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AULA 8 - O Barroco e o Rococó. Missão artística francesa.

AULA 8 - O Barroco e o Rococó. Missão artística francesa. O Barroco desenvolveu-se no Brasil durante o século XVIII e perdurou ainda no início do século XIX .

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AULA 8 - O Barroco e o Rococó. Missão artística francesa.

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Presentation Transcript


  1. AULA 8 - O Barroco e o Rococó. Missão artística francesa.

  2. O Barroco desenvolveu-se no Brasil durante o século XVIII e perdurou ainda no início do século XIX. Nessa época, na Europa, os artistas há muito tinham abandonado esse estilo, e a arte voltava-se novamente para os modelos clássicos.

  3. Barroco: significa uma “pérola de formato irregular e aspecto estranho”. O Barroco é uma arte exagerada, sua arquitetura possui aparência triunfal; é uma arte apelativa, cheia de emoção, com mártires ensangüentados, com olhos que contemplam o paraíso, que inspiram piedade, etc. O Barroco foi uma arte para convencer, para manter a fé católica e também para divulgá-la a outros povos.

  4. Como se caracteriza a arte barroca: • Revela profunda emoção • Dá ilusão de movimento • Focaliza tema religioso • Excede em ornamentos • Contrastes fortes entre luz e sombra • Apresenta muitas curvas e dobras

  5. Características gerais do Rococó (desdobramento do barroco): • Uso abundante de formas curvas e pela profusão de elementos decorativos, tais como conchas, laços e flores. • Possui leveza, caráter intimista, elegância, alegria, bizarro, frivolidade e exuberante.

  6. O Barroco brasileiro é claramente associado à religião católica. Por todo o país, são inúmeras as igrejas construídos segundo os princípios desse estilo. Mas há também edifícios civis – como cadeias, câmaras municipais, moradias de pessoas ilustres – e chafarizes que apresentam nítidas características barrocas.

  7. Duas linhas diferentes caracterizam o estilo barroco brasileiro. Nas regiões enriquecidas pelo comércio de açúcar e pela mineração, encontramos igrejas com trabalhos em relevo feito em madeira – as talhas recobertas por finas camadas de ouro. É o caso das construções barrocas de Minas Gerais, Rio de Janeiro, Bahia e Pernambuco.

  8. Interior da Igreja de São Francisco de Assis, Salvador, Bahia.

  9. Interior da Igreja de São Francisco de Assis, Salvador, Bahia.

  10. Interior da Igreja de Nossa Senhora do Pilar, Ouro Preto, Minas Gerais.

  11. Já nas regiões onde não existia nem açúcar nem ouro, a arquitetura teve outra feição. Aí as igrejas apresentam talhas modestas e trabalhos realizados por artistas menos experientes e famosos do que os que viviam nas regiões mais ricas. Altar do Convento de Santo Antônio, João Pessoa, Paraíba.

  12. O Barroco em Salvador, primeira capital do Brasil Encontramos em Salvador igrejas riquíssimas, como a Igreja e o Convento de São Francisco de Assis, que possui o interior todo revestido de talha dourada.

  13. A Igreja de São Francisco, cuja construção teve início em 1708, impressiona pela sua rica decoração interior. O intenso dourado que recobre as colunas, os ornamentos dos altares e as paredesé complementado pelos painéis que decoram o teto da nave central. O espaço interno divide-se em três naves (nave = corpo da Igreja): uma central e duas laterais. Todas elas são guarnecidas por grande número de trabalhos com motivos florais e arabescos dourados, anjos e atlantes (atlante = coluna antropomorfa). Na fachada, o frontão de linhas curvas é o elemento barroco mais caracterizador da parte externa da igreja.

  14. Já a fachada da Igreja da Ordem Terceira de São Francisco, considerada por alguns pesquisadores como um projeto de Gabriel Ribeiro, mostra um trabalho caprichoso de escultura decorando a arquitetura. As figuras de santos, anjos, atlantes e motivos florais esculpidos em pedra, juntamente com os balcões que revelam certa influência do barroco espanhol, fazem desta obra a única no gênero no Brasil.

