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ALIMENTAÇÃO E CÂNCER

ALIMENTAÇÃO E CÂNCER. Cerca de 30% dos cânceres humanos provavelmente estão relacionados à dieta e à nutrição, segundo a Organização Mundial da Saúde. Há diversos estudos que mostram a relação entre o consumo de certos alimentos e o risco de câncer.

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ALIMENTAÇÃO E CÂNCER

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Presentation Transcript


  1. ALIMENTAÇÃO E CÂNCER

  2. Cerca de 30% dos cânceres humanos provavelmente estão relacionados à dieta e à nutrição, segundo a Organização Mundial da Saúde.

  3. Há diversos estudos que mostram a relação entre o consumo de certos alimentos e o risco de câncer. • Fatores como conservação e preparo do alimento, tipo e quantidade de alimento consumido estão envolvidos neste processo. • Muitos componentes da alimentação têm sido associados com o processo de desenvolvimento do câncer, principalmente câncer de mama, cólon (intestino grosso) reto, próstata, esôfago e estômago.

  4. Epidemiologia e câncer • A grande variação na distribuição do câncer, segundo idade, sexo e localização é explicada pela diferença entre os países no que se refere a fatores de risco, políticas públicas em relação a prevenção primária, composição demográfica, exposição ambiental, estilo de vida e características genéticas. • No mundo, o Câncer mais comum é o de pulmão, seguido pelo estômago, mama, cólon e reto, fígado, próstada, colo uterino e esôfago.

  5. Na estimativa mais recente de 2001 e 2002, segundo o gênero do tumor e local, os mais prevalentes no Brasil, em ordem decrescente, são: 1-Pele sem melanoma; 9-cólon e reto; 2-pele com melanoma; 10- esôfago; 3-mama; 11- leucemias. 4-colo de útero; 5-próstada; 6-pulmão; 7-estômago; 8-boca;

  6. Estudos mostram que pelo menos 33% dos casos de câncer de mama, e 66% dos registros de tumores de cólon e reto, no Brasil, poderiam ser prevenidos com dieta saudável.

  7. Rio Grande do Sul • A incidência do câncer em Porto Alegre é semelhante à de cidades européias. • Em Porto Alegre, os cânceres mais freqüentes são os de próstada e pulmão nos homens. Para as mulheres, o câncer de mama é o mais freqüente em todas as regiões.

  8. Porto Alegre • MULHERES: Mama, colo uterino, cólon, pulmão e estômago. • HOMENS: Pulmão, próstata, estômago, esôfago e cólon.

  9. Considera-se que apenas cerca de 5% dos tumores sejam causados exclusivamente por fatores genéticos. • Outros fatores de risco, como sexo, etnia, estilo de vida, presença de algumas doenças e/ou vírus, tratamentos, exposição ocupacional e ambiental poderiam iniciar o processo de carcinogênese devido a interação entre os compostos mutagênicos e/ou carcinogênicos com a molécula de DNA, RNA e proteínas. Essa interação poderia causar determinadas alterações em genes críticos que levariam ao desenvolvimento do câncer.

  10. NUTRIÇÃO E GENÉTICA

  11. Na prática, é possível seguir dietas para controlar ou aumentar a proteção contra doenças vasculares, diabetes, osteoporose, obesidade, entre outros problemas de saúde. O que os cientistas dedicados ao estudo da nutrigenômica - área da ciência que estuda a interação entre a nutrição e os genes - querem é se antecipar à doença. Isso significa criar um cardápio personalizado a partir da identidade genética de cada indivíduo.

  12. As pesquisas mostram que há mais de quatro mil doenças associadas a defeitos genéticos. A expectativa futura é de que, a partir de uma única amostra de sangue, se possa saber se a pessoa tem propensão para desenvolver determinadas doenças, entre elas o câncer.

  13. Os exames de probabilidade poderiam ser feitos ainda na infância, antes que a doença se manifeste, aumentando assim, a chance de controle. Mas até que ponto uma dieta genética personalizada seria útil ainda é uma incógnita.

