuisine: realçar o sabor natural dos alimentos, valorizar a técnica.
A História da Gastronomia no Brasil • Índio + Colonizador Branco + Escravo Negro: Cozinha Brasileira; • Cozinha dos nativos: mandioca (farinha, biju/caldo de carne ou de peixe) + palmito (inhame veio mais tarde da África); • Aipim, batata, abóbora, milho, feijão, fava, amendoim, cará; • Abacaxi, goiaba, cajá, maracujá, imbu, mamão, mangaba, caju (bananas, laranja, lima e limão: não são brasileiros); • Moqueca e paçoca: herança dos índios / milho (angu) e fubá: palavras introduzidas pelos africanos; • Churrasco: origem indígena: técnica de assar o peixe ou a carne diretamente no fogo. Assavam também os alimentos nas covas; • A bebida era fabricada a partir da fermentação da mandioca, do aipim, da batata-doce e do milho. Das frutas: caju, ananás e jenipapo. As destiladas foram trazidas pelos portugueses.
A História da Gastronomia no Brasil • O preparo das bebidas era ocupação feminina, além das panelas e dos fornos de barro; • Os portugueses também trouxeram o carnaval, a quaresma, o São João e o natal, com suas danças, músicas e comidas próprias; • O pirão (influência indígena) era o alimento mais consumido, pois os era imposto aos escravos pelos portugueses: farinha de mandioca + caldo fervente, de carne ou de peixe; • O pirão passou a indicar o próprio alimento: também significava subsistência, mulher bonita e alimento indispensável em uma festa (os escravos o comiam com pimenta malagueta).
A História da Gastronomia no Brasil • Fortes influências: arroz, feijão, cuscuz, banana, quiabo, inhame, erva-doce, gengibre, açafrão, gergelim, amendoim africano, melancia e coco; • Galinha: trazida para o Brasil pelo português. Não era comida pelo povo, reservada às classes mais favorecidas, aos domingos ou dias de festa. Recheadas com farinha torrada, manteiga e especiarias. Ocasional, não fazia parte do cardápio habitual. Na África a galinha é sagrada, não se come; • Doces: mais associados à idéia de passatempo que de sustento (pão-de-ló). Índios e negos os conheciam pelas mãos das portuguesas. Mais tarde, passou a se tornar diário na mesa do brasileiro; • Entre os escravos: melaço, rapadura, açúcar mascavo, garapa; • Curiosidade: a liberdade do escravo podia ser trocada por farinha. Eles a estocavam e, nos períodos de seca, esse produto era escasso e caro. No mais, viviam da caça, da pesca e da roça (as frutas eram roubadas) e vendiam toucinho e carne seca.
A História da Gastronomia no Brasil • Cachaça / agregada ao alho: protegia da malária e de doenças respiratórias; • Era misturada à canela, à goma de tapioca, à noz moscada, à cebolas assadas, ao mel, à frutas secas, à raspas de raízes: remédio; • Cozimentos misturados: influência portuguesa (azeite doce x azeite de dendê); • A cozinha brasileira se afirma: o Brasil se liberta de portugal (um povo que defende seus pratos defende seu território).
A História da Gastronomia no Brasil • Decadência do açúcar (XVIII): depois de reinar por 3 séculos: seus preços caíram na Europa: Café; • Com a proibição do tráfico negreiro, os europeus vieram para a lavoura, influenciando nossa cozinha; • Vinda da família real: vida social tornou-se intensa: saraus e novos jantares/pratos para atender a corte; • Bebidas: vinhos, champanhes e cervejas: fábricas se instalaram: relação com outros países; • Século XIX: cosmopolismo: danças, figurinos, músicas, lazer e comportamento; • Café: produto mais exportado até 1930.
A gastronomia no mundo hoje: O fenômeno da globalização • Globalização x regionalização (cuisine du marché: cozinha de mercado); • Industrialização / desenvolvimento da agronomia / técnicas de refrigeração / enlatamento / comércio e exportação; • Movimento de grande inovação na culinária: pratos recriados, de acordo com possibilidades locais, dando origem a novas interpretações: vale tudo desde que haja leveza e harmonia.
