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Estratégias de Ensino-Aprendizagem para Arquitetura, Urbanismo e Áreas afins

Estratégias de Ensino-Aprendizagem para Arquitetura, Urbanismo e Áreas afins. Didática Aplicada. O ensino na primeira escola de arquitetura do Brasil Arquitetura no Brasil: ensino e profissão O ensino de arquitetura no Brasil não anda bem

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Estratégias de Ensino-Aprendizagem para Arquitetura, Urbanismo e Áreas afins

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Presentation Transcript


  1. Estratégias de Ensino-Aprendizagem para Arquitetura, Urbanismo e Áreas afins Didática Aplicada

  2. O ensino na primeira escola de arquitetura do Brasil • Arquitetura no Brasil: ensino e profissão • O ensino de arquitetura no Brasil não anda bem http://www.revistaau.com.br/arquitetura-urbanismo/203/imprime208856.asp • Arquitetura – Ensino e Prática Projetual: As mudanças tecnológicas e seus desdobramentos • O Ensino de projeto na Universidade Federal de Juiz de Fora • Panorama geral do ensino de design gráfico, no Brasil

  3. O ensino na primeira escola de arquitetura do BrasilCléo Alves Pinto de Oliveira e Maini de Oliveira Perpétuo Escola de Arquitetura da Universidade Federal de Minas. Período analisado: sua fundação – em 1930 – desenvolvimento e consolidação, até 1964, ocasião do Golpe Militar, que desmonta toda a estrutura já implantada. Belo Horizonte contava com três cursos de nível superior – medicina, direito e engenharia. a primeira escola da América do Sul desvinculada das Escolas Politécnicas e de Belas Artes.

  4. Edifício tombado, construído na década de 1950, pelo arquiteto Shakespeare Gomes, ex-aluno e professor da escola

  5. grupo liderado por Luiz Signorelli, Aníbal Mattos, vindos da Escola Nacional de Belas Artes. A primeira geração de professores apresentava uma forma de ensino tradicional, sem participação dos estudantes.

  6. “Os fundadores já eram idosos, ficavam em um trono, num pedestal, os alunos abaixo. Não para punir ninguém, mas porque era assim”. Por outro lado, a formação dos fundadores era mais completa, tendo um caráter mais humanístico e que quase todos sabiam discutir assuntos variados, eram mais cultos.

  7. o tema mais original proposto em seu período de estudante consistiu na elaboração de um projeto para um farol em alto mar, sendo que muitos dos alunos sequer conheciam o mar. O perfil dos professores começou a mudar quando os primeiros alunos formados pela Escola retornaram à instituição para nela lecionarem.

  8. Trabalhos de alunos conflito entre as duas gerações de professores da Escola – fundadores e ex-alunos – quanto aos métodos de ensino e aos rumos que a arquitetura vinha tomando. Nova geração> arquitetura moderna X Antiga geração > Art Déco. Diferença entre temas propostos conforme a disciplina e geração do professor

  9. Dissociação entre teoria e prática nas disciplinas Opiniões dos alunos: “Vemos sair de nossa Escola Engenheiros-Arquitetos que não sabem nada na prática, mas apenas na teoria, tomando verdadeiros “bailes” dos incultos pedreiros” Falta de integração entre as disciplinas os alunos não tinham conhecimento sobre os critérios usados pelos professores para avaliar os projetos Não havia nenhuma instrumentação prévia dos estudantes em desenho técnico antes de cursarem as disciplinas de “Composições de Arquitetura”. Aprendiam-se as convenções de desenho arquitetônico em escritórios ou com alunos mais experientes.

  10. grande dificuldade enfrentada pelos alunos em todas as disciplinas era a falta de livros-texto Os professores ditavam suas aulas Sylvio de Vasconcellos foi talvez o primeiro professor a inovar nos métodos de avaliação. Ele propunha trabalhos com temas de livre escolha, desde que o assunto estivesse relacionado com o programa da disciplina.

  11. O Golpe militar Fechamento do Instituto Superior de Pesquisas para Planejamento, considerado subversivo pelos militares e o exílio do Professor Sylvio de Vasconcellos Reforma Universitária (1969)> departamentalização da Escola. O ensino de arquitetura passou a ser responsabilidade de dezoito departamentos pertencentes a sete Unidades Universitárias. A Escola de Arquitetura passou a sediar apenas quatro deles, estrutura que se mantém até os dias atuais.

  12. Continuamos enfrentando os mesmos problemas... desintegração entre as disciplinas a dissociação entre teoria e prática (continuamos tomando verdadeiros bailes dos pedreiros!) e a busca pela instrumentação nos escritórios de arquitetura.

