
1. Introduo pesquisa cientfica:elaborao de projetos. A relao dialtica entre pergunta e resposta.
Prof. Dr. Silvio Snchez Gamboa
2. IntroduoO lugar a partir do qual fala o sujeito constitutivo do que ele diz (E. Orlandi)Para o esprito cientfico qualquer conhecimento uma resposta a uma pergunta. Se no tem pergunta no pode ter conhecimento cientfico. Nada se da tudo se constri. (G. Bachelard)
4. 1. Definies e delimitaes Esta oficina est delimitada por alguns conceitos e esta dividia em algumas fases:
1. Definioes: a) projetos; b) lgica; c) pressupostos; d) princpios
2. Construo das perguntas
3. Construo das respostas
4. Articulaes lgicas
Referncias
5. Projetos de pesquisa * PROJETOS: Previso de um acontecer
Previso de um processo
Atores, cenrios, tempos e movimentos (locus, cronos, dinamis)
*PESQUISA : processos de produo de conhecimentos
Relaes de sujeitos e objetos (homem -mundo)
6. Fundamentos lgicos Bases, A, B, C. ncleo duro, alicerces, primeiros passos, alfabeto.
Lgica: Regras do pensar. Leis do raciocnio. Forma coerente de encadeamento e raciocnio
Lgica formal: ordem da exposio do raciocnio
Lgica dialtica: dinmica dos processos do pensamento: caminhos do pensar.
7. DAS PERGUNTAS S RESPOSTAS:Pressupostos: a)Toda pergunta formulada quando as condies para a sua resposta esto dadas; b) As respostas se encontram no mesmo contexto das perguntas; c) Existem respostas para todas as perguntas Mistrios
Dvidas
Suspeitas
Curiosidades
Indagaes
Questes
PERGUNTAS Suposies
Intuio
Conjeturas
Hipteses
Saberes
Certezas
RESPOSTAS
8. Tipos de respostas NO DISCIPLINADAS
(Sem mtodo)
Razo mtica (Mitus)
Senso comum (Doxa) DISCIPLINADAS E
SISTEMATIZADAS
(Com mtodo)
Cincia (Episteme)
Filosofia (Sofia)
9. O CONHECIMENTO DISCIPLINADO(EPISTMICO) O MTODO
RELAO CONCRETA ENTRE UM SUJEITO E UM OBJETO
No espao, no tempo e no movimento
(atributos da realidade concreta).
10. Respostas disciplinadas PRINCPIOS
1. Com relao ao objeto
2. Com relao ao sujeito
3. Com relao ao mtodo
4. Com relao prpria resposta
11. 1.Princpio com relao ao objeto Procurar as respostas no prprio objeto (no seu cenrio, contexto presente e nas suas relaes)
No sair fora, procurar a verdade dentro de si
Os fenmenos se explicam por si prprios
A maior das sabedorias: conhecer-se a si prprio.
12. 2. Princpios com relao ao sujeito Observar atenta e meticulosamente, organizar e sistematizar as observaes (Tales de Mileto).
No deixe nada sorte, controle tudo, articule as observaes contraditrias, conceda o tempo suficiente (Hipcrates).
Controlar a imaginao e a fantasia. Dar prioridade sensibilidade (Sensao) que unida memria organizada se constitui na experincia (Empeiria : experincia acumulada).
13. 3. Princpios com relao ao MTODO Mtodo: caminho do conhecimento
Mtodo: relao entre sujeito (Res cogitans) e o objeto (Res extensa)
O caminho disciplinado: sair de um ponto, chegar ao outro diferente e voltar ao ponto de partida (Mtodo geomtrico: o primeiro mtodo epistmico)
O caminho de ida traa o caminho de volta (Protgoras)
14. O mtodo geomtrico Os antigos gemetras gregos partilhavam de um mtodo secreto de resoluo, que o guardavam a sete chaves.
A eficincia de tal mtodo j havia sido comprovada em demasia no mbito da Geometria. Isto, alis, fazia da Geometria um modelo de cincia que deveria ser copiado.
16. Heurstica do mtodo
17. Mtodo Cientfico Aqui, somente entra o gemetra (aviso na entrada da academia de Plato).
Ascender e descender. Anlise e sntese. Deduo e induo.
Explicar e compreender, (partes todo - entorno)
O contexto da descoberta e o contexto da justificativa (Popper).
