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GENÉTICA DA ANENCEFALIA Brasília, 28/8/2008

GENÉTICA DA ANENCEFALIA Brasília, 28/8/2008 . SBGM Quem somos?. Em 1983 uma portaria do CFM definia a Genética Médica como especialidade médica Em 15 de julho de 1986 foi fundada a SBGM em Curitiba.

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GENÉTICA DA ANENCEFALIA Brasília, 28/8/2008

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Presentation Transcript


  1. GENÉTICA DA ANENCEFALIABrasília, 28/8/2008

  2. SBGMQuem somos? • Em 1983 uma portaria do CFM definia a Genética Médica como especialidade médica • Em 15 de julho de 1986 foi fundada a SBGM em Curitiba. • A Sociedade Brasileira de Genética Médica é uma entidade civil, de caráter científico e normativo, sem fins lucrativos, composta, em sua maioria, por médicos, mas também por outros profissionais comprometidos com a prática da Genética Médica

  3. SBGMObjetivos • Congregar médicos especialistas em Genética Médica; • Representar a Genética Médica brasileira junto às instituições nacionais e internacionais; • Contribuir para o progresso da Genética Médica; • Estimular a formação de novos profissionais; • Realizar congressos nacionais e internacionais; • Patrocinar cursos de especialização ; • Orientar e supervisionar as atividades relacionadas com o exercício profissional no campo da Genética Médica; • Assessorar os órgãos governamentais no credenciamento de unidades formadoras de especialistas em Genética Médica

  4. GENÉTICA DA ANENCEFALIA • COMO ACONTECE? • POR QUE ACONTECE? • QUAIS OS SINAIS? • QUAIS AS MALFORMAÇÕES ASSOCIADAS? • QUAIS OS RISCOS DE SE REPETIR? • QUANTO E COMO PODE SER PREVENIDO? • QUAL O PAPEL DO MÉDICO GENETICISTA?

  5. GENÉTICA DA ANENCEFALIA • COMO ACONTECE • POR QUE ACONTECE • QUAIS AS MALFORMACOES ASSOCIADAS • QUAIS OS RISCOS DE SE REPETIR • COMO E QUANTO PODE SER PREVENIDO • O PAPEL DO ACONSELHAMENTO GENETICO

  6. NEURULAÇÃO • É O PROCESSO EMBRIOLOGICO FUNDAMENTAL QUE LEVA A FORMAÇÃO DO TUBO NEURAL, QUE É O PRECURSSOR DO CÉREBRO • INICIA-SE COM A FORMAÇÃO DA PLACA NEURAL, QUE É UMA FOLHA ACHATADA FORMADA POR UM TECIDO DE CÉLULAS EPITELIAIS ESPESSAS • O OBJETIVO É CONSTRUIR UM TBO A PARTIR DE UMA FOLHA • ENVOLVE A FORMATAÇÃO, ENCURVAMENTO E FUSÃO DESTAS C CÉLULAS EM UMA LINHA MÉDIA

  7. NEURULAÇÃO18o.DPF CRISTA E SULCO NEURAL APROXIMAM-SE

  8. NEURULAÇÃO22o. DPF CRISTA E SULCO NEURAL INICIAM A FUSÃO

  9. NEURULAÇÃO24o.DPF TUBO NEURAL FECHA-SE DEFINITIVAMENTE

  10. Falha no fechamento do tubo neural • Ocorre por volta do 24º dia de gestação (gestante ainda não sabe que está grávida!) • Anencefalia: ausência de formação do cérebro e calota craniana • Espinha bífida • Medula aberta e herniada • Falha na fusão das vértebras

  11. GENÉTICA DA ANENCEFALIA • POR QUE ACONTECE

  12. DEFEITO DE FECHAMENTO DO TUBO NEURAL (DFTN) ETIOLOGIA • Isolado (a grande maioria multifatorial) • Associada a outras malformações • com etiologia definida • cromossômica • monogênica • teratogênica • Sem etiologia definida • Polimalformados

  13. Normais Altura Cor de cabelo Cor dos olhos Peso Pressão sanguínea Patológicas Anencefalia Diabete Pressão Alta Depressão Deficiência Mental Exemplos de características multifatoriais

  14. Modelo de limiar para doenças multifatoriais

  15. Características de Herança Multifatorial • Agregados Familiares • Concordância maior entre gêmeos monozigóticos • Grau de parentesco próximo aumenta o risco. • Número elevado de afetados na família aumenta o risco. • Maior severidade da patologia aumenta o risco. • Riscos diferentes dependendo do sexo. • Genótipos iguais podem ser discordantes para o fenótipo devido a fatores ambientais.

  16. ANENCEFALIA ETIOLOGIA • ISOLADA - MULTIFATORIAL • FATORES AMBIENTAIS • Localização geográfica • Deficiência de Folato • Classe sócio-econômica • Idade materna • Obesidade materna

  17. ANENCEFALIA • ASSOCIADA A • ANOMALIAS CROMOSSÔMICAS • Trissomia do 18 • Trissomia do 13 • Triploidia • Alterações estruturais

  18. DEFEITO DE FECHAMENTO DO TUBO NEURAL (DFTN) • ASSOCIADA A MAIS DE 20 SÍNDROMES MONOGÊNICAS • Sindrome de Meckel Gruber • Sindrome de Walker-Waarburg • Sindrome de Edwards • Sindrome de Patau • Sindrome de VATER • Síndrome de Jarcho-Levin • Síndrome de Roberts

