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CRESCIMENTO E DISTRIBUIÇÃO DA RENDA: LIÇÕES PARA O FUTURO DOS CAMINHOS PERCORRIDOS PELA CEPAL. A proposta i nicial e as auto-críticas dos anos sessenta e setenta. Crescimento e distribuição de renda na proposta inicial
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CRESCIMENTO E DISTRIBUIÇÃO DA RENDA: LIÇÕES PARA O FUTURO DOS CAMINHOS PERCORRIDOS PELA CEPAL
A proposta inicial e as auto-críticas dos anos sessenta e setenta Crescimento e distribuição de renda na proposta inicial • Renda concentrada é uma característica das economias periféricas e limita o crescimento • Lucros extraordinários dos exportadores e redução do preço das exportações na baixa cíclica • Consumo supérfluo das elites e insuficiência de poupança • Círculo vicioso da pobreza = insuficiência de poupança→ escassez de capital → baixa produtividade → insuficiência de poupança • Políticas tributárias distributivas • Capital internacional e poupança
A proposta inicial e as auto-críticas dos anos sessenta e setenta Crescimento e distribuição de renda na proposta inicial • Foco: geração e propagação do progresso técnico e distribuição dos seus frutos • Importância da industrialização – dinamismo, aumento da produtividade do trabalho, aumento dos salários, propagação para outros setores
A proposta inicial e as auto-críticas dos anos sessenta e setenta Crescimento e distribuição de renda na proposta inicial • A industrialização deverá trazer crescimento, melhores salários e distribuição da renda • Otimismo em relação à modernização – traço positivista • Identificação com a idéia de remuneração dos fatores de produção de acordo com a sua eficiência - aproximação com o pensamento marginalista
A proposta inicial e as auto-críticas dos anos sessenta e setenta A auto-crítica dos anos sessenta • A insuficiência dinâmica – incapacidade da economia de absorver de forma eficiente quantidades crescentes de trabalho • Aumento da produtividade não garante aumento dos salários • Industrialização proporcionou a concentração da renda • A excessiva concentração da renda começa a comprometer o crescimento – tendência à estagnação • Justificativa pelo sub-consumo / pessimismo e fatalismo
A proposta inicial e as auto-críticas dos anos sessenta e setenta A auto-crítica dos anos sessenta • Alerta para os riscos sociais da concentração • Movimentos sindicais • Influências socialistas • Identificação de problemas na estrutura produtiva • Produção de bens de luxo, excesso de protecionismo • A saída através das políticas distributivas • Reforma agrária, Acesso à educação, Democracia, Mobilidade social
A proposta inicial e as auto-críticas dos anos sessenta e setenta A auto-crítica dos anos setenta • O modelo econômico concentrador • A concentração da renda não inviabilizou o crescimento • A concentração da renda, no lugar de inviabilizar o crescimento, o favoreceu • Ainda o pessimismo e a busca de alternativa
A proposta inicial e as auto-críticas dos anos sessenta e setenta A auto-crítica dos anos setenta • A saída pela modificação drástica do sistema e definição uma estratégia de desenvolvimento diferente • Distribuir propriedade e renda • Desestimular produção de bens de luxo • Aumentar a produção de bens voltados a atender as necessidades básicas da população • Estimular a produtividade em setores atrasados
Crescimento e distribuição de renda na proposta de Transformação Produtiva com Equidade Ênfase na competitividade autêntica e sistêmica • Competitividade autêntica – que se sustenta na incorporação deliberada e sistemática do progresso técnico ao processo produtivo • Caráter sistêmico – a empresa insere-se num contexto que integra sistema de ensino; infra-estrutura tecnológica, energética e de transportes; relações entre empregados e empregadores; aparato institucional público e privado e sistema financeiro
Crescimento e distribuição de renda na proposta de Transformação Produtiva com Equidade • A equidade é indispensável ao crescimento → Por ser sistêmica, a competitividade perde vigência no médio prazo, com elevados níveis de inequidade → Crescimento e equidade devem ocorrer simultaneamente • O conceito de equidade • Distribuição pessoal e regional da renda • Erradicação da miséria • Acesso à saúde, à higiene, à alimentação, à educação, ao mercado de consumo, ao mercado de trabalho, às novas tecnologias, a oportunidades de investimento • Não discute a propriedade
Crescimento e distribuição de renda na proposta de Transformação Produtiva com Equidade O que promove a equidade? • Absorção de força de trabalho em condições de crescente eficiência • Nível elevado de formação de capital • Estabilidade do nível de investimentos • Eficiência e competitividade internacional • Capacidade de desenvolver atividades que requeiram maior valor agregado do tipo intelectual • Disposição de empreender – apoio a novos empreendedores
Crescimento e distribuição de renda na proposta de Transformação Produtiva com Equidade O que promove a equidade? • Educação e capacitação dos recursos humanos - capital humano • Orienta o sistema de ensino: • Promoção da igualdade de oportunidades e compensação das diferenças • Estabelecimento de metas, critérios de avaliação e cobrança de resultados • Assimilação e produção de novas tecnologias • Comprometida com respeitar as diferenças e estimular a criatividade e a participação social
Crescimento e distribuição de renda na proposta de Transformação Produtiva com Equidade O que promove a equidade? • Integração social • Orientada para reduzir as discriminações étnicas, etárias, territoriais, sociais • Promover a democracia política • Fortalecer instituições públicas e privadas • Proporcionar estabilidade social e econômica ao cidadão – solidariedade e proteção social • Promover a coesão social e estimular o sentimento de pertencimento
Crescimento e distribuição de renda na proposta de Transformação Produtiva com Equidade O que promove a equidade? • Superação da pobreza • Enfrentamento da pobreza e da miséria não pode esperar pelo crescimento econômico • Políticas compensatórias e de transferência destinadas a erradicar a miséria, evitar a transmissão inter-geracional da pobreza e recuperar população marginalizada
Considerações finais Os caminhos trilhados pela CEPAL • A distribuição da renda ocorrerá como consequência natural do progresso técnico e do crescimento da economia • A concentração da renda inviabilizará o crescimento • A concentração da renda foi capaz de promover o crescimento e dinamizar a economia • O crescimento com concentração foi de curta duração; é preciso construir um modelo de desenvolvimento onde haja promoção deliberada da equidade social
Considerações finais A lição que se pode aprender • O crescimento é possível, dentro de certos limites, com concentração e sem concentração da renda. • Crescer com distribuição da renda é uma opção política, o que pressupõe ambiente democrático • A distribuição da renda não ocorrerá naturalmente, portanto exige políticas deliberadas