O movimento do emprico ao abstrato e do abstrato ao concreto (Marx).
18. 4. Princpios com relao resposta A crtica resposta.
Crtica permanente do conhecimento VS dogmatismo.
Duvido, logo existo (Duvito ergo sum) S. Agostinho).
Dvida metdica: fundamento do pensamento (Cogito ergo sum), Descartes.
Verificao, comprovao, falsao (Popper).
Vigilncia epistemolgica (Bachelard).
Conhecimento do conhecimento (Morin).
19. Crtica da cincia Crtica interna: a cincia confrontada com seus princpios, seus procedimentos, seus resultados e critrios de validade (vigilncia epistemolgica).
Crtica Externa: crtica de seus pressupostos, seus fundamentos, suas implicaes, sua utilizao (Filosofia, Teoria do conhecimento tica, Esttica).
20. II. A construo da perguntaPressupostos O mundo concreto da necessidade (objeto)
A capacidade transformadora do homem (sujeito)
O processo: conhecer para transformar (prxis: relao ao-reflexo-ao; relao prtica-teoria-prtica)
Pesquisa cientfica: forma disciplina do conhecimento sobre o mundo concreto (com mtodo)
21. A construo da pergunta (2)Processos Prxis : O processo: conhecer para transformar
Cincia :forma sistematizada do conhecimento sobre o mundo concreto visando sua transformao
Mtodo cientfico: Processos e formas da relao entre sujeito e objeto
24. O PROBLEMA (1) SITUAO PROBLEMA (espao, tempo e movimento)
ANTECEDENTES (Reviso de literatura)
INDICADORES (primeiros levantamentos e registros, ndices, casos significativos , exemplos, sintomas)
DVIDAS, SUSPEITAS, CURIOSIDADES, INDAGAES MLTIPLAS
QUESTES NORTEADORAS DA PESQUISA
PERGUNTA (SNTESE)
25. O PROBLEMA (2) PROBLEMATIZAR
CURIOSIDADE PERANTE O MUNDO DA NECESIDADE (Objetos e fenmenos concretos)
SUSPEITA E DVIDA PERANTE OS SABERES ACUMULADOS (RESPOSTAS J DADAS NA REVISO DE LITERATURA E NO SENSO COMUM)
INDAGAES (MULTIPLAS E DIVERSAS)
26. PROBLEMA (3)
27. PROBLEMA (4) Sua origem est no mundo da necessidade
A essncia do problema a necessidade
Dimenses do problema:
Objetiva: situao concreta da necessidade (espao, tempo e movimento)
Subjetiva: Conscincia crtica sobre a necessidade.
Problema: quando a necessidade se impe objetivamente e assumida subjetivamente.
Exige: atitude crtica geradora de questes e perguntas
28. PROBLEMA: FENMENO COMPLEXO
Fenmeno concreto Revela, aparece (aparncia)
A pseudo-concreticidade
Apresenta um falso problema
(Pseudo-problema)
Oculta, pressupe (essncia).
A concreticidade
Revela um problema complexo
29. O PSEUDO-PROBLEMA Se refere ao olhar ingnuo sobre as aparncias (pseudo-concreticidade), aos sintomas, viso superficial da realidade, a questes j resolvidas (falsos problemas )
O pseudo-problema identifica-se com o no saber
O pseudo-problema gera perguntas simples a serem respondidas com os saberes
30. PROBLEMATIZAR Diferenciar o problema complexo do falso problema (pseudo-problema)
Problematizar o problema superando as aparncias (pseudo-concreticidade) e captando, as necessidades que se impem objetiva e subjetivamente. Gerar perguntas complexas
O olhar crtico sobre a realidade, onde a suspeita, a dvida, a curiosidade, a indagao, a questo e a pergunta se tornam pontos de partida do conhecimento da realidade.
31. Perguntas simples e respostas simples Os saberes apresentam respostas j dadas, prontas em outros contextos (geogrficos e histricos, em espaos e tempos diferentes), fixadas e/ou sistematizadas em sistemas de informao (sem movimento)
Os saberes mticos (mitus), comuns (doxa), cientficos (episteme) e filosficos (sofia) oferecem respostas prontas, dadas e sistematizadas, embora duvidosas para os novos problemas concretos.