  14. ALIMENTAÇÃO DE RISCO

  15. Alguns tipos de alimentos, se consumidos regularmente durante longos períodos de tempo, parecem fornecer o tipo de ambiente que uma célula cancerosa necessita para crescer, se multiplicar e se disseminar. Neste grupo estão incluídos os alimentos ricos em gorduras, tais como carnes vermelhas, frituras, molhos com maionese, leite integral e derivados, bacon, embutidos, dentre outros.

  16. Existem também os alimentos que contêm níveis significativos de agentes cancerígenos. Por exemplo, os nitritos e nitratos usados para conservar alguns tipos de alimentos, como picles, salsichas e outros embutidos e alguns tipos de enlatados, se transformam em nitrosaminas no estômago.

  17. As nitrosaminas são conhecidas como cancerígenos esofágicos desde 1967. Estas são derivadas do nitrato, que sofre uma reação em nosso organismo, transformando-se em agentes cancerígenos. Essa transformação é feita por uma proteína descoberta recentemente. O gene responsável pela produção desta proteína é CPY2A6.

  18. Os nitratos são encontrados em diversos gêneros alimentícios, especialmente cerveja, peixes e seus derivados, e nos derivados da carne e do queijo preservados com conservantes de sal de nitrito. As nitrosaminas são formados quando as proteínas da comida reagem com os sais de nitrito no estômago. • Muitas das nitrosaminas são cancerígenas em um vasta variedade de espécies animais, o que é um indício de que elas podem ser agentes cancerígenos em humanos. Mudanças sutis na estrutura das nitrosaminas podem produzir câncer em vários orgãos.

  19. Já os defumados e churrascos são impregnados pelo alcatrão proveniente da fumaça do carvão, o mesmo encontrado na fumaça do cigarro e que tem ação carcinogênica conhecida. Ao fritar, grelhar ou preparar carnes na brasa a temperaturas muito elevadas, podem ser criados compostos que aumentam o risco de câncer de estômago e colo-retal. Isso ocorre devido a gordura presente na carne, que ao entrar em contato com a brasa, produz um composto carcinogênico chamado benzopireno. Devido a isso, existe uma certa distância que deve ser respeitada entre o assado e a brasa.

  20. Os especialistas advertem contra dois tipos de substâncias que causam câncer em alguns estudos com animais: • AHCs (aminas heterocíclicas): são produzidas quando se prepara carne em altas temperaturas. Os alimentos assados e fritos possuem mais AHCs que os preparados em temperaturas mais baixas (cozidos, por exemplo). Os pesquisadores observaram que pequenas quantidades de AHCs são também produzidas em carnes bem cozidas.

  21. HAPs (hidrocarbonetos aromáticos policíclicos): são depositados na sua comida pela fumaça e a chama criada pelas gotas de gordura que caem sobre o carvão quente. O benzopireno é um exemplo de hidrocarboneto aromático.

  22. Os alimentos preservados em sal, como carne-de-sol, charque e peixes salgados, também estão relacionados ao desenvolvimento de câncer de estômago em regiões onde é comum o consumo desses alimentos.

  23. Há vários estudos epidemiológicos que sugerem a associação de dieta rica em gordura, principalmente a saturada, com um maior risco de se desenvolver câncer em regiões desenvolvidas, principalmente em países do Ocidente, onde o consumo de alimentos ricos em gordura é alto. Já os cânceres de estômago e de esôfago ocorrem mais freqüentemente em alguns países do Oriente e em regiões pobres onde não há meios adequados de conservação dos alimentos (geladeira), o que torna comum o uso de picles, defumados e alimentos preservados em sal.

  24. Câncer e chimarrão • O Rio Grande do Sul é o principal estado do Brasil em casos de câncer de esôfago. • Estudos recentes mostram que a temperatura e a quantidade consumida da bebida transformam esse hábito em um importante fator de risco para doença.

  25. Os prejuízos começam quando se leva a bomba de chimarrão ao fundo da língua, pois o calor intenso provoca queimaduras na parede do esôfago. • Enzimas ligadas ao processo inflamatório decorrente produzem radicais livres, capazes de reagir com os genes responsáveis pela proliferação das células, o que pode desregular o ciclo celular e dar início ao tumor.