  19. DEFEITO DE FECHAMENTO DO TUBO NEURAL (DFTN) • ASSOCIADA A AGENTES TERATOGÊNICOS • Diabetes materna • Drogas, em especial as anticonvulsivantes • Indutores de ovulação

  20. GENÉTICA DA ANENCEFALIA • QUAIS OS SINAIS

  21. Anencefalia QUADRO CLÍNICO • Automatismos (sucção, Moro, etc.) • Crises epilépticas muito frequentes após o nascimento. • Tecido neural (massa cérebro-vascular amorfa) exposto, hemorrágico e fibrótico • Degeneração de neurônios • Morte dentro de horas ou dias

  22. GENETICA DA ANENCEFALIA • QUAIS AS MALFORMAÇÕES ASSOCIADAS

  23. Multiplas malformações estão associadas a anencefalia Distribuição dos 451 casos de DFTN segundo os tipos clínicos. Mizukami A, Sakata MT, Cavalcanti DP Programa de Genética Perinatal, Depto. de Genética Médica, FCM, UNICAMP, Campinas, SP, Brasil, 2007

  24. Multiplas malformações estão associadas a anencefalia Mizukami A, Sakata MT, Cavalcanti DP Programa de Genética Perinatal, Depto. de Genética Médica, FCM, UNICAMP, Campinas, SP, Brasil 2007

  25. Multiplas malformações estão associadas a anencefalia • Defeitos de fechamento do tubo neural e fatores associados em recém-nascidos vivos e natimortos APRESENTAÇÃO Nativivos Natimortos DTN como defeito único 54 (71.1%) 5 (38.5%) DTN com sinal em uma síndrome 7 (9.2%) 1 (7.7%) DTN associado com malformações de outros órgãos e sistemas 7 (9.2%) 5 (38.5%) DTN em um padrão de múltiplas anomalias sem síndrome diagnosticada 5 (6.6%) 0 • Aguiar m et al. J Pediatr (Rio J) 2003;79(2):129-34

  26. Multiplas malformações estão associadas a anencefalia • A LITERATURA CIENTÍFICA APONTA QUE ENTRE 20 A 41% DOS CASOS DE ANECEFALIA SÃO ACOMPANHADOS DE OUTRAS MALFORMAÇÕES • David JT et al (J Med Genet. 1983 20:338-341) analisaram necropsias de 174 casos de anencefalia. 24% tinham outras malformações • David JT e Nixon A (J Med Genet. 1976 13:263-265) analisaram 294 casos de anencefalia. 41% tinham outras malformações • Botto LD et al (N Engl J Med. 1999 Nov 11;341(20):1509-19) concluíram que 20% dos casos de anencefalia estão associados com mielomeningocele ou onfalocele • Hall JG et al, (Am J Hum Genet. 1988 Dec;43(6):827-37) relataram que 30% tem associação com outras malformações

  27. ANENCEFALIA PODE ESTAR ASSOCIADA A MULTIPLAS MALFORMAÇÕES E PORTANTO ANENCÉFALOS NÃO DEVEM SER DOADORES DE ÓRGÃOS • Além da Anencefalia poder ser apenas parte dos defeitos de Síndromes genéticas ou teratogenicas……………. • Anencefalos morrem muito rápido não dando tempo para a retirada de orgãos; e mesmo que haja tempo, estes já estarão lesionados. • Manter a vida do anencéfalo artificialmente para retirar os órgãos é questionável eticamente;

  28. GENÉTICA DA ANENCEFALIA • QUAIS OS RISCOS DE SE REPETIR

  29. RISCO DE REPETIÇÃO DE ANENCEFALIA • O RISCO DE UM CASAL QUE TEVE UM FETO ANENCEFÁLICO VIR A TER OUTRA GESTAÇÃO DE FETO ANENCEFÁLICO É 25 A 50 VEZES MAIOR COMPARADO COM CASAIS QUE NUNCA TIVERAM (2,5 A 5% X 1/1000)(CASTILLA E, ECLAMC, 2001)

  30. RISCO DE REPETIÇÃO DE ANENCEFALIA SITUAÇÃO RISCO APROXIMADO População geral 1:1.000 a 1:300 População geral + uso de AF 1:2.000 ou < Um filho afetado 1:25 Um filho afetado + uso de AF 1:100 Dois filhos afetados 1:10 a 1:8 Três filhos afetados 1:4 Um dos pais afetados 1:25 Um parente de 2º grau afetado 1:50 Um parente de 3º grau afetado < 1:100

  31. GENÉTICA DA ANENCEFALIA • COMO E QUANTO PODE SER PREVENIDA

  32. A MAIORIA DOS CASOS DE ANENCEFALIA NÃO PODEM SER PREVENIDOS! • REDUÇÃO DA PREVALÊNCIA PELO USO DE ÁCIDO FÓLICO; • EUA – 19% • Chile - 42%

  33. GENÉTICA DA ANENCEFALIA • O PAPEL DO MÉDICO GENETICISTA

  34. ANENCEFALIA E ACONSELHAMENTO GENÉTICO Processo de comunicação que lida com os problemas associados à ocorrência ou à possibilidade de ocorrência de um distúrbio genético em uma família; • 1. Utilização voluntária dos serviços • 2. Tomada de decisão informada • 3. Aconselhamento não diretivo e não coercitivo • 4. Proteção à privacidade e confidencialidade da informação genética • 5. Atenção aos aspectos psicossociais e afetivos relacionados ao impacto e manejo da informação genética

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