1 / 84

Doenças Exantemáticas

Doenças Exantemáticas. Maria Carolina Guimarães Santos Orientadora: Dra. Elisa de Carvalho Escola Superior de Ciências da Saúde/SES/DF. Conceitos. Exantema: Presença de manchas eritematosas disseminadas na pele de evolução aguda.

emily
Télécharger la présentation

Doenças Exantemáticas

An Image/Link below is provided (as is) to download presentation Download Policy: Content on the Website is provided to you AS IS for your information and personal use and may not be sold / licensed / shared on other websites without getting consent from its author. Content is provided to you AS IS for your information and personal use only. Download presentation by click this link. While downloading, if for some reason you are not able to download a presentation, the publisher may have deleted the file from their server. During download, if you can't get a presentation, the file might be deleted by the publisher.

E N D

Presentation Transcript


  1. Doenças Exantemáticas Maria Carolina Guimarães Santos Orientadora: Dra. Elisa de Carvalho Escola Superior de Ciências da Saúde/SES/DF

  2. Conceitos • Exantema: Presença de manchas eritematosas disseminadas na pele de evolução aguda. - Rubeoliforme: Entre as manchas eritematosas disseminadas na pele, existem áreas de pele normal. - Escarlatiforme: Manchas eritematosas confluem, não se observando áreas de pele normal entremeadas. • Eritema: Mancha vermelha decorrente de vasodilatação que desaparece a digitopressão.

  3. Mecanismos de erupção cutânea • Invasão e multiplicação direta na própria pele (ex: varicela zoster); • Ação de toxinas (ex: escarlatina); • Ação imunoalérgica com expressão na pele (ex: viroses exantemáticas); • Lesão vascular (ex: meningococcemia).

  4. Classificação conforme tipo de erupção • Erupção maculopapulosa: -Exantema Obrigatório: Sarampo, rubéola, escarlatina, eritema infeccioso, exantema súbito. -Exantema eventual: Mononucleose infecciosa, toxoplasmose, meningococcemia, infecções por enterovírus, tifo exantemático, síndrome da pele escaldada estafilocócica, citomegalovírus. - Não infecciosa: Queimadura solar, erupção medicamentosa, eritema tóxico, miliária.

  5. Erupção Papulovesiculosa: - Exantema obrigatório: Varicela, herpes zoster, herpes simples, riquetsiose variceliforme, impetigo. - Exantema eventual: Coxsackioses, molusco contagioso. - Não infecciosa: Picada de inseto, urticária papulosa, erupção por droga.

  6. Avaliação • Idade; • Raça; • Febre (início, duração entre seu início e o aparecimento da erupção cutânea); • Sinais e sintomas que acompanham a febre (calafrios, sudorese, mal-estar, mialgias, artralgias, alterações de sensório); • Adenomegalias (relação com início do exantema); • Exantema (tipo, local de início, disseminação, comportamento da curva térmica); • Antecedentes de infecção e imunização prévia; • Dados epidemiológicos; • Uso de medicamentos.

  7. Erupção MaculopapulosaSarampo • Agente mixovírus ( um tipo antigênico estável); • Reservatório: Homem; • Grupo etário: 95% antes dos 15 anos; • Transmissão: -Secreções nasofaríngeas expelidas ao tossir, espirrar, falar ou respirar; -Inicia-se 4 a 6 dias antes do início do exantema e dura 4 a 5 dias após seu surgimento.

  8. Erupção MaculopapulosaSarampo • Patogenia: -Vírus: Nasofaringe ou conjuntiva -Rápida multiplicação local -2º e 3º dias: Viremia 1ª (tec. Linfóides) -3º e 5º dias: Multiplicação ativa -5º e 7º dias: Viremia 2ª ( vírus: pele, conjuntiva, trato respiratório) -11º e 14º dias: Pico da viremia -15º e 17º dias: Redução brusca da viremia • Replicação viral: Células endoteliais e epiteliais, nos monócitos e macrófagos.

  9. Erupção MaculopapulosaSarampo • Manifestações Clínicas: • Período de incubação: -7 a 18 dias; -Intensa replicação viral; -Raramente há manifestações clínicas. • Período prodrômico: -1 a 7 dias; -´´Rush`` transitório macular ou urticariforme que desaparece antes do início do exantema típico;

  10. Erupção MaculopapulosaSarampo -Febre: Dura de cerca de 4 a 5 dias, chega a 39,5 / 40°C e cai rapidamente no 2º ou 3º dia do exantema; -Congestão nasal e coriza (mucosa /amarelada) que melhora após tornar-se afebril; -Tosse seca com pico durante aparecimento do exantema e cede gradualmente em 2 semanas;

  11. Erupção MaculopapulosaSarampo -Intensa hiperemia conjuntival com secreção amarelada, lacrimejamento e até fotofobia. -Manchas de Koplik: Pequenas manchas irregulares, de 2 a 3mm de diâmetro, esbranquiçadas e brilhantes, discretamente elevadas, com base eritematosa, que iniciam na mucosa em região oposta aos dentes pré-molares. Desaparecem no 2º dia do exantema.