  26. A doença mata cerca de 90% dos pacientes cerca de 6 meses depois do diagnóstico, em parte devido a agressividade do tumor e ao diagnóstico tardio.

  27. Hoje já está estabelecido que uma alimentação rica em alimentos saudáveis ajuda a diminuir o risco de câncer de pulmão, cólon, reto, estômago, boca, faringe e esôfago. Provavelmente, reduzem também o risco de câncer de mama, bexiga, laringe e pâncreas, e possivelmente o de ovário, endométrio, cérvix, tireóide, fígado, próstata e rim.

  28. A tendência cada vez maior da ingestão de vitaminas em comprimidos não substitui uma boa alimentação e só deve ser feita com orientação médica. Os benefícios de uma boa alimentação estão em sua correta combinação. • Vale a pena frisar que a alimentação saudável somente funcionará como fator protetor quando adotada constantemente, no decorrer da vida. Neste aspecto devem ser valorizados e incentivados antigos hábitos alimentares do brasileiro, como o uso do arroz e do feijão.

  29. Câncer e aspartame • O adoçante artificial mais usado no mundo pode ter efeitos graves na saúde humana, segundo um último estudo liderado pelo italiano Morando Soffritti. • O cientista italiano Morando Soffritti reavivou a polêmica sobre a inocuidade do aspartame, adoçante artificial usado em produtos tão populares quanto refrigerantes dietéticos da Coca-Cola e Pepsi Co.

  30. Depois de estudar 1,8 mil ratos durante oito anos, a equipe de pesquisadores que liderou na cidade italiana de Bolonha concluiu que o aspartame pode ter efeitos cancerígenos. • Em contrapartida, ao mesmo tempo,estudos financiados pela empresa criadora do adoçante, a G. D. Searle & Company, asseguram que este produto não apresenta nenhum risco para a saúde humana.

  31. Há 25 anos, o adoçante está autorizado pela Administração de Drogas e Alimentos dos Estados Unidos (FDA). • A venda do aspartame, com apenas quatro calorias e 200 vezes mais doce que o açúcar, e comercializado com as marcas Nutra-Sweet e Equal, fatura US$ 570 milhões por ano. • Calcula-se que cerca de 350 milhões de pessoas no mundo, muitas desejosas de emagrecer, o consomem diariamente em seis mil tipos de alimentos.

  32. Os resultados de Soffritti indicam que o aspartame é um agente cancerígeno multipotencial, mesmo consumindo diariamente 20 miligramas por quilo de peso corporal, isto é, uma quantidade menor do que a recomendada pela FDA (50 mg/kg de peso corporal) e a União Européia (40mg/kg).

  33. O estudo demonstrou que o aspartame aumenta a incidência de tumores malignos em ratos. • Segundo uma pesquisa sobre câncer da Organização Mundial da Saúde, o estudo experimental de agentes cancerígenos em ratos é muito importante para o homem. Um terço dos agentes cancerígenos no homem foram descobertos com os estudos realizados com animais.

  34. O estudo das doses correlacionadas entre as miligramas consumidas e o peso corporal nos diz que o efeito cancerígeno nas crianças pode ser maior (por seu peso). Os agentes cancerígenos têm um efeito mais forte na vida do embrião, por isso as mulheres grávidas correm mais riscos.

  35. São necessários mais estudos para obter maior precisão da quantificação do risco. Os atuais resultados já impõem, por parte dos órgãos competentes, uma urgente revisão das normas que regulam o uso e o consumo do aspartame para proteger a saúde pública, sobretudo a das crianças.

  36. A ALIMENTAÇÃO DO BRASILEIRO

  37. No Brasil, observa-se que os tipos de câncer que se relacionam aos hábitos alimentares estão entre as seis primeiras causas de mortalidade por câncer. O perfil de consumo de alimentos que contêm fatores de proteção está abaixo do recomendado em diversas regiões do país.

