1 / 32

EPIDEMIOLOGIA E VIGILÂNCIA EM SAÚDE

EPIDEMIOLOGIA E VIGILÂNCIA EM SAÚDE. EPIDEMIOLOGIA E VIGILÂNCIA EM SAÚDE. Alberto Novaes Ramos Jr. Jaqueline Caracas Barbosa Lígia Regina Sansigolo Kerr Pontes Ricardo José Soares Pontes Departamento de Saúde Comunitária Universidade Federal do Ceará. PERSPECTIVA HISTÓRICA.

foy
Télécharger la présentation

EPIDEMIOLOGIA E VIGILÂNCIA EM SAÚDE

An Image/Link below is provided (as is) to download presentation Download Policy: Content on the Website is provided to you AS IS for your information and personal use and may not be sold / licensed / shared on other websites without getting consent from its author. Content is provided to you AS IS for your information and personal use only. Download presentation by click this link. While downloading, if for some reason you are not able to download a presentation, the publisher may have deleted the file from their server. During download, if you can't get a presentation, the file might be deleted by the publisher.

E N D

Presentation Transcript


  1. EPIDEMIOLOGIA E VIGILÂNCIA EM SAÚDE

  2. EPIDEMIOLOGIA E VIGILÂNCIA EM SAÚDE Alberto Novaes Ramos Jr. Jaqueline Caracas Barbosa Lígia Regina Sansigolo Kerr Pontes Ricardo José Soares Pontes Departamento de Saúde Comunitária Universidade Federal do Ceará

  3. PERSPECTIVA HISTÓRICA  - recomendações sanitárias – tempos de Maomé; - século XVII – coleta e acompanhamento sistemático de dados vitais para o controle de doenças e proteção da saúde; - final século XIX – serviços de saúde pública incluindo o Brasil; - primeira metade do século XX (1946) – Comunicable Diseases Center EUA; 1965 – Karel Raska – incorporação do termo vigilância epidemiológica OMS cria a Unidade de Vigilância Epidemiológica na Divisão de Doenças Transmissíveis VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA COMO FERRAMENTA DA SAÚDE PÚBLICA

  4. VIGILÂNCIA "Vigilância é a observação contínua da distribuição e tendências da incidência de doenças mediante a coleta sistemática, consolidação e avaliação de informes de morbidade e mortalidade, assim como de outros dados relevantes, e a regular disseminação dessas informações a todos os que necessitam conhecê-la“. Alexander D. Langmuir (1963)

  5. VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA “As atividades de vigilância possibilitam o reconhecimento e a análise do processo saúde-doença sendo fundamentais para o planejamento, o desencadeamento e a avaliação dos impactos das medidas destinadas a interromper a ocorrência dos agravos. As informações geradas e interpretadas de modo contínuo, permitem identificar o comportamento epidemiológico das doenças fornecendo o arcabouço científico para subsidiar a tomada de decisões.” (Raska 1966/1971)

  6. VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA X VIGILÃNCIA EM SAÚDE PÚBLICA

  7. A VIGILÂNCIA DE UM ESPECÍFICO EVENTO ADVERSO À SAÚDE É COMPOSTA, AO MENOS, POR DOIS SUBSISTEMAS:

  8. INTRODUÇÃO À VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA

  9. Qual(is) o(s) significado(s)?

  10. VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA NO BRASIL • No Brasil, a ação de vigilância epidemiológica foi estabelecida pela Lei no 6.259/75, (regulamentada pelo Decreto no 78.231/76). • Instituiu-se o Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica (SNVE), como sendo o: • “conjunto de informações, investigações e levantamentos necessários à programação e à avaliação das medidas de controle de doenças e agravos à saúde.” • Informações básicas para o funcionamento do SNVE: • I – notificações compulsórias de doenças; • II – declarações e atestados de óbitos; • III – resultados de estudos epidemiológicos pelas autoridades sanitárias; • IV – notificações de quadros mórbidos inusitados e das demais doenças que, pela ocorrência de casos julgada anormal, sejam de interesse para a tomada de medidas de caráter coletivo.

