1 / 96

IOF-246 – Poluição Marinha

IOF-246 – Poluição Marinha. Profs. Márcia Bícego e Rubens Figueira. Poluição por Metais no Ambiente Marinho. Prof. Dr. Rubens C. L. Figueira. Fontes de poluição no mar. Tipos de poluentes. Metais.

vivian
Télécharger la présentation

IOF-246 – Poluição Marinha

An Image/Link below is provided (as is) to download presentation Download Policy: Content on the Website is provided to you AS IS for your information and personal use and may not be sold / licensed / shared on other websites without getting consent from its author. Content is provided to you AS IS for your information and personal use only. Download presentation by click this link. While downloading, if for some reason you are not able to download a presentation, the publisher may have deleted the file from their server. During download, if you can't get a presentation, the file might be deleted by the publisher.

E N D

Presentation Transcript


  1. IOF-246 – Poluição Marinha Profs. Márcia Bícego e Rubens Figueira

  2. Poluição por Metais no Ambiente Marinho Prof. Dr. Rubens C. L. Figueira

  3. Fontes de poluição no mar

  4. Tipos de poluentes

  5. Metais • Metais são elementos conservativos, ou seja, não estão sujeitos a ação bacteriana, assim, em termos práticos eles se mantém por um longo tempo no ambiente marinho. • Os organismos marinhos tendem a acumular metais nos tecidos, em um processo denominado bioacumulação. Este processo pode ser potencializado na cadeia alimentar (“biomagnificação”). • A concentração em um tecido pode ser calculada em peso úmido (wet weigth e fresh weigth) e peso seco (dry weigth). Em sedimentos, a concentração de contaminantes é sempre calculada na base seca.

  6. Concentração dos elementos • Elementos ao nível de traço: são elementos encontrados em níveis baixos e/ou extremamente baixos.

  7. Vias de entrada de metais para o mar • Atmosférica: é uma das principais vias de entrada. • Al proveniente de rochas • Hg de atividades vulcânicas e da crosta terrestre • Pb que pode ter uma adição natural ou antropogênica • Rios: os rios podem contribuir significativamente para o aumento dos níveis de metais no ambiente marinho. • Regiões de mineração, áreas industrializadas entre outras liberam metais. (Rios →Mar) • Atividades de drenagem de canais também produzem grandes quantidades de poluentes contaminados por metais pesados. • Outras fontes: • liberações de esgotos, • rejeitos industriais, hospitalares, radioativos entre outros. • “dumping” (pouco significativa)

  8. Transferência de metais da atmosfera para o mar

  9. Metais no Mar do Norte (1990)

  10. Metais no Mar

  11. Formas químicas de alguns metais no mar

  12. Toxicidade (formas químicas)(*)

  13. Classificação dos metais • Do ponto de vista biológico, os metais podem ser divididos em 3 grupos: • Leves (Na, K, Ca), que são normalmente transportados como cátions (solução) • Metais de transição (Fe, Cu, Co, Mn, etc), que são essenciais em baixas concentrações, mas podem ser tóxicos em altas • Metalóides (Hg, Pb, Sn, Se, As, etc) não são necessários para a atividade biológica e são tóxicos em baixas concentrações.

  14. Hg • As fontes naturais de Hg no mar são: • o intemperismo de rochas que contém mercúrio (rochas vulcânicas) • incêndios florestais • estimativas da quantidade de Hg anualmente liberada no mar está em torno de 6000 a 7500 t, dos quais 50 a 75% (atividades humanas) • Nas ilhas Palawan na Polinésia, a extração mineral liberou para o mar aproximadamente 100.000 t/ano de Hg (1955 à 1975) na forma de HgS (insolúvel), formando uma península de 600 m x 50 m) • em condições óxicas, o Hg é convertido para Hg2+ e posteriormente para metil-Hg. • Na Amazônia aproximadamente 100 t/ano são utilizados na extração do ouro. • 55% deste total vai para atmosfera • 45% para os rios

  15. Efeitos: irritabilidade, paralisia, cegueira, insanidade entre outros • O Hg em água pode formar o íon CH3Hg+ e composto volátil (CH3)2Hg por decomposição anaeróbia. O Hg torna-se concentrado nos tecidos de peixes. • A metilação ocorre a partir da metilcobalamina um análogo da vitamina B12 e sintetizada pelas bactérias que produzem metano:

