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ANESTESIA PEDIÁTRICA. Dr. Píndaro V. Zerbinatti CET – Casa de Saúde Campinas. 1 ª aula. ESPECIALIDADE ANESTESIA PEDIÁTRICA. TEVE INÍCIO NOS ANOS 50 DO SÉCULO XX, NA INGLATERRA E ESTADOS UNIDOS.
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ANESTESIA PEDIÁTRICA Dr. Píndaro V. Zerbinatti CET – Casa de Saúde Campinas 1ª aula
ESPECIALIDADE ANESTESIA PEDIÁTRICA TEVE INÍCIO NOS ANOS 50 DO SÉCULO XX, NA INGLATERRA E ESTADOS UNIDOS MORTALIDADE RELACIONADA À ANESTESIA EM PACIENTES PEDIÁTRICOS Mortalidade/10.000 anestesias 1950 (DADOS PUBLICADOS NOS ÚLTIMOS 50 ANOS, ADAPTADOS DE MORRAY, 2002)
AVALIAÇÃO ATUAL DA QUALIDADE DO PROCEDIMENTO ANESTÉSICO EFEITOS ADVERSOS DE MENOR PORTE DOR CONTROLE NÁUSEAS e VÔMITOS DISTÚRBIOS DE COMPORTAMENTO NO P.O. COMPLICAÇÕES RESPIRATÓRIAS DE < PORTE
FATORES DETERMINANTES DA EVOLUÇÃO DA ANESTESIA PEDIÁTRICA A PARTIR DE 1950 INTRODUÇÃO DO HALOTANO CRESCENTE NÚMERO DE PUBLICAÇÕES – ROBERT SMITH, 1959 ESTRUTURAÇÃO DE DIVERSOS CET DE ANESTESIA PEDIÁTRICA PELO MUNDO MELHOR CONHECIMENTO DAS PARTICULARIDADES ANATÔMICAS FISIOLÓGICAS FARMACOLÓGICAS INTRODUÇÃO DE MONITORES: CARDIOSCÓPIO, OXÍMETRO DE PULSO, CAPNÓGRAFO...
IDADE PEDIÁTRICA NASCIMENTO DOZE ANOS DE VIDA NEONATO: PRIMEIRO MÊS DE VIDA LACTENTE: PRIMEIRO ANO DE VIDA CRIANÇA: PRIMEIROS 12 ANOS DE VIDA
PROPORÇÕES DO NEONATO EM RELAÇÃO AO ADULTO ALTURA 1/3,3 SUPERFÍCIE CORPORAL 1/9 PESO 1/21
DIFERENÇAS ANATÔMICAS PROPORCIONAIS NEONATO ADULTO X CABEÇA MUITO GRANDE E PESCOÇO CURTO ABDOME VOLUMOSO TORAX PEQUENO/COSTELAS HORIZONTALIZADAS MÚSCULOS POUCO DESENVOLVIDOS GORDURA ESCASSA ( GORDURA MARRON ) ÁREA DA SUPERFÍCIE CORPORAL É 3 x MAIOR
COMPOSIÇÃO CORPORAL DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA CORPORAL, GORDURA E MÚSCULOS VERSUS IDADE
SISTEMA CARDIOCIRCULATÓRIO CIRCULAÇÃO FETAL DUCTO ARTERIOSO FORAME OVAL
SISTEMA CARDIOCIRCULATÓRIO ALTERAÇÕES PERINATAIS NA HEMODINÂMICA PULMONAR PRESSÃO ARTERIAL PULMONAR MÉDIA mmHg NASCIMENTO FLUXO SANGUÍNEO PULMONAR ml/min/Kg NASCIMENTO RESISTÊNCIA VASCULAR PULMONAR mmHg/mL/min/Kg NASCIMENTO ALTERAÇÕES
SISTEMA CARDIOCIRCULATÓRIO CIRCULAÇÃO FETAL PERSISTENTE EVENTOS ASSOCIADOS ASPIRAÇÃO PULMONAR DE MECÔNIO DURANTE O NASCIMENTO HIPOPLASIA PULMONAR ( EX. HERNIA DIAFRAGMÁTICA ) INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA DO R.N. ( < SURFACTANTES )
REVERÇÃO AO PADRÃO DA CIRCULAÇÃO FETAL APÓS O NASCIMENTO HIPÓXIA AUMENTO DA RESISTÊNCIA VASCULAR PULMONAR HIPERCAPNIA ACIDOSE HIPOTERMIA AUMENTO DO DESVIO D-E PODE OCORRER DURANTE A ANESTESIA e PODE PERSISTIR POR ALGUNS DIAS
SISTEMA CARDIOCIRCULATÓRIO SHUNT D-E • SHUNT D-E FIOLÓGICO DO ADULTO: 7% • SHUNT D-E FISIOLÓGICO DO R.N.: 20% • SHUNT D-E C. FETAL PERSISTENTE: 70-80%