  12. Erupção MaculopapulosaSarampo • Período exantemático: -3 a 4 dias após início dos sintomas prodrômicos; -Duração de 4 a 7 dias; -Erupção eritematosa maculopapular, inicia em região retroauricular e fronte, em 24h se espalha pela face, tronco, MMSS e MMII; -Lesões isoladas, circundadas por pele não comprometida e desaparece à compressão; -Febre permanece até 3º dia do exantema.

  13. Erupção MaculopapulosaSarampo

  14. Erupção MaculopapulosaSarampo • Complicações ( Febre após o 3º dia do exantema): Otite média aguda, laringotraqueíte aguda, tuberculose, pneumonia / broncopneumonia, encefalite aguda, panencefalite esclerosante subaguda. • Gestação: Aumento de parto prematuro, abortamento espontâneo e baixo peso ao nascer.

  15. Erupção MaculopapulosaSarampo • Diagnóstico laboratorial: • HC: -Sem complicação: Leucopenia com neutropenia absoluta e linfopenia; -Com complicação bacteriana: Leucocitose, neutrofilia e desvio à esquerda; • Anticorpos IgM (coletar amostra entre 4 e 11 dias após início do exantema); • Isolamento do vírus de células mononucleares de sangue periférico, secreções respiratórias, conjuntiva e urina.

  16. Erupção MaculopapulosaSarampo • Tratamento (É sintomático e de sustentação): -Repouso relativo; -Antitérmico; -Higiene dos olhos e pele; -Dieta branda voluntária e hidratação; -Umidificação das secreções das VAS; -Antibióticos: Complicação bacteriana; -Vitamina A : Recuperação mais rápida dos linfócitos e melhora na resposta de anticorpos IgG na fase aguda;

  17. Erupção MaculopapulosaSarampo • Prevenção: -Vacina: Evita a doença se administrada dentro de 72h após contato com o doente; -Imunoglobulina humana: Para suscetíveis com idade inferior a 6 meses. Dose de 0,25ml/kg em dose única.

  18. Erupção MaculopapulosaRubéola • Agente togavírus; • Com a vacinação (1960) , a incidência foi deslocada para adolescentes e adultos jovens; • Transmissão: -Via respiratória através de fômites devido alta concentração viral em secreções faríngeas; -Inicia-se 1 semana antes do início do exantema e dura até 6 dias após seu aparecimento.

  19. Erupção MaculopapulosaRubéola • Patogenia: Via respiratória Via linfática / Viremia transitória Gânglios linfáticos regionais ( Reprodução : Aumento volume ganglionar) + 7 / 9 dias após contato (Nova viremia): Vírus na mucosa respiratória em reprodução ativa

  20. Erupção MaculopapulosaRubéola • Manifestações Clínicas: • Período de incubação: -14 a 21 dias. • Período prodrômico: -Na criança não existe; -Adolescentes e adultos ( 1 a 5 dias antes da erupção): Febre baixa, cefaléia, coriza, mal-estar, anorexia, conjuntivite leve, tosse, dor de garganta, linfadenopatia e náuseas. Desaparecem após 1º dia de “rash’’.

  21. Erupção MaculopapulosaRubéola • Exantema: Maculopapular róseo-avermelhado discreto. Inicia-se na face e alastra-se rapidamente para região cervical, braços, tronco e extremidades, estando todo corpo coberto no final do 1º dia. 2º dia o “rash” começa desaparecer, inicialmente na face, lesões do tronco podem coalescer, lesões das extremidades geralmente não coalescem. 3º dia o “rash’’ desaparece, podendo haver descamação fina.

  22. Erupção MaculopapulosaRubéola

  23. Erupção MaculopapulosaRubéola • Complicações: Artrite, artralgia, púrpura, encefalite. • Rubéola congênita: Infecção fetal que ocorre até a 12ª semana de gestação, podendo resultar em abortamento espontâneo, natimortalidade ou nascimento de criança com múltiplas malformações.

  24. Erupção MaculopapulosaRubéola • Diagnóstico diferencial: Toxoplasmose, escarlatina, sarampo, roséola, eritema infeccioso e enteroviroses. • Diagnóstico clínico: -Não há achados patognomônicos; -Inverno e primavera; -Período de incubação mais prolongado; -Febre baixa ou ausente.