  13. Arquitetura no Brasil: ensino e profissão Elena Salvatori O Curso de Arquitetura da Academia Imperial de Belas Artes do Rio de Janeiro foi o único do Brasil por mais de cinqüenta anos, desde sua criação, em 1826.

  14. Arquitetura no Brasil: ensino e profissão Elena Salvatori • A recente presença da Arquitetura erudita no Brasil tampouco conheceu longos períodos de estabilidade, pois o século XX foi pródigo em mudanças estruturais que afetaram todos os âmbitos da vida mundial. • Do terço final do século XIX à Primeira Guerra Mundial, o Brasil experimentou o que se chamou a "Ilustração Brasileira", época marcada pelo cientificismo e o universalismo. Acreditava-se, então, que o caminho para o progresso era único para todos os povos. Deveria se acelerar o passo para alcançar os países desenvolvidos.

  15. "Ilustração Brasileira" Brasil - democracias de opinião infusa, inorgânica, inarticulada. influenciada pelas doutrinas estrangeiras, dissociadas da realidade nacional Mudar o país pela ciência, pela cultura, pela educação. E, nesse contexto, a escola era a base natural dessa transformação. Era preciso, entretanto, reformar o ensino. Porém, não havia para o movimento ilustrado um idealismo nacional, singular.

  16. A constituição do campo profissional Busca de uma identidade nacional: histórica exposição de Arte Moderna de 1922 Primeira República - oligarquias rurais - falência empresários cafeeiros paulistas com a quebra da Bolsa de Nova York, em 1929 Getúlio Vargas- 1937, implantou um regime ditatorial no Brasil, o chamado Estado Novo. Ele retorna em 51 eleito pelo povo. Estado Novo, etapa muito favorável à expansão do campo profissional. Progresso econômico, industrial e urbano.

  17. A constituição do campo profissional 1960 - ano em que Brasília foi inaugurada pelo presidente Juscelino Kubitschek. Importância social da Arquitetura. Transição da sociedade agroexportadora para a urbano-industrial adesão dos arquitetos brasileiros aos projetos das classes sociais dominantes. Complementaridade entre o objetivo de afirmação profissional e a demanda desenvolvimentista. Intensa colaboração entre campo profissional e educativo, da aceitação social da Arquitetura Moderna, dos movimentos de renovação estética em curso, "tudo indicava um grande salto de qualidade no processo de desenvolvimento da arquitetura brasileira”.

  18. A constituição do campo profissional • II Pós-Guerra: ampliação e criação de segmentos populacionais bem remunerados, que ampliaram as classes sociais médias e modificaram a estrutura de consumo, processo que se intensificou nas décadas de 1960 e 1970. • Aumento da participação popular no sistema democrático • "Guerra Fria", forças políticas conservadoras temeram que as "Reformas de Base" do programa do Presidente João Goulart (1918-1976), que sucedera Juscelino Kubitschek, abrissem espaço ao comunismo e em 1964, instauraram uma ditadura militar.

  19. Reformas de Base:  Reforma agrária: desapropriação de terras improdutivas com mais de 600 hectares, que seriam dadas pelo governo à população; Reforma urbana: pessoas com mais de uma casa teriam suas casas excedentes tomadas pelo Estado, que as dariam ou venderiam a preços baixos à população; Reforma eleitoral: direito ao voto concedido aos analfabetos e aos militares de baixa patente; Reforma educacional: 15% da renda produzida no Brasil seria revertida à educação. Novos programas de combate ao analfabetismo e a proibição das escolas particulares; Reforma econômica: controle do lucro enviado ao exterior. O lucro das empresas deveria ser reinvestido do Brasil.

  20. A constituição do campo profissional Censura aos meios de comunicação, fechando as revistas nacionais especializadas em Arquitetura O ensino experimentou, talvez, seu pior período; alguns segmentos sociais vivenciaram a perseguição e o exílio, mas as oportunidades profissionais se ampliavam de uma forma jamais vista o Banco Nacional da Habitação - BNH, em 1964, e o Serviço Federal de Habitação e Urbanismo (SERFAU), em 1966

  21. Escolas e arquitetos no Brasil em 1933, ano da primeira regulamentação profissional (CREA) no Brasil, existiam quatroescolas de Arquitetura no país. ENBA do Rio de Janeiro, da Escola Politécnica e da Escola de Engenharia do Mackenzie de São Paulo, havia uma Faculdade independente, a da Universidade de Minas Gerais, criada em 1930.