  38. A alimentação do brasileiro piorou nos últimos 30 anos. Alimentos fundamentais para uma dieta saudável e rica em nutrientes -como arroz e feijão- estão cada vez menos presentes no cardápio da população. Por outro lado, o consumo de produtos industrializados e com poucos nutrientes apresentou um aumento de 82% no mesmo período.

  39. O governo calcula que cerca de 260 mil mortes poderiam ser evitadas todos os anos caso o brasileiro mantivesse uma alimentação saudável.

  40. A ingestão de fibras é baixa no Brasil, onde se observa coincidentemente, uma significativa freqüência de câncer de cólon e reto. O consumo de gorduras é elevado nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, onde ocorrem as maiores incidências de câncer de mama no país.

  41. Entre os jovens é comum a preferência por alimentos como hambúrguer, cachorro-quente, batata frita que incluem a maioria dos fatores de risco alimentares acima relacionados e que praticamente não apresentam nenhum fator protetor. Essa tendência se observa não só nos hábitos alimentares das classes sociais mais abastadas, mas também nas menos favorecidas. Igualmente nesse grupo, o consumo de alimentos ricos em fatores de proteção, tais como frutas, verduras, legumes e cereais, é baixo.

  42. A PREVENÇÃO DO CÂNCER

  43. A World Cancer Research Foundation em associação com o American Institute for Cancer Research publicou um relatório no qual foram analisados 30 anos de pesquisas epidemiológicas sobre alimentação e risco de câncer. As conclusões foram que existem evidências convincentes para uma associação inversa entre o consumo de frutas e vegetais e câncer de pulmão, estômago, boca, faringe, esôfago, cólon e reto.

  44. As recomendações provenientes destas pesquisas são importantes para a população em geral, e para as pessoas com risco aumentado de cânceres específicos, devido à história familiar ou ao hábito de fumar.

  45. Recentemente, um grupo de compostos químicos encontrados nos grãos (cereais integrais e feijões), legumes, verduras e frutas, denominados flavonóides, demostraram efeitos biológicos positivos em relação àprevenção do câncer, por seus efeitos antimutagênicos, antioxidantes, reguladores dos ciclos celulares, inibindo a proliferação de vários tipos de células cancerosas e estimulando sua destruição. São encontrados principalmente nas camadas externas ou cutículas das frutas, vegetais, raízes, folhas e chás.

  46. Frutas, verduras, legumes e cereais integrais contêm nutrientes, tais como vitaminas, fibras e outros compostos, que auxiliam as defesas naturais do corpo a destruírem os carcinógenos antes que eles causem sérios danos às células. Esses tipos de alimentos também podem bloquear ou reverter os estágios iniciais do processo de carcinogênese e, portanto, devem ser consumidos com freqüência.

  47. Estes alimentos são ricos em vitaminas C, A, E e fibras. Especial ênfase deve ser dada à ingestão de cebola, de brócolis, repolho e couve-flor, de legumes vermelhos ou amarelos e das folhas em geral, principalmente os vegetais folhosos verde escuro. Frutas cítricas como a laranja, o caju, a acerola, e muitas outras, como o mamão, devem ter seu consumo estimulado.

  48. Tem se evidenciado que a vitamina A protege contra o câncer da cavidade bucal, faringe, laringe e pulmão, e é possível que a vitamina E diminua o risco de se desenvolver o câncer, devido aos seus conhecidos e comprovados efeitos anti-oxidantes.

  49. Outro grupo de alimentos que têm importante papel na prevenção do câncer são os cereais integrais. Em estudo de meta análise, Jacobs em 40 publicações concluiu que os cereais em grãos e os alimentos produzidos com farinhas de cereais integrais diminuíram o risco de adquirir 20 tipos de câncer que são os mais freqüentes. Os cereais e farinhas refinados não demonstraram nenhum efeito protetor.

  50. Isto significa que, para a prevenção do câncer e outras doenças crônicas, deveremos substituir o arroz branco pelo arroz integral. E todos os produtos compostos de farinha de trigo, como os pães, massas em geral, deverão ser substituídos pelos mesmos alimentos feitos preferencialmente com farinha de trigo 100% integral.

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