32. PERGUNTAS COMPLEXAS O verdadeiro problema no se identifica com o no saber, ele se apresenta como obstculo, dificuldade, conflito, dvida, crise para o qual no se tem resposta pronta.
As respostas para os problemas concretos (verdadeiros problemas)no esto nos saberes.
As possveis respostas contidas nos saberes sistematizados (bibliotecas, tradies, arquivos informatizados, internet, etc.) devem ser problematizadas, submetidas suspeita e dvida
As perguntas complexas se originam nos problemas concretos, nas dificuldades, nos conflitos e nas crises e exigem respostas novas a serem elaboradas atravs da pesquisa cientfica e filosfica.
33. III. AS RESPOSTAS SABERES
Respostas prontas j dadas
Para pseudo-problemas
Para perguntas simples
Saberes sem mtodos:
Razo mtica (mitus)
Senso Comum (doxa)
Saberes sistematizados:
Cincia (episteme)
Filosofia (sofia)
Saberes a serem suspeitados e processados atravs da dvida metdica CONHECIMENTOS
Respostas novas a serem produzidas
Para problemas concretos.
Para perguntas complexas.
Elaborao sistemtica de respostas concretas.
Resultado da relao concreta (no espao, tempo e movimento) de:
Sujeitos (res cogitans) concretos
Objetos (res extensa) ou problemas concretos .
35. 3. 1. Elaborao da respostaPressupostos:Sujeito (pergunta) objeto (responde) Mtodo (caminhos) : mediaes da relao entre o sujeito e o objeto entre a pergunta e a resposta. Previso de:
a) fontes, b) instrumentos de coleta de informaes e dados, c) tcnicas de tratamentos de dados e informaes, d) organizao e sistematizao de resultados, e) hipteses (respostas parciais provisrias que orientam a coleta e a organizao de resultados).
Referencial terico: a) critrios e categorias de anlise, b) referencias para discutir resultados e c) horizonte da interpretao da resposta
36. Previso da resposta ou metodologia
37. IV. A construo da lgicaViso de totalidade A compreenso da totalidade do processo (caminho de ida e caminho de volta)
A articulao dialtica entre :
Sujeito e objeto (mundo da necessidade).
Pergunta e resposta (projeto e relatrio).
Mtodo (processo) Teoria (interpretao).
Mtodo de pesquisa (contedo) e mtodo de exposio (forma)
38. Relao dialtica entre pergunta e resposta
40. Teoria: viso que o sujeito tm do objeto Teoria : Viso do objeto como um todo compreensivo
A articulao orgnica das partes constitutivas de um fenmeno (todo orgnico): A relao todo partes
Localizao do objeto: relao todo contexto
Exemplo:
As teorias no crticas (puras, neutras)
Vs
Teorias crticas (compreensivas e dialticas)
Teoria: construo da interpretao ou do horizonte compreensivo do objeto (recorte terico, disciplinar)
41. Mtodo: caminhos da relao entre o sujeito e o objeto Mtodos analticos: do todo delimitado para as partes (variveis) controlando os contextos (variveis intervenientes)
Mtodos compreensivos das partes (fenmenos) para o todo (construdo) no contexto (cenrios)
Mtodos dialticos (do todo (sincrtico) para as partes (anlise), destas para o todo (sntese) nas condies concretas (entornos materiais histricos)
42. Mtodo: pesquisa e exposio (contedo e forma) O mtodo (pesquisa e de exposio). O imperativo do mtodo geomtrico .
Percurso ( mtodo de pesquisa - contedo):
Problema indagaes, questes e pergunta
Hiptese (resposta provisria)
Resposta confirmada (tese e/ou concluso)
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Formas (mtodo de exposio - forma)
Os rigores do trabalho cientfico (normas tcnicas) sobre:
As informaes necessrias (capas, folhas de rosto, sumrios, ndices).
Delimitaes e recortes (amostras, rea de conhecimento, perspectiva terica.
Fidelidade das fontes (citaes e bibliografias, quadro de fontes).
45. Epgrafe Para o esprito cientfico qualquer conhecimento uma resposta a uma pergunta. Se no tem pergunta no pode ter conhecimento cientfico. Nada se da tudo se constri
(G. Bachelard)
46. Referncia on-line www.geocities.com/grupoepisteduc
E-mail: episteduc_unicamp@yahoogrupos
E-mail: gamboa@unicamp.br