  22. Escolas e arquitetos no Brasil • Estatísticas União Internacional de Arquitetos (UIA), em 2002: • oitenta mil arquitetos no Brasil em 2002 . • Média de 0,463 arquitetos para cada mil habitantes, posição equivalente à de Holanda ou França (com índices de 0,472 e 0,455, respectivamente). • Posições mais destacadas para Japão e Itália (2,292 e 1,449: arq./1.000 hab, respectivamente).

  23. Escolas e arquitetos no Brasil uma escola de Arquitetura para cada milhão de habitantes grandes diferenças existentes entre as regiões brasileiras

  24. Feminização da Arquitetura – Caso do Rio Grande do Sul histórico de diplomados desde 1949, no Rio Grande do Sul - 56% correspondem a graduados do sexo feminino Segundo Monedero (2003), isso acontece no ensino europeu, no qual não só as estudantes representam atualmente a maioria das matrículas universitárias, como também os cursos de Arquitetura têm sido escolhidos preferencialmente por uma maioria de mulheres.

  25. Feminização da Arquitetura – Caso do Rio Grande do Sul evidência da super-escolarização de segmentos sociais que têm a geração anterior em ocupações ou ramos de ensino seguros economicamente ou, ainda, que já colocaram seu contingente masculino da seguinte geração na mesma posição. Ou seja, às mulheres, principalmente as caçulas da mesma geração, caberia maior liberdade de opção.

  26. Ensino e profissão Faculdade Nacional de Arquitetura - FNA, no Rio de Janeiro, em 1945. Substituição dos antigos catedráticos da Escola Nacional de Belas Artes por professores plenamente identificados com a Arquitetura Moderna. Apesar de incluir um maior número de professores arquitetos em seus quadros, seus conteúdos curriculares e procedimentos pedagógicos ainda permaneciam bastante parecidos com os do curso de origem.

  27. Ensino e profissão 1950, a Arquitetura brasileira reconhecimento internacional construção de Brasília Conselho Federal de Educação aprovou, em 1962, Currículo Mínimo de Arquitetura - etapa de autonomia. As escolas poderiam desenvolver suas peculiaridades e organizar-se livremente, respeitadas as disposições do CFE. destinação de metade do tempo mínimo de formação (3.600 horas-aula, distribuídas em dez semestres letivos) às atividades de projeto, definido, nessa época,, como o produto típico da atividade do arquiteto

  28. Ensino e profissão Reforma Universitária dos Governos militares entre 1969 e 1972: substituiu o paradigma clássico de Universidade do conhecimento pelo de Universidade funcional, voltada ao mercado de trabalho. Novo Currículo Mínimo (1969), o ciclo profissional do curso de Arquitetura foi reduzido a três anos, e interrompeu a maturação do projeto pedagógico específico em curso. década de 1970 - perda de hegemonia da Arquitetura Moderna. Fragmentação do campo profissional e progressivo distanciamento entre as instânciasacadêmicas e as entidades de representação profissional.

  29. Ensino e profissão surgimento de instituições privadas de ensino, orientadas segundo os novos paradigmas, a partir do não atendimento do crescimento da demanda educacional pelas instituições públicas existentes;

  30. Ensino e profissão Associação Brasileira de Escolas de Arquitetura (ABEA), em 1973 – tentativa de resgatar alguns princípios da proposta do Currículo Mínimo de Arquitetura de 1962, sem êxito entre 1969 e 1994: tentativas de reformulá-lo, incluindo conteúdos como a questão ambiental e patrimonial, a integração de novas tecnologias informatizadas, a multidisciplinaridade, a implantação de laboratórios e a integração da Pós-Graduação ao ensino.

  31. Ensino e profissão UFRGS: na impossibilidade de alterar a estruturação dos cursos superiores, que possuíam um ciclo básico de dois anos, a partir da Reforma Universitária de 1969, a solução encontrada foi de aumento do número de disciplinas especializadas e de conteúdos complementares

  32. Ensino e profissão instrumentos de aferição de resultados acadêmicos, destinados à regulação do crescente mercado educacional nos anos 80. Universidade dos resultados Os planos de carreira universitária deu lugar à profissionalização acadêmica; Isso significou afastar professores de reconhecidaprática profissional, substituindo-os por outros com trajetórias tipicamente intelectuais.