  25. Erupção MaculopapulosaRubéola • Diagnóstico laboratorial: -Isolamento do vírus (amostra de região nasal, faringe); -Detecção de anticorpos (Inibição da hemaglutinação, fixação de complemento, neutralizaçao de vírus da rubéola, imunofluorescência indireta e ELISA); -Aumento dos títulos de IgG de 4 vezes ou mais, comparando amostra da fase aguda com a da fase de convalescença ou presença de anticorpos IgM específicos para rubéola.

  26. Erupção MaculopapulosaRubéola • Imunização: -MMR (rubéola + sarampo + caxumba) -MMR-V (rubéola + varicela) -Contra indicada em grávidas. • Tratamento: -Não há tratamento antiviral específico; -Artrite: Antiinflamatório não hormonal e repouso; -Púrpura trombocitopênica: Transfusão de plaquetas e corticoterapia.

  27. Erupção MaculopapulosaEscarlatina • Agente: Estreptococo beta-hemolítico do grupo A de Lancefield; • É preciso que indivíduo infectado não tenha imunidade antibacteriana contra o estreptococo e nem imunidade antitóxica contra a toxina eritrogênica; • Grupo etário: 3 a 12 anos; • Período de incubação: 2 a 4 dias; • Transmissão: Até 24h após início da antibioticoterapia; • Período prodrômico: 12 a 24h com febre variável, dor de garganta, mal-estar e vômitos;

  28. Manifestações clínicas: -Língua: Saburrosa nos 2 primeiros dias e vermelha carnosa com pupilas tumefeitas no 3º e 4º dias; -Palato: Eritema puntiforme; Erupção MaculopapulosaEscarlatina

  29. Erupção MaculopapulosaEscarlatina -Amigdalas: Aumento de volume, hiperemia e exsudato mucopurulento; -Adenopatia: Cervical anterior e mandibular; - Eritema difuso da face, com palidez perioral (Sinal de Filatow); -Linhas transversais de hiperemia que não empalidecem à compressão, nas pregas articulares (Sinal de Pastia); - Descamação laminar que inicia no final da 1ª semana;

  30. -Exantema: Surge 12-48h após início da doença. Eritema puntiforme que empalidece à compressão, inicia no tronco e generaliza-se rápido, mais intenso nas dobras cutâneas e pele com aspecto áspero. Erupção MaculopapulosaEscarlatina

  31. Erupção MaculopapulosaEscarlatina • Diagnóstico diferencial: Mononucleose, difteria, queimadura solar, miliária, alergia. • Diagnóstico: -Isolamento do estreptococo beta-hemolítico do grupo A, da secreção amigdaliana ou nasofaringe; -Elevação do título antiestreptolisina O. • Tratamento: -Penicilina benzatina (2 doses com intervalo de 4 dias); -Amoxicilina VO 10 dias.

  32. Erupção MaculopapulosaEritema Infeccioso • Agente: Parvovírus B19; • Faixa etária: 5 a 15 anos; • Período de incubação: 6 a 14 dias; • Período prodrômico: Pode ter febre baixa 2 dias antes; • Manifestações clínicas: -Eritema quente nas bochechas 1 a 4 dias; -Eritema maculopapular tronco, nádegas e membros; -Com a progressão do exantema as lesões iniciais dos braços e coxas esmaecem deixando uma zona central clara.

  33. Erupção MaculopapulosaEritema Infeccioso

  34. Erupção MaculopapulosaExantema Súbito • Agente: Herpesvírus 6 e 7; • Faixa etária: 6 meses a 3 anos; • Período de incubação: 5 a 15 dias; • Período prodrômico: Febre alta e persistente por 3 a 4 dias, pode ocorrer convulsão; • Manifestações clínicas: -Estado geral conservado; -Gânglios occipitais aumentados; -Edema palpebral na véspera da erupção;

  35. -Após 3 dias de febre, essa cai em crise e surge um exantema macular, cor rósea, que inicia no tronco e se estende para pescoço e braços, desaparecendo em 24 a 48h. Erupção MaculopapulosaExantema Súbito

  36. Erupção MaculopapulosaExantema Súbito • Diagnóstico diferencial: Sarampo, rubéola e exantemas virais de verão.

  37. Erupção MaculopapulosaMononucleose • Agente: Vírus Epstein-Barr; • Transmissão: Orofaringe (crianças) e beijo (adolescentes); • Período de incubação: 10 a 50 dias; • Período prodrômico: Febre, dor de garganta e adenomegalia cervical; • Manifestações clínicas: Exantema variável e inconstante (morbiliforme, escarlatiniforme, hemorrágico, urticariforme ou nodular);

  38. Erupção MaculopapulosaMononucleose • Diagnóstico: -HC: Linfócitos atípicos; -Anticorpos ao vírus EB. • Tratamento: -Repouso; -Acetaminofeno ou AAS: Febre ou dor de garganta.