  16. Ciclo do Hg

  17. Ciclo do Hg no sistema aquático http://www.cq.ufam.edu.br/Artigos/mercurio/images/ciclo_Hg.jpg

  18. Biomagnificação do Hg http://www.ff.up.pt/toxicologia/monografias/ano0708/g1_mercurio/imagens/ciclo2.JPG

  19. Baía de Minamata • Em 1952, uma indústria que produzia cloreto de vinila e acetaldeído, cujos processos catalíticos envolviam o uso do Hg, liberaram grandes quantidades deste elemento para a baía. Devido ao consumo de peixe por parte da população 2000 casos foram reconhecidos, em 1956. 43 pessoas morreram e 700 dos sobreviventes tiveram lesões permanentes. • Em 1960, houve liberação direta do efluente industrial na baía, 5% deste efluente continha metil-Hg proveniente de ação bacteriana. Investigações em 1959 encontraram níveis surpreendentemente altos de Hg, da ordem de 200 ppm (sedimentos), 10 a 39 ppm (bivalves) e 10-55 ppm (peixes), muito deste Hg na forma metilada.

  20. Toxicidade de compostos orgânicos e inorgânicos de Hg

  21. As • Fonte: combustíveis fósseis (carvão), pesticidas entre outros • A entrada de As no mar é comandada por rios a partir de áreas de mineração ou resíduos industriais • A toxicidade do As é dependente da sua valência: +3 muito mais tóxico que +5 • Quase todos os organismos marinhos contém As na forma de arsenobetaína, que é pentavalente, muito estável, metabolicamente inerte e não tóxica. • O As pode sofre metilação formando compostos orgânicos metilados extremamente tóxicos, semelhante ao processo que ocorre com o Hg • Nos seres humanos o As inorgânico é extremamente tóxico e pode causar diferentes tipos de câncer

  22. Cd • Cd é amplamente distribuído na crosta terrestre, mas está particularmente associado ao Zn. • O Cd tem sido utilizado desde 1950 como estabilizante em tintas e pigmentos entre inúmeras outras aplicações. • Atualmente, grande quantidade deste elemento vem sendo utilizadas em baterias de Ni-Cd. Um estimativa mundial da produção deste elemento está na ordem de 19500 t/ano. • O total de Cd liberado nos oceanos é da ordem de 8000 t/ano (50% atividade humana), sendo o restante natural.] • Cerca de 2900 t/ano de Cd são depositados em sedimentos de fundo, nas plataformas continentais.

  23. Cd em organismos marinhos e efeitos no homem • Cd não é um elemento essencial para qualquer organismo, porém sua concentração acima de 100 ppm influencia no crescimento do fitoplancton • O zooplâncton das camadas superficiais dos oceanos acumulam grande quantidade de Cd. Os moluscos também acumulam grandes concentrações deste elemento, sendo encontrados valores da ordem de 2000 ppm. • No homem, não há efeito comprovado de doenças causadas pelo Cd. Em Minamata este elemento foi associado a doença “tai-tai” que afetam ossos e juntas e resultaram em um número de mortos. Esta doença também pode estar relacionada a uma deficiência nutricional

  24. Cu • A entrada natural de Cu no meio marinho, a partir da erosão de rochas mineralizadas é estimada em 325 000 t.a-1 • Aproximadamente 7,5 milhões de t.a-1 são produzidos para serem utilizados em processos industriais • Esgotos contém uma substancial quantidade de Cu, um exemplo é a cidade de Los Angeles que libera anualmente cerca de 510 t deste elemento no mar • Cu na água do mar é encontrado geralmente na forma de CuCO3, em regiões de baixa salinidade na forma CuOH-. Além disso, este composto forma complexos com moléculas orgânicas • Cu é um dos metais mais facilmente removidos da água do mar por processos de adsorção em partículas. Aproximadamente 83% do Cu do mar encontra-se nesta forma

  25. Cu em organismos marinhos • Cobre é um elemento essencial para animais e altas concentrações são encontradas em crustáceos, gastrópodes, cefalópodes, pois o pigmento hemocianina contém Cu • O excesso de Cu é normalmente estocado nos rins • Excesso de Cu tem sido encontrado em alguns animais: polvo (4800 ppm), lagosta (2000 ppm). • Ostras podem acumular altas concentrações de Cu, nas células vermelhas destes animais já foram encontrados cerca de 20000 ppm de Cu e 60000 ppm de Zn • Embora plâncton, peixes e crustáceos de áreas contaminadas contém uma grande concentração de Cu, este elemento não sofre biomagnificação

  26. Cu em algas marrons (estuário da Inglaterra)

  27. Pb • O total da produção de Pb é da ordem de 43 Mt/ano. • A maior parte é metálica, tendo como principal uso baterias de veículos. • Aproximadamente, 10% produzido mundialmente é utilizado como aditivo em combustíveis. • Atualmente, a contaminação marinha por este metal, via atmosfera, é da ordem de 450.000 t/ano de Pb (atividade humana) e 25.000 t/ano (processos naturais)