  33. Ensino e profissão

  34. Ensino e profissão anos 1990 - incremento na qualificação formal do corpo docente dos cursos de Arquitetura se desenvolveram simultaneamente a diminuição efetiva de diplomados afastando estudantes devido a sucessivas crises econômicas da década de 80 1994, “Diretrizes Curriculares” (PortariaMEC 1770/1994), as quais substituíram a figura dos Currículos Mínimos vigentes desde 1962 busca de aproximação aos padrões internacionais

  35. Ensino e profissão retorno das instituições profissionais representativas, por meio do CONFEA e da Federação Nacional dos Arquitetos (FNA) época em que se substitui a regulação estatal pela de mercado, liberalização que patrocinou o grande crescimento de escolas, especialmente após sua promulgação Definição do perfil profissional com base nas competências no mercado de trabalho

  36. Ensino e profissão a hegemonia alcançada pela Arquitetura Moderna no Brasil só foi efetiva em um contexto em que o número de escolas era reduzido Diversificação das demandas e dos mercados e do aumento da competição entre profissionais. Substituição do papel social da Arquitetura por sua adequação às condições produtivas existentes Rio Grande do Sul, que formou arquitetos numa taxa mais de cinco vezes superior à de seu próprio crescimento populacional nos últimos cinco anos

  37. Carlos Leite – O ensino de arquitetura não anda bem • Seis questões críticas: • Massificação na educação superior do País • Burocratização dispersiva do ensino de arquitetura • Não se construiu no Brasil modelos diferenciados de escolas de arquitetura • Não há espaço para a experimentação • Falta de rigor • Necessidade de Novos enfoques e olhar abrangente.

  38. Massificação na educação superior do País • Massificação com mediocrização • 197 escolas cuja qualidade média é baixa • Uma falácia da pseudodemocratização do ensino superior cuja face real é a transformação do ensino em negócio de alta e fácil lucratividade.

  39. Massificação na educação superior do País Se a questão é atender uma demanda crescente, não seria mais interessante as boas e mais tradicionaisescolas de arquitetura (públicas e privadas) oferecerem mais vagas em vez de essas vagas serem ofertadas por escolas ordinárias que se espalham pelo País?

  40. Universidad Nacional Autônoma de México (Unam) possui em seus vários campi quase meio milhão de estudantes.

  41. A Universidade da Califórnia, terceira melhor universidade pública do mundo, possui mais de 220 mil alunos em seus 10 campi.

  42. USP: 75mil alunos

  43. O Brasil tem 197 escolas de arquitetura e urbanismo e população de 190 milhões de habitantes. Cerca de uma escola para cada 970 mil habitantes.

  44. Vamos às situações em alguns países de produções arquitetônica e acadêmica consagradas. • Estados Unidos: 96 escolas e população de 310 milhões de habitantes. Uma escola para cada 3,2 milhões de habitantes. • Canadá: 11 escolas e população de 34,3 milhões de habitantes. Uma escola para cada 3,1 milhões de habitantes. • França: 22 escolas e população de 65,4 milhões de habitantes. Uma escola para cada 2,9 milhões de habitantes.

  45. Burocratização dispersiva do ensino de arquitetura Excesso de normas e regras que culminam em um sistema que se pauta, essencialmente, por uma postura tarefeira. sintoma maior é o excesso de disciplinas onde "mais" tem sido "menos“ Nas melhores escolas do mundo um semestre letivo possui quatro ou cinco disciplinas. Por aqui são 10, 13 disciplinas. Resultado: tarefismo com pouco conteúdo e alunos dispersos. Excesso de compartimentação e pouca integração.

  46. Espanha: 29 escolas e população de 46,1 milhões de habitantes. Uma escola para cada 1,6 milhão de habitantes. • Reino Unido: 43 escolas e população de 60,9 milhões de habitantes. Uma escola para cada 1,4 milhão de habitantes. (Os números foram extraídos dos institutos/colégios de arquitetura desses países. Nem todos são muito claros sobre o número exato de escolas creditada. No caso de países como Estados Unidos, Canadá e Reino Unido, foram indicados programas que mais se aproximariam às nossas escolas, ou seja, os M.Arch e não os B.Arch).

  47. Modelos diferenciados de escolas de arquitetura Pouquíssimas escolas possuem alguma identidade própria forte, diferenciada, ligada ao seu contexto, tradição de pensamento e cultura locais, de currículos diferenciados e específicos Escolas homogêneas e pouca inovação. Ensino não expressa nossa diversidade cultural

  48. Não há espaço para a experimentação Países desenvolvidos: para cada escola mais tradicional, completa, pautada pelo rigor da técnica, há uma escola especulativa, experimental. Ex:Londres: tradicional Bartlett School of Architecture (University College of London) e uma experimental Architectural Association (AA).

  49. Aqui criou-se um falso dilema entre ambas e quase eliminou-se o segundo enfoque, mais investigativo. Ficamos mancos.

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