  15. Fachada da Igreja da Ordem Terceira de São Francisco de Assis de Salvador.

  16. No século XVIII, Recife conheceu um grande crescimento econômico, pois foi sede, a partir de 1759, da Companhia Comercial de Pernambuco e Paraíba, empresa que promoveu a produção e a comercialização do açúcar, tabaco algodão e da madeira de lei. O crescimento econômico fez de Recife um importante centro de negócios e provocou o desenvolvimento da cidade. São dessa época as construções barrocas mais cuidadas, que ainda hoje testemunham o período de riqueza da capital pernambucana.

  17. Fachada da Igreja de São Pedro dos Clérigos , em Recife.

  18. Interior da Igreja de São Pedro dos Clérigos, em Recife.

  19. Pintura do teto da Igreja de São Pedro dos Clérigos, em Recife, feita por João de Deus Sepúlveda, entre 1764 e 1768.

  20. Capela Dourada do Convento de São Francisco. Recife, PE. O dourado intenso nos leva a outras considerações, como a de envolvimento total e quase asfixiante do poder divino sobre o humano.

  21. A partir do século XVIII, com os trabalhos de extração do ouro em Minas Gerais, o Rio de Janeiro acaba se transformando, por causa de seu porto, no centro de intercâmbio comercial entre a região da mineração e Portugal. O Rio de Janeiro transformou-se na capital do Brasil em 1763. No século XVIII, construiu-se o Aqueduto da Carioca, construção famosa até hoje por sus ordens de arcos superpostos.

  22. Outra construção importante dessa época é a Igreja de Nossa Senhora da Glória do Outeiro. Constitui uma das primeiras plantas de igreja barroca brasileira com nave poligonal. A primeira planta, à esquerda, é da Igreja de Nossa Senhora da Glória do Outeiro, no Rio de Janeiro.

  23. Igreja de Nossa Senhora da Glória do Outeiro (cerca de 1720), Rio de Janeiro. Projeto de José Cardoso Ramalho.

  24. Interior da Igreja da Ordem Terceira de São Francisco da Penitência, Rio de Janeiro.

  25. São Mateus (cerca de 1800), de Mestre Valentim (1745-1813). Esta peça esculpida em madeira para a igreja de Santa Cruz dos Militares, no Rio de Janeiro, encontra-se hoje no Museu Histórico Nacional.

  26. Dentre as construções barrocas da cidade de São Paulo, podemos destacar o conjunto formado pela Igreja e o Convento da Ordem Terceira de São Francisco da Penitência e a Igreja e o Convento de Nossa Senhora da Luz. Essas construções revelam o aspecto sóbrio e modesto do barroco paulista. Vista parcial do Convento de Nossa Senhora da Luz, em São Paulo. A construção desse convento, iniciada aproximadamente em 1600, só terminou por volta de 1770.

  27. A partir de 1970, numa das partes do prédio do Convento de Nossa Senhora da Luz que dá para um pátio interno quadrangular, foi instalado o Museu da Arte Sacra de São Paulo. Esse museu reúne um conjunto de peças da maior importância, pois aí se encontra o que restou das imagens, talhas de altares, castiçais, cálices, candelabros e tudo o mais que se achava em igrejas de várias regiões do país, mas principalmente nas igrejas paulistas que o tempo cuidou de destruir.

  28. Museu da Arte Sacra, São Paulo.

  29. Na realidade, as imagens representativas do Barroco paulista são muito simples. Em virtude da pobreza da cidade, nenhum grande artista dirigia-se para essa região. Por isso, as imagens são rústicas, primitivas.

  30. Teto da capela-mor da Igreja do Carmo, em Itu-SP. Pintura de frei Jenuíno Monte Carmelo. Frei Jenuíno não dominava os recursos mais equilibrados da pintura, sobretudo da composição em perspectiva. Ele foi autodidata; aprendeu a pintar por conta própria; daí a ingenuidade e simplicidade de sua pintura.