A cozinha regional na América • América Espanhola: baseada nos índios; • Milho, aipim, trigo e batatas; • Paella (típica da Espanha), peixes marinados em limão; • Abacaxi, laranja, banana e abacate: este último é bem popular, utilizado em saladas temperadas com azeite, vinagre, mostarda e sal ou molhos para frutos do mar e em recheio de aves; • Destaque: tequila, vinho do Chile, rum paraguaio e café colombiano.
A cozinha regional na América • Estados Unidos: • Pratos congelados, preparações em escala industrial, sanduíches; • Diversidade gastronômica de muitos grupos étnicos que se estabeleceram no país: italianos, indianos, gregos, alemães, escandinavos, russos e chineses; • Hambúrguer, cachorro-quente, cheesecake e sorvete; • Dia de Ação de Graças (sopa de abóbora, peru assado acompanhado de crambery sauce, batatas-doces cobertas com marshmallow e cebolas cozidas); • Sobremesa: torta de abóbora ou de maça, servida com sorvete; • Breakfast (desjejum tipicamente inglês: ovos fritos, bacon, pão, torradas, mingaus, manteigas, geléias, sucos de frutas, chás, café e leite; • Nas proximidades do México, influência da comida: chilli com carne: feijão, carne e queijo; • Califórnia: legumes, verduras e frutas frescas (pato à califórnia); • Sobremesas: bolos, tortas de maça verde, limão e blueberry, brownies.
A cozinha regional na Europa • Alemanha: • Pratos fortes, substanciosos, ricos em gorduras e molhos grossos, para quebrar o frio da região; • Pratos muitos distintos de região para região; • Carne de porco, repolho, batatas (de todos os tipos, com ou sem casca, recheadas, em purê, etc.), presuntos, chouriços, salsichas de fígado, paletas defumadas e joelho de porco; • No litoral: peixes (salmões, trutas e carpas); • Mistura de sal com açúcar (geléias de frutas para acompanhar carnes salgadas, assados recheados com frutas, sopa de cerveja); • Confeitaria: strudel (massa folheada com recheio de doce de frutas).
A cozinha regional na Europa • Espanha: • Grande influência da cozinha romana e árabe; • Azeite de oliva, alho, açafrão, alcachofra; • Paella: risoto preparado com frango, porco, crustáceos, mariscos e açafrão; • Gazpacho: sopa fria de pepino com temperos variados; • No litoral: pescado, muito preparado com azeite; • Puchero: cozido muito suculento, com diferentes carnes, linguiças, verduras, legumes e grão-de-bico.
A cozinha regional na Europa • França: • Influenciou quase todas as demais. É a base da cozinha internacional, sem perder suas raízes regionais; • Sucesso: fartura de recursos naturais e agrícolas e ainda: enorme prazer de comer que os franceses tem; • Depois da revolução francesa: grandes chefes: Escoffier e Carême; • Vinhos de excelentes qualidades, variedades de queijos, creme de leite, champignon, temperos finos e especiarias, creme do tipo fondue; • Cassoulet: sopa clássica: feijões e favas, couve, alho, pimenta, salsa, fígado de ganso ou de porco, legumes; • Sobremesas: charlotte, torta de maça ou de ameixas, creme de abóbora, pastéis de ameixas e sopa de cerejas.
A cozinha regional na Europa • Inglaterra: • Breakfast; • Lanches tradicionais à tarde: chás; • Apreciam muito as tortas e sobremesas açucaradas: Maryland: massa recheada de geléia de framboesa, passas e amêndoas; • Itália: • Simplicidade e sabor; • Além das massas: arroz, polenta de farinha de milho, pão; • Minestrone: sopa feita com legumes, feijão branco, queijo e condimentos; • Risoto (sendo o de vitela o mais comum); • Pizza napolitana (massa fina, assada em forno de pão); • Molhos famosos: tomate, bolonhesa, alho e óleo: condimentos: manjericão, sálvia, orégano, entre outros; • Sopa de pescado (peixe abundante, estreita faixa de mares de pesca).