NEONATO METABOLISMO ELEVADO CONSUMO DE O2 É O DOBRO DO ADULTO DÉBITO CARDÍACO É O DOBRO DO ADULTO VENT. ALVEOLAR É O DOBRO DO ADULTO
SISTEMA CARDIOCIRCULATÓRIO NEONATO ADULTO FREQÜÊNCIA CARDÍACA100-180 bpm 60-70 bpm VOLUME SISTÓLICO1,5 mL.Kg¹ 1,5 mL.Kg¹ DÉBITO CARDÍACO200 mL.Kg¹.min¹ 105 mL.Kg¹.min¹
SISTEMA CARDIOCIRCULATÓRIO FREQUÊNCIA CARDÍACA VERSUS IDADE FREQUÊNCIA CARDÍACA-bpm FAIXA ETÁRIA PREMATURO 150 (130-170) RN A TERMO 130 (110-150) 0-1 MÊS 120 (100-180) 1-3 MESES 120 (110-180) 3-12 MESES 150 (100-180) 1-3 ANOS 130 (100-180) 3-5 ANOS 100 (60-150) 5-9 ANOS 100 (60-130) 9-12 ANOS 80 (50-110) 12-16 ANOS 75 (50-100) ANEMIA FISIOLÓGICA DA CRIANÇA
SISTEMA CARDIOCIRCULATÓRIO PRESSÃO ARTERIAL VERSUS IDADE FAIXA ETÁRIA P.A. SISTÓLICA/DIASTÓLICA (mmHg) PREMATURO 40-60 (SISTÓLICA) RN A TERMO 75/50 1-6 MESES 80/50 6-12 MESES 90/65 12-24 MESES 95/65 2-6 ANOS 100/60 6-12 ANOS 110/65 12-16 ANOS 110/65 16-18 ANOS 120/65 ADULTO 125/75
VALORES HEMATOLÓGICOS NEONATO ADULTO VOLEMIA 80-85 mL.Kg¹60 mL.Kg¹ HEMOGLOBINA 20 g.dL.¹ 15 g.dL¹ HEMATÓCRITO 54% 45%
HEMOGLOBINA FETAL - HgF HgF: 70% A 80% TAXA BAIXA DE 2,3 DPG GRANDE AFINIDADE PELO O2 LIBERA POUCO O2 AOS TECIDOS CURVA DE DISSOCIAÇÃO DA Hg DESVIADA PARA A ESQUERDA ATÉ O 3º AO 4º MES É PELA HgA SUBSTITUIDA
CURVAS DE DISSOCIAÇÃO DA OXIHEMOGLOBINA A A - neonato NEONATO B B - adulto C C - lactente LACTENTE ADULTO 40
SISTEMA RESPIRATÓRIO PECULARIEDADES DAS VIAS AÉREAS SUPERIORES NO RN
LACTENTE ADULTO = > <
NEONATO METABOLISMO ELEVADO CONSUMO DE O2 É O DOBRO DO ADULTO DÉBITO CARDÍACO É O DOBRO DO ADULTO VENT. ALVEOLAR É O DOBRO DO ADULTO
SISTEMA RESPIRATÓRIO VENTILAÇÃO ALVEOLAR CAPACIDADE RESIDUAL FUNCIONAL > NEONATO: VA/CRF = 150 mL.Kg-¹.min-¹ / 30 mL.Kg-¹ = 5 ADULTO: VA/CRF = 60 mL.Kg-¹.min-¹ / 30 mL.Kg-¹ = 2 VA/CRF É 2,5 > NEONATO EM RELAÇÃO AO ADULTO MENOR RESERVA RESPIRATÓRIA
NEONATOS E LACTENTES MAIOR TENDÊNCIA À ATELECTASIA QUE ADULTOS
SISTEMA RESPIRATÓRIO CAPACIDADE RESIDUAL FUNCIONAL CRF É DETERMINADA PELO EQUILÍBRIO ENTRE: EXPANÇÃO DO TÓRAX RETRAÇÃO INTERNA DO PULMÃO AS DUAS FORÇAS OPOSTAS GERAM UMA PRESSÃO INTRAPLEURAL NEGATIVA CRIANÇAS MAIORES E ADULTOS É APROXIMADAMENTE -5 cmH2O NEONATOS E LACTENTES É ZERO OU POUCO ABAIXO DE ZERO
SISTEMA RESPIRATÓRIO RN e LACTENTES PULMÃO PROPORÇÃO DE FIBRAS ELÁSTICAS < TORAX QUANTIDADE DE TECIDO CARTILAGINOSO > BAIXA PRESSÃO DE RECOLHIMENTO ELÁSTICODO PULMÃO E PRINCIPALMENTE DA CAIXA TORÁCICA A PRESSÃO NEGATIVA INTRAPLEURAL É INSATISFATÓRIA E OCORRE FECHAMENTO PRECOCE DAS VIAS AÉREAS DISTAIS DURANTE A VENTILAÇÃO NORMAL CAPACIDADE DE OCLUSÃO CAPACIDADE RESIDUAL FUNCIONAL > A CORREÇÃO É FEITA APLICANDO-SE VCM + PEEP