  11. VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA NO BRASIL Com a Lei n. 8080, ou Lei Orgânica da Saúde, amplia-se esse conceito, definindo a vigilância epidemiológica como: “um conjunto de ações que proporcionam o conhecimento, a detecção ou a prevenção de qualquer mudança nos fatores determinantes e condicionantes de saúde individual ou coletiva, com a finalidade de recomendar e adotar as medidas de prevenção e controle das doenças e agravos” (§ 2 do art. 6). Estabelece no seu art. 7o, VII, entre os princípios do Sistema Único de Saúde (SUS): “a utilização da epidemiologia para o estabelecimento de prioridades, a alocação de recursos e orientação programática.” Esta Lei inclui ainda, entre as atribuições do SUS as de execução de ações de vigilância sanitária,

  12. Todas essas definições são perpassadas pelos princípios estabelecidos para o SUS, onde ocupa lugar de destaque a descentralização político-administrativa, com direção única em cada esfera de governo, com ênfase na descentralização dos serviços para os municípios (art. 6, IX).

  13. FUNÇÕES DA VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA: • Coleta de dados; • Processamento de dados coletados; • Analise e interpretação dos dados processados; • Recomendação das medidas de controle apropriadas; • Promoção das ações de controle indicadas; • Avaliação da eficácia e efetividade das medidas adotadas; • Divulgação de informações pertinentes.

  14. ATIVIDADES DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA Obtenção de dados - tipos de dados - fontes de dados - fluxo de informação Investigação Epidemiológica Processamento, análise e interpretação Decisão-ação – recomendação, promoção e avaliação da eficácia e da efetividade das medidas de controle Retroalimentação – divulgação das informações

  15. Atividades de Vigilância Epidemiológica Obtenção de Dados etapa fundamental dados primários ou básicos informatização x qualidade busca ativa dos casos

  16. Atividades de Vigilância Epidemiológica Tipos e Fontes de Dados POPULAÇÃO:Censo Demográfico – IBGE SINASC - Sistema de Informação sobre Nascidos Vivos PNAD- Pesquisa Nacional de Amostra de Domicílios – IBGE MORBIDADE:SINAN - Sistema de Informação Nacional de Agravos de Notificação SIH-SUS - Sistema de Informação Hospitalar do SUS SIA-SUS - Sistema de Informação Ambulatorial do SUS Registros de câncer Acidentes de Trabalho - Base de dados das CAT (Comunicação de acidente de trabalho) - Ministério da Previdência Social. HIPERDIA – Sistema de Informação de Hipertensão e Diabete Busca ativa de informações Laboratórios Indústrias de medicamentos Imprensa e Comunidade

  17.  TIPOS E FONTES DE DADOS MORTALIDADE:SIM - Sistema de Informação sobre MortalidadeASSISTÊNCIA À SAÚDE:Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunizações (PNI)Sistema de Vigilância Nutricional (SISVAN)AMS - Pesquisa de Assistência Médico-Sanitária - IBGE ÁREAS E SITUAÇÕES DE RISCOSaneamento, abastecimento, qualidade da água, qualidade e distribuição de sangue, uso de agentes tóxicos ambientais, comportamentos de risco

  18. ALGUNS SITES IMPORTANTES PARA DADOS DE SAÚDE:IBGE www.ibge.gov.br Ministério da Saúde www.saude.gov.br SUS: www.datasus.gov.br/FUNASAwww.funasa.gov.br/Instituto Nacional do Câncer www.inca.org.br WHO (Organização Mundial da Saúde) www.who.int/ Center for Diseases Control www.cdc.gov/ Organização Panamericana de Saúde www.paho.org UNICEF www.unicef.org AIDS www.aids.gov.br

  19. FLUXO DA INFORMAÇÃO (exemplo da aids) NÍVEL LOCAL (UBS, CENTROS DE REFERÊNCIA, HOSPITAIS ETC) Consolidar, analisar e divulgar os dados  VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA MUNICIPAL SECRETARIAS MUNICIPAIS DE SAÚDE Consolidar, analisar e divulgar os dados  VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA REGIONAL DIRETORIAS REGIONAIS DE SAÚDE Consolidar, analisar e divulgar os dados  VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA ESTADUAL PROGRAMA ESTADUAL DST/AIDS Consolