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Sistematização da Assistência de Enfermagem Perioperatória (SAEP)

Sistematização da Assistência de Enfermagem Perioperatória (SAEP). Prof. Fernando Ramos Gonçalves -Msc.

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Sistematização da Assistência de Enfermagem Perioperatória (SAEP)

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  1. Sistematização da Assistência de Enfermagem Perioperatória(SAEP) Prof. Fernando Ramos Gonçalves -Msc

  2. É a realização da prática de enfermagem de modo sistemático (organizado e planejado). Com o objetivo de formular princípios, que quando aplicados às atividades de enfermagem, possam ser efetivos na ajuda ao paciente e na melhoria da assistência de enfermagem a este paciente.

  3. A SAEP tem como objetivo subsidiar meios para uma assistência de enfermagem global atendendo as necessidades do paciente cirúrgico. O foco principal é estar centrado no paciente e nas intervenções para atender suas necessidades. Respeitar o paciente como indivíduo, protegendo seus direitos e dignidade; Reduzir a ansiedade do paciente e de sua família; Oferecer uma assistência individualizada (cada pessoa é diferente e tem suas necessidades); Satisfação do paciente, familiares e equipe.

  4. Etapas da SAEP • 1º fase – Visita pré–operatória • 2º fase – Implementação da assistência de enfermagem ( Período trans-operatório) • 3º fase – Visita pós-operatória

  5. Visita pré–operatória • Quarto de internação do paciente; • Verificar as dúvidas e necessidades do paciente e familiares em relação à cirurgia; • Avaliação pré operatória: exame físico, entrevista; • Dados relevantes do período pré e transoperatório; • Diagnósticos de enfermagem (NANDA/PNDS); • Prescrição de enfermagem para o período transoperatório e SRA.

  6. O QUE É DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM??? • Um instrumento a ser utilizado no gerenciamento da assistência, uma vez que delimita as necessidades de assistência de uma clientela, contribuindo na delimitação de recursos assistenciais. (Rossi et al, 2000) • É uma etapa que promove integração da coleta de dados ao planejamento das ações, envolvendo julgamento, avaliação crítica e tomada de decisão. (Marin et al, 2004)

  7. DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM • Possibilita a melhoria da qualidade da assistência de enfermagem; • Uniformização da linguagem entre enfermeiros e a contribuição para o desenvolvimento do conhecimento; • Direcionamento da assistência de enfermagem; • Possibilita uma visão ampliada da assistência;

  8. DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM • Melhora a interação enfermeiro/paciente; • Facilita a avaliação; • Possibilita o planejamento de recursos materiais e humanos;

  9. DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM • A COMPETÊNCIA PARA DIAGNOSTICAR INCLUI A HABILIDADE DE INTERPRETAR, ANALISAR DADOS CLÍNICOS E A HABILIDADE PARA AGRUPAR DADOS EM FORMULAÇÕES DE PROBLEMAS, ALÉM DISSO, REFORÇA A DEFICIÊNCIA NA HABILIDADE DE INFERIR. (MARIN ET AL, 2004) NECESSIDADE DE UM COMPLEXO RACIOCÍNIO CLÍNICO

  10. PRINCIPAIS DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM EM CENTRO CIRÚRGICO (NANDA) • Ansiedade relacionada à... caracterizado por... --> trabalhar todas as intervenções (pré, trans e pós) que contribuam para o alívio da ansiedade. • Medo relacionado à... Caracterizado por... --> trabalhar todas as intervençoes (pré, trans e pós) que contribuam para o alívio da ansiedade.

  11. Risco para infecção relacionado à... (normalmente aos procedimentos invasivos) --> Trabalhar com intervenções que contribuam para a diminuição dos risco de infecção ao qual o paciente possa estar submetido. • Risco para lesão perioperatória de posicionamento cirúrgico relacionado à... --> Trabalhar todas as intervenções relacionadas ao posicionamento cirúrgico ao qual o paciente será submetido.