SISTEMA RESPIRATÓRIO CAPACIDADE DE OCLUSÃO CPT MMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMM CO LACTENTE CRF CO ADULTO PPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPP RN e LACTENTE CAPACIDADE DE OCLUSÃO > CAPACIDADE RESIDUAL FUNCIONAL
SISTEMA RESPIRATÓRIO O TONUS DA MUSCULATURA INTERCOSTAL TEM PAPEL FUNDAMENTAL NA MANUTENÇÃO DA CAPACIDADE RESIDUAL FUNCIONAL-CRF A ANESTESIA REDUZ O TONUS DA MUSCULATURA INTERCOSTAL, DIMINUINDO A CRF, LEVANDO AO APARECIMENTO DE ÁREAS DE ATELECTASIA PULMONAR NAS REGIÕES DEPENDENTES A CORREÇÃO É FEITA APLICANDO-SE: VCM + PEEP
5 min após indução 5 min após PEEP
SISTEMA RESPIRATÓRIO FENÔMENO DE AUTO-PEEP FECHAMENTO PARCIAL DA GLOTE NO FINAL DA EXPIRAÇÃO, PRODUZINDO UM FREIO FISIOLÓGICO EXPIRATÓRIO LARÍNGEO ANESTESIA ABOLE ESTE MECANISMO ATELECTASIA DE ABSORÇÃO DO GÁS ALVEOLAR CORREÇÃO: VCM + PEEP
SISTEMA RESPIRATÓRIO FIBRAS MUSCULARES DO TIPO I RESISTÊNCIA AO ESFORÇO REPETIDO > PROPORÇÃO DE FIBRAS MUSCULARES TIPO I X IDADE APLICAR: VCM + PEEP
NEONATOS E LACTENTES FATORES DETERMINANTES PARA APLICAÇÃO ANESTESIA GERAL VCM + PEEP CAPACIDADE DE OCLUSÃO CAPACIDADE RESIDUAL FUNCIONAL > REDUÇÃO DO TONUS DA MUSCULATURA INTERCOSTAL: CRF FENÔMENO DE AUTO-PEEP É ABOLIDO PELA ANESTESIA: CRF FIBRAS MUSCULARES DO TIPO I ESTÃO EM MENOR PROPORÇÃO
NEONATOS E LACTENTES ANESTESIA GERAL VCM + PEEP OBRIGATÓRIA FECHAMENTO DAS VIAS AÉREAS PREVINIR REDUÇÕES NA CRF ÁREAS DE ATELECTASIA
SISTEMA NERVOSO CENTRAL DESENVOLVIMENTO NEURONAL COMPLETA-SE APÓS 1 ANO DE VIDA PROCESSO DE MIELINIZAÇÃO COMPLETA-SE APÓS 3 ANOS DE VIDA
SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO SISTEMA PARASSIMPÁTICO TOTALMENTE FUNCIONANTE AO NASCIMENTO SISTEMA SIMPÁTICO TOTALMENTE FUNCIONANTE DOS 4 A 6 MESES DE IDADE
RELAÇÃO MEDULA ESPINHAL / COLUNA VERTEBRAL L3 NASCIMENTO: L1 1 ANO DE VIDA: ( IGUAL AO ADULTO )
L3 L1 POSIÇÃO DA PORÇÃO INFERIOR DA MEDULA ESPINHAL E DO SACO DURAL EM RELAÇÃO À COLUNA VERTEBRAL EM VÁRIOS ESTÁGIOS DO DESENVOLVIMENTO
FUNÇÃO RENAL ATÉ 15 DIAS DE VIDA NÃO CONSEGUEM MANIPULAR SOBRECARGAS DE VOLUME E SÓDIO APÓS 15 DIAS DE VIDA CONSEGUEM MANIPULAR SOBRECARGAS DE VOLUME E SÓDIO, PORÉM, MAIS LENTAMENTE QUE O ADULTO APÓS 6 MESES DE VIDA FUNÇÃO RENAL SEMELHANTE AO ADULTO APÓS 2 ANOS DE VIDA FUNÇÃO RENAL COMPLETA
FUNÇÃO HEPÁTICA METABOLISMO COMPARAÇÃO COM O ADULTO ATÉ O SEGUNDO MÊS É MENOR t½β DOS ANESTÉSICOS É MAIOR LACTENTE (+2 MESES) É MAIOR t½β DOS ANESTÉSICOS É MENOR
ANESTESIA PEDIÁTRICA Dr. Píndaro V. Zerbinatti CET – Casa de Saúde Campinas 2ª aula
TEMPERATURA CORPORAL DA CRIANÇA
A CRIANÇA É HOMEOTÉRMICA RECEPTORES PERIFÉRICOS TERMORREGULAÇÃO INTEGRAÇÃO HIPOTALÂMICA RECEPTORES CENTRAIS
MAIOR NEONATOS E LACTENTES PERDA DE CALOR é ÁREA DA SUPERFÍCIE CORPORAL É 3 x MAIOR CAPACIDADE ISOLANTE DO T. SUBCUTÂNEO É 50% < IMATURIDADE DOS CENTROS TERMOREGULADORES AUSÊNCIA DE TREMOR ATÉ OS 3 MESES DE IDADE