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Biotecnologias e Valores Éticos

Biotecnologias e Valores Éticos. Sociedade Brasileira de Bioética Búsios-RJ 2009. Márcio Fabri dos Anjos . introduzindo. Notas sobre tensão entre Tecnociências e (Bio)Ética. 1. Aspectos epistemológicos. 2. Aspectos sócio-político-culturais. 3. Desafios à Bioética.

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Biotecnologias e Valores Éticos

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Presentation Transcript


  1. Biotecnologias e Valores Éticos Sociedade Brasileira de Bioética Búsios-RJ 2009 Márcio Fabri dos Anjos

  2. introduzindo Notas sobre tensão entre Tecnociências e (Bio)Ética 1. Aspectos epistemológicos 2. Aspectos sócio-político-culturais 3. Desafios à Bioética

  3. 1. Notas de epistemologia “Vejo a singularidade do ser humano na criação (e na destruição) de valores. [...] os valores de que o homem é o inventor perpétuo se revelam sempre precários” (Lécourt 2007:23). A pesquisa científica é objetiva, neutra e autônoma? (Lacey 2008)

  4. “Objetiva/imparcial” “uma hipótese só deve ser aceita como conhecimento científico após ser testada no curso de um rigoroso programa de pesquisa empírica (muitas vezes experimental) apropriado, e é considerada bem apoiada por evidências empíricas disponíveis baseadas em critérios cognitivos estritos (por exemplo, adequação empírica, poder explicativo e preditivo) que não refletem valores éticos ou sociais particulares” (H.Lacey 2008)

  5. “Neutralidade” (1) resultados científicos não têm nenhum juízo de valor ético ou social entre suas conseqüências lógicas; e (2) em princípio, considerados como um todo, em sua aplicação eles podem auxiliar igualmente interesses fomentados por qualquer uma das perspectivas de valores éticos e sociais viáveis mantidas no mundo de hoje, em vez de privilegiar algumas à custa de outras. (HL)

  6. “Autonomia” (1) questões de metodologia científica e os critérios para avaliar conhecimento científico estão fora da esfera de ação de qualquer perspectiva ética (religiosa, política, social, econômica) ou preferências pessoais; (2) as prioridades da pesquisa, para a atividade científica como um todo, não devem ser moldadas por uma perspectiva de valores particulares; e (3) as instituições científicas devem ser constituídas de forma a poder resistir a interferências externas (não-científicas).

  7. Crítica à dicotomia “fato-valor” “o conhecimento dos fatos pressupõe o conhecimento dos valores”. (H.Putnam. O colapso da Verdade. SP:Idéias e Letras 2008)

  8. Tendência atual, em vez de repensar todo o dogma (o último dogma do empirismo?) que põe dicotomia entre fato e valor, prefere se refugiar na “fantasia de fazer ciência usando apenas a lógica dedutiva (Popper), a fantasia de vindicar dedutivamente a indução (Reichenbach), a fantasia de reduzir a ciência a um único algoritmo simples (Carnap), a fantasia de selecionar teorias dado um conjunto misteriosamente disponível de ´condicionais de observação verdadeiros´ ou, alternativamente, ´estabelecidos pela psicologia´ (ambas de Quine)”. (PUTNAM, 2008:191-192)

  9. H.Lacey: descontextualização - Valores e Atividade Científica. 2v. SP:Editora34 - A Controvérsia sobre os Transgênicos: questões científicas e éticas. SP: Idéias e Letras.

  10. Representar fenômenos os descontextualiza, ao dissociá-los de qualquer lugar que eles possam ter em relação a arranjos sociais, vidas e experiência humana, de qualquer ligação com a ação humana, valores e qualidades sensoriais, e de quaisquer possibilidades que eles possam ganhar em virtude de suas posições em contextos sociais, humanos e ecológicos particulares.

  11. Assim, na superfície de um árido e anônimo artigo científico, ocultam-se aventuras individuais e coletivas de pesquisadores que hesitaram, depois acreditaram, enfim convenceram seus pares que por vezes puseram em jogo sua carreira, sua reputação por causa de uma experiência ou de uma fórmula. (Japiassu 2009)

  12. 2. Aspectos sócio-político-culturais Nas sociedades industriais, profundamente marcadas pela influência da ciência e da tecnologia, a questão do saber torna-se cada vez mais indissociável da questão do poder. (Japiassu 2009)

  13. É difícil reconciliar a neutralidade e a autonomia com o papel da tecno-ciência ligada ao crescimento econômico, ou o da ciência inserida na lógica do capital (“ciência de interesses privados” – Krimsky, 2003)- HLacey O caminho pelo qual a ciência está sendo conduzida não se encaixa facilmente com a neutralidade; ele serve bem os valores do capital e do mercado, mas não os da sustentabilidade. (Lacey 2009)

  14. Craig Venter: promete dentro de um ano o primeiro ser vivo montado inteiramente em laboratório (uma bactéria). Entende que assim, o ser humano “terá nas mãos a arma para derrotar a fome, o aquecimento global e a dependência petrolífera.” (IHU 22/9/2009)

  15. Financiamento? “Tenho uma colaboração com a British Petroleum: usaremos as nossas células para transformar o carbono em gás natural. Uma outra é com a Exxon Mobil para produzir combustível partindo de algas geneticamente modificadas. Nos EUA, existe uma comunidade de investidores privados que confia naquilo que a ciência faz.” (IHU 22/09/2009)

  16. O empreendimento científico e tecnológico se tornou interesse político e econômico. E logo as decisões que ele gerou saem dos “corredores do Poder” (C.P.Snow) e levam as controvérsias públicas e a disputas por vezes violentas. (Japiassu 2009) Depois de Hiroshima e Nagasaki, “os físicos conheceram o pecado” (Oppenheimer)

  17. Tendência cultural: hegemonia do pensamento tecno-científico Virtualmente toda a pesquisa científica conduzida hoje dentro da abordagem descontextualizada é tecnociência, de forma que, cada vez mais, se supõe que a ciência contemporânease tornou idêntica à tecnociência. (Lacey 2009)

  18. 3. Desafios à Bioética Urgente tarefa de superar a insensatez: pensar e ajudar a pensar Identificação de valores: crítica, intervenção/proteção Desafio de ir contra a corrente

  19. “O futuro comportará sempre riscos, vicissitudes e inquietudes, mas também poderá comportar capacidades criativas, desenvolvimento da compreensão e da bondade, uma nova consciência humana” (Morin. Vers l´abîme?, L´Herne, 2007

  20. Não é o caminho que é difícil, é o difícil que é o caminho” (Kierkegaard)

  21. mfabri@terra.com.br

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