A cozinha regional na Europa • Portugal: • Muito montanhoso, pouco pasto para gado: extenso litoral; • Pratos de frutos do mar e sobremesas a base de ovo (quindins, fios de ovos, ambrosia e papo-de-anjo); • Sardinha: especialidade: comida fresca, grelhada, em conserva; • Bacalhau: sopas, ensopados, gratinados, omeletes, tortas, com ovos; • Vinho: boa produção: tintos, brancos e vinhos do porto.
A cozinha regional na Ásia • China: • Arte muito importante para os chineses: grandes tratados sobre alimentação: talento dos cozinheiros, utilização de cores; • As diferenças e os contrastes estão presentes: pétalas de rosa, o crocante com o cremoso, o temperado servido com o doce; • Cozimento rápido (pobreza de combustíveis); • Base: peixes, algas, aves, porcos, brotos de bambu e de soja, legumes, cogumelos secos, gengibre, casca de frutas cítricas, castanhas, arroz de soja; • Bebida: chás, aguardente de arroz, vinho do tipo xerez. O leite é pouco usado e o queijo escasso.
A cozinha regional na Ásia • Índia: • Hábitos relacionados a questões religiosas; • Os sacerdotes são vegetarianos, os comerciantes e artesãos podem comer peixes e carnes e os mais humildes se alimentam só de arroz; • Curry: contém gengibre, pimenta dedo-de-moça, pimenta vermelha, canela em rama, cominho, pimenta-do-reino, cardamomo, cravo, erva-doce, cúrcuma e coentro em grãos. Todos esses temperos, juntamente com outros, são torrados, moídos e usados em dosagens diferentes para preparar o curry; • Chutney: condimento de paladar agridoce.
A cozinha regional na Ásia • Japão: • Requinte de texturas e cores, meticulosa preparação, valorização dos sabores; • Peixes, crustáceos, mariscos e algas; arroz; legumes e soja; • Dieta vegetariana: no século X, proibição da matança de animais pelo budismo; • Saquê: fermentado natural. Classificado na mesma categoria do vinho; arroz e água; sinal de hospitalidade e atenção; • Chás (influência dos chineses) / cerimônia e meditação; • Sopa, sashimi, sushi, shiitake, yakisoba, tempura, peixes cozidos, assados e grelhados, verduras e conservas; • Carne de cachorro.
A cozinha regional na Ásia • Líbano e Síria: • Cozinha farta: quanto mais se come, mais o anfitrião fica satisfeito; • Pratos frios / óleos e pastas: gergelim, grão-de-bico (homus), berinjela (babaganuche), coalhada seca; • Quibe: frito, assado ou cru; servido com cebola, azeite e hortelã; Esfirras; • Tabule: salada de trigo sarraceno, limão, cebola, tomate e pimenta; • Kafta: espetinho de carne moída grelhado ou assado ao forno; • Enroladinhos de repolho; abobrinhas, pimentões e berinjelas recheados; • Zattar; chancliche; arak (destilado de diversas matérias-primas e aromatizado com anis); • Confeitaria açucarada, rica em caldas e mel: trouxinhas de tâmaras, pastéis de nozes regados com mel.
A cozinha regional no Brasil • A cozinha Amazônica (originalidade: • Peixes, ervas e temperos; • Caldeirada: peixes de água doce, vários temperos e farinha de mandioca; • Peixes preparados com leite de coco, moquecas, maniçoba (feijoada paraense), tacacá (tucupi + goma + camarão + jambu), pato ao tucupi (molho extraído da raiz da mandioca brava). • A cozinha baiana: • Acarajé, cuscuz, bobó, vatapá, caruru; azeite de dendê, leite de coco e muita pimenta.
A cozinha regional no Brasil • A cozinha mineira: • Café, bolo de fubá, roscas, pão de queijo, queijo, rapadura, biscoito de polvilho; • Feijão, angu, farinha de milho ou mandioca, arroz, feijão tropeiro; • Tutu de feijão; frango ao molho pardo; frango com quiabo; • Goiabada com queijo. • Cozinhas do Rio e São Paulo: • Pizza e cuscuz paulista; • Feijoada carioca. • Cozinha gaúcha: • Churrasco, chimarrão, arroz de carreteiro (guisado com charque, acompanhado de farofa de banana verde).