  12. Risco para injúria relacionado à... --> Trabalhar todas as intervenções relacionadas ao ato anestésico (desde o posicionamento para a anestesia até os cuidados na recuperação anestésica). • Dor relacionada à... Caracterizada por... --> Usar este diagnóstico para o paciente que apresentar dor no momento da visita pré operatória ou depois da cirurgia na recuperação anestésica.

  13. Risco para aspiração relacionado à... --> Usar este diagnóstico quando o paciente estiver inconsciente ou na recuperação anestésica e houver o risco de aspiração. • Risco para integridade da pele prejudicada relacionado à...-->Trabalhar as intervenções relacionadas ao uso do bisturi elétrico e principalmente não esquecer de prescrever o local a ser posicionada a placa do bisturi elétrico.

  14. Risco para temperatura corporal alterada relacionado à... -->Trabalhar as intervenções para o aquecimento do paciente na SO e também na recuperação anestésica. • Hipotermia relacionada à... Caracterizada por... --> Somente utilizar este diagnóstico quando o paciente estiver com hipotermia instalada e intervir de forma que promova o aquecimento do paciente.

  15. Integridade tissular prejudicada relacionada à... Caracterizada por... --> Utilizar este diagnóstico quando o paciente apresentar algum tipo de lesão de pele. • Risco para déficit de volume de líquido relacionado à... --> Utilizar este diagnóstico quando o paciente está com déficit de líquidos. • Permeabilidade ineficaz de vias aéreas relacionada à... Caracterizada por... --> Utilizar quando o paciente apresentar secreções em vias aéreas.

  16. Impossibilidade de manter respiração espontânea relacionada à... Caracterizada por... --> Utilizar quando o paciente está com dificuldade de respirar espontâneamente. • Troca gasosa prejudicada relacionada à... Caracterizada por... --> Utilizar quando a gasometria do paciente estiver alterada.

  17. Implementação da assistência de enfermagem ( Período transoperatório) • Implementação da prescrição de enfermagem pelos auxiliares de enfermagem (circulantes e instrumentadores), na sala operatória e SRA.

  18. Visita pós-operatória • Quarto de internação do paciente; • Verificar as condições clínicas do paciente; • Avaliação do paciente frente aos cuidados prestados no CC; • Realizar orientações necessárias; • Ouvir o paciente e familiares esclarecendo e reforçando as orientações recebidas; • Saber como foi a experiência para o paciente; • Treinamento dos funcionários.

  19. Comportamento do paciente • VERBAL: queixas, solicitações, perguntas, exigências. • NÃO VERBAL: batimentos cardíacos, transpiração, ansiedade. Bla, bla, bla..

  20. Visita pré-operatória ( histórico + exame físico) J.C.S, 40 anos, sexo masculino, casado, residente em Londrina - Pr. Encontra-se no 1º dia de internação, aguardando cirurgia de hemorroidectomia. Na entrevista informa estar ansioso pois e a primeira vez que vai se submeter a uma cirurgia. Relata não ter dificuldade para se alimentar embora não ingere frutas nem verduras por não gostar, ingesta hídrica de aproximadamente de 500ml/dia. Hábitos vesicais com frequência de 3 a 4 vezes ao dia , amarelo claro, hábitos intestinais 1 vez a cada 4 dias fezes endurecidas sentindo dor a evacuação. Refere não praticar nenhuma atividade física. Ao exame físico apresenta-se comunicativo, preocupado, corado, turgor normal. Cabelos limpos, couro cabeludo integro, boa acuidade auditiva e visual. FR = 20 mov/min, amplitude normal, sem utilização da musculatura acessória e a ausculta pulmonar murmúrios vesiculares presentes. Pulso radial = 80 bat/min, cheio e rítmico. Temperatura axilar = 36ºC, PA = 110/70 mmHg. Altura = 1,67 e Peso = 67Kg.