  28. Concentração de Pb no gelo

  29. Concentração de Pb em turfa

  30. Pb em organismos marinhos e efeitos no homem • Comparado com outros metais, Pb no mar não é particularmente tóxico. Em concentrações superiores a 0,8 ppm, favorece o crescimento da diatomácea Phaeodactylum. • Contudo, altas concentrações de Pb podem se acumular em alguns animais, sem qualquer prejuízo a este. • Nos EUA, no rio Gannel os sedimentos possuem aproximadamente 2175 ppm de Pb e o bivalve Scrolubilaria plana foi encontrado com concentrações da ordem de 991 ppm. • Na Noruega, algas marinhas e alguns animais contém níveis extremamente altos, da ordem de 3000 ppm. • O Pb é extremamente nocivo a saúde humana, porém, com exceção das áreas extremamente contaminada, o Pb nos mares e oceanos não é objeto de grande preocupação

  31. Sn • Tintas para navios e outros compostos em instalações marítimas contém compostos orgânicos a base de Sn, os principais são o tributilestanho (TBT) e o fluoreto de tributilestanho) • O TBT é extremamente tóxico e letal para uma variedade de organismos planctônicos e larvas de moluscos, as quais são 10 à 100 vezes mais sensíveis que os adultos • Um efeito do TBT é mudança no sistema hormonal de alguns gastrópodes (imposex) • Em instalações de maricultura, composto a base estanho são utilizados para limpeza. Alguns peixes possuem concentrações altas de TBT em sua carne, as quais, não são eliminadas no cozimento • Algumas nações têm proibido o uso de TBT em áreas costeiras. O TBT é degradável, no meio marinho, em substâncias não tóxicas, após algumas semanas.

  32. Efeitos da concentração de metais em sedimentos de fundo sobre a biota

  33. Química dos metais

  34. Química dos metais • Metais existem em múltiplos estados de oxidação (p.e., +1 a +6) – caráter eletrofílico • Átomos que possuem elétrons livres (O, N e S) doam elétrons para os metais (Bases de Lewis) • Ligações covalentes entre os elementos acima e os metais são mais fortes que as ligações eletrostáticas entre os metais e a água

  35. Tipos de ligações dos íons metálicos

  36. Tipos de ligações dos íons metálicos

  37. Formas químicas dos metais • Metais em sedimentos podem estar presentes nas seguintes formas: • Livre: Cd2+, Cu2+, Zn2+, Cr3+, etc • Complexos solúveis (inorgânicos e orgânicos) • Inorgânicos: SO42-, Cl-, OH-, PO43-, NO3- e CO32- • Orgânicos: ligantes de baixo peso molecular (alifáticos, aromáticos, aminoácidos e ácidos fúlvicos)

  38. Formas químicas de alguns metais no mar e/ou estuários

  39. Potencial de oxidação • A forma termodinamicamente estável de um íon metálico no meio ambiente é controlada potencial de oxidação do ambiente • Sobre condições anóxicas o Fe(II) “ferroso” pode dissolver em água. Contudo, se a água é exposta ao oxigênio, Fe(II) irá se oxidar para Fe(III) “férrico” e precipitará, diminuindo a [Fe]dissolvido na água • A toxicidade dos elementos metálicos também se altera com o potencial de oxidação

  40. Interação entre partículas e metais traço • Processos como adsorção, desorção, floculação, coagulação, ressuspensão e bioturbação • Importante “sítios” de ligação em compostos de oxi- e hidróxi- de Fe e Mn, carbonatos, argilas e COP/COC que são essenciais no controle de adsorção/desorção dos elementos traço • Tipo de ligação: • Interações coulombianas na “outer sphere” • Interações covalentes na “inner sphere”

  41. Modelo de complexação dos metais

  42. Diagrama Eh/pH para o Fe

  43. Diagrama Eh/pH para o Hg

  44. Interação metal-orgânico(*) • A interação metal-orgânico pode ocorrer por meio da complexação (quelação) ou por reações redox • O esquema simplificado da complexação é: • Onde M2+ é o íon do metal e H2L é a forma ácida de um complexante • Podem ser influenciadas por fatores como: equilíbrio redox, formação e dissolução de precipitados, formação e estabilidade de colóides, reações ácido-base e microorganismos. • As interações podem aumentar ou diminuir a toxicidade dos metais no meio aquático e possuem uma forte influência no crescimento de algas

  45. Metais em sedimentos

  46. Principais controladores de metais traço em sedimentos

  47. Processos que controlam a especiação em sistemas aquáticos http://www.icsu-scope.org/downloadpubs/scope51/images/fig13.3.gif

More Related