  39. Erupção MaculopapulosaToxoplasmose • Agente: Toxoplasma gondii (protozoário) • Hospedeiros: -Gato (definitivo) -Homem (intermediário) • Transmissão: Ingesta de carne mal-cozida com cistos, via transplacentária e em imunodeprimidos por ativação de infecção latente; • Período de incubação: ?

  40. Erupção MaculopapulosaToxoplasmose • Manifestações clínicas: Maculopápulas generalizadas vermelho vivo/ rosa pálido e algumas esbranquecem à pressão. Não acometem couro cabeludo, palma das mãos e planta dos pés. • Diagnóstico: Reação de imunofluorescência indireta. • Tratamento: -Sulfadiazina 100mg/Kg/dia em 2 doses -Pirimetamina 2 mg/Kg/dia, 2 dias →1mg/Kg/dia -Ácido folínico 1 a 3mg/dia VO.

  41. Erupção MaculopapulosaMeningococcemia • Agente: Neisseria meningitidis; • Faixa etária: Principalmente < 5 anos; • Período de incubação: 1 a 10 dias; • Período prodrômico: 24h com febre, vômitos, cefaléia, mal-estar e anorexia; • Contagioso até 24h após início do antibiótico;

  42. Erupção MaculopapulosaMeningococcemia • Manifestações clínicas: -Erupção maculopapulosa pode tornar-se petequial e purpúrica; -Comprometimento sistêmico; -Sinais meníngeos. • Diagnóstico: -Hemocultura; -Exame do líquor. • Tratamento: Cefotaxima ou ceftriaxona.

  43. Erupção MaculopapulosaEnteroviroses • Agente: ECHO, Coxsakie; • Faixa etária: Crianças pequenas; • Período de incubação: Variável; • Período prodrômico: Febre; • Manifestações clínicas: Maculopápulas discretas, não pruriginosas, generalizadas, não há descamação.

  44. Erupção MaculopapulosaEnteroviroses • Diagnóstico: -Isolamento do vírus de fezes, garganta, sangue ou líquor; -Aumento anticorpos neutralizantes; -PCR; -Sorologia. • Tratamento: Sintomático e de suporte.

  45. Erupção MaculopapulosaTifo exantemático • Agente: Salmonella typhi; • Transmissão: Água e alimentos contaminados com excretas de doentes agudos e portadores crônicos sadios; • Período de incubação: 8 a 14 dias; • Manifestações clínicas: -Início gradual com anorexia, prostração, dores generalizadas, cefaléia intensa e contínua; -Febre progressiva; -Desconforto, dor abdominal e náuseas;

  46. Erupção MaculopapulosaTifo exantemático -Obstipação ou diarréia (20%); -Tosse não produtiva e bronquite; -Epistaxes; -Roséolas tíficas (10%) em abdome e tronco, persistem por 2 a 4 dias; -2ª semana: Febre elevada, fraqueza, prostração, confusão mental e delírio; -3ª semana: Febre continua e o estado geral piora; -4ª semana: Se não ocorrerem complicações, o paciente melhora e a febre declina;

  47. Erupção MaculopapulosaTifo exantemático • Complicações: Hemorragia intestinal, perfuração intestinal, tromboflebite, meningite, endocardite, abscessos; • Diagnóstico: • HC: -Anemia normocrômica; -Leucopenia moderada (raramente abaixo de 2500/mm3), neutropenia, desvio para esquerda, linfocitose relativa, aneosinofilia, plaquetopenia e atéleucocitose moderada (12000/mm3); • Hemocultura; • Coprocultura;

  48. Erupção MaculopapulosaTifo exantemático • Tratamento: -Notificação compulsória e internação do paciente; -Cloranfenicol: 100mg/Kg/dia, VO, de 6/6h, 15 dias.

  49. Erupção MaculopapulosaSíndrome da pele escaldada estafilocócica • Agente: Staphylococcus aureus; • Faixa etária: RN e lactentes; • Foco infeccioso: Otite, conjuntivite e piodermite; • Manifestações clínicas: -Choro e irritabilidade; -Febre ou afebril; -Eritema escarlatiforme dolorido periorbital, perioral, flexural (poupa mucosas); -Esfoliação após 24 a 48h;

  50. Erupção MaculopapulosaSíndrome da pele escaldada estafilocócica -Sinal de Nikolki +: Descama em lâminas de “papel molhado’’, deixa superfície úmida e brilhante; -Formação de crostas e fissuras em torno da boca e olhos. • Diagnóstico: -Clínico; -Cultura de S. aureus. • Tratamento: Oxacilina.

More Related