  21. Visita pré-operatória ( histórico + exame físico) J.C.S, 40 anos, sexo masculino, casado, residente em Londrina - Pr. Encontra-se no 1º dia de internação, aguardando cirurgia de hemorroidectomia. Na entrevista informa estar ansioso pois e a primeira vez que vai se submeter a uma cirurgia. Relata não ter dificuldade para se alimentar embora não ingere frutas nem verduras por não gostar, ingesta hídrica de aproximadamente de 500ml/dia. Hábitos vesicais com frequência de 3 a 4 vezes ao dia , amarelo claro, hábitos intestinais 1 vez a cada 4 dias fezes endurecidas sentindo dor a evacuação. Refere não praticar nenhuma atividade física. Ao exame físico apresenta-se comunicativo, preocupado, corado, turgor normal. Cabelos limpos, couro cabeludo integro, boa acuidade auditiva e visual. FR = 20 mov/min, amplitude normal, sem utilização da musculatura acessória e a ausculta pulmonar murmúrios vesiculares presentes. Pulso radial = 80 bat/min, cheio e rítmico. Temperatura axilar = 36ºC, PA = 110/70 mmHg. Altura = 1,67 e Peso = 67Kg.

  22. PRÉ-OPERATÓRIO ansiedade / preocupado não ingere frutas nem verduras ingesta hídrica de 500ml/dia hábitos intestinais 1 vez a cada 4 dias dor a evacuação não pratica atividade física TRANSOPERATÓRIO punção venosa anestesia de bloqueio posicionamento cirúrgico (ginecológica) degermação bisturi elétrico incisão cirúrgica Dados Relevantes

  23. Diagnóstico e intervenções de enfermagem • Ansiedade....... • Risco para infecção ..... • Risco para lesão perioperatória de posicionamento..... • Risco para injúria..... Ou Risco para lesão... • Risco para integridade da pele prejudicada...

  24. FATORES DE RISCO PARA INFECÇÃO CIRÚRGICA

  25. Fatores de risco para infecção cirúrgica • Abordagem histórica - Hipócrates (460 a.C.) - Galeno (129), Hugo de Luca (1100), Ambroise Paré (1546) - Evolução do controle das infecções

  26. Fatores de risco para infecção cirúrgica • Principais fatores associados a infecção - Microrganismo infectante - Meio onde ocorre - Mecanismo de defesa do paciente • Tipo da ocorrência - Local da incisão cirúrgica - Localmente afastado

  27. Fatores de risco para infecção cirúrgica • “Os pacientes que cursam com infecção do sítio cirúrgico apresentam uma probabilidade 60% maior de se manterem hospitalizados e o dobro de risco de morte daqueles que não contraíram infecção”. Espinoza (2005)

  28. Fatores de risco para infecção cirúrgica • Medidas Profiláticas • Em cirurgia geral - Idade - Estado nutricional - Tabagismo - Obesidade - Diabetes melittus - Infecção coexistente - Tempo de internação - Tempo de cirurgia

  29. Fatores de risco para infecção cirúrgica • “O fator de risco mais predisponente para cirurgia geral é o tempo do procedimento” Iñigo(2006)

  30. Fatores de risco para infecção cirúrgica • Cirurgia colorretal - Tempo de cirurgia - Transfusão sangüínea - Obesidade “O sucesso ou não da operação depende da sua duração e o local da confecção da anastomose.” Oliveira(2005)

  31. Fatores de risco para infecção cirúrgica • Cirurgia oncológica ortopédica - Transfusão - Obesidade - Tempo de cirurgia • Cirurgia de neoplasia mamária - Estádio da doença - Obesidade

  32. Fatores de risco para infecção cirúrgica • Pneumectomia, Lobectomia - Duração da cirurgia - Tipo de procedimento • Artroplastia de quadril - Tempo de internação - Tipo de procedimento cirúrgico

  33. Fatores de risco para infecção cirúrgica • Esplenectomia - Idade • Histerectomia - Idade

  34. Fatores de risco para infecção cirúrgica • Tempo de exposição; • Obesidade; • Idade;

  35. “Sê humilde se quiseres adquirir conhecimento; sê mais humilde ainda depois que o tiveres adquirido.” Albert Einstein

  36. OBRIGADO!!!!

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