  31. Barroco mineiro: o surgimento de uma arquitetura brasileira A evolução da arquitetura mineira não foi rápida. A princípio, tentou-se utilizar como técnica construtiva a taipa de pilão, um processo tipicamente paulista. Mas não deu certo, devido ao terreno duro e pedregoso, pouco favorável ao fornecimento de terras argilosas. Depois, paulistas e portugueses tentaram outros processos, até chegarem às construções com muros de pedra.

  32. No entanto, as construções de pedra foram surgindo lentamente. Enquanto isso, o que se usava mesmo era a taipa de pilão, que não permitia aos construtores projetarem espaços muito complexos. Assim, as construções constituíam-se de paredes paralelas, que criavam interiores retangulares, com muros lisos, sem as sinuosidades tão comuns ao estilo barroco.

  33. A Igreja de Nossa Senhora do Pilar de Ouro Preto, por exemplo, ainda foi construída em taipa. Por esse motivo, para que pudesse receber de modo mais adequado sua rica decoração, foi necessário remodelar seu espaço interior. Assim, o artista português Francisco Antônio Pombal, em 1736, revestiu internamente as velhas paredes da igreja, de tal maneira que estabeleceu uma planta poligonal. Sobre esse projeto, entalhadores, escultores, pintores e douradores criaram um dos interiores de igreja mais ricos do Brasil.

  34. Igreja Nossa Senhora do Pilar, Ouro Preto, MG.

  35. O ponto culminante da integração entre arquitetura, escultura, talha e pintura aparece em Minas Gerais, sem dúvida, a partir dos trabalhos de Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho(1730-1814). Antônio Francisco Lisboa nasce escravo e filho natural do arquiteto e mestre-de-obras português Manoel Francisco Lisboa com a escrava Isabel. Sua formação artística dá-se precocemente nas oficinas locais. Aprende com o pai o risco arquitetônico e as técnicas de marcenaria e carpintaria. Por volta de 40 anos de idade, começa a desenvolver uma doença degenerativa nas articulações. Não se sabe exatamente qual foi a doença, mas provavelmente pode ter sido hanseníase ou alguma doença reumática. Aos poucos, foi perdendo os movimentos dos pés e mãos. Pedia a um ajudante para amarrar as ferramentas em seus punhos para poder esculpir e entalhar.

  36. Seu projeto para a Igreja de São Francisco, em Ouro Preto, por exemplo, bem como a sua realização, expressam uma obra de arte plena e perfeita. Desde a portada, com um belíssimo trabalho de medalhões, anjos e fitas esculpidos em pedra-sabão, o visitante já tem certeza de que está diante de um artista completo.

  37. Detalhe – medalhão – Igreja de São Francisco, Ouro Preto, MG.

  38. Ao contemplar a talha dos altares e a surpreendente decoração do teto da capela-mor e do arco cruzeiro, o observador reconhece um estilo barroco com características próprias. Trata-se de um ambiente leve, no qual paredes brancas fazem fundo para esculturas repletas de linhas curvas, motivas florais, anjos e santos.

  39. É ainda na igreja de São Francisco, em Ouro Preto, que entramos em contato com um dos maiores pintores do barroco mineiro: Manuel da Costa Ataíde. Pintou o teto da referida Igreja. Uma extraordinária perspectiva criada por colunas que parecem avançar para o alto sugere que o teto se abre para o céu, onde Maria, representada por uma mulher morena, com traços bem brasileiros, acolhe os fiéis em sua glória, cercada de anjos. Os tons vermelhos usados pelo pintor dão á cena uma graça e vivacidade que o austero barroco europeu não chegou a conhecer.

  40. Pintura do teto da Igreja de São Francisco de Assis, em Ouro Preto, feita por Manuel da Costa Ataíde.

  41. Congonhas do Campo: o Santuário de Bom Jesus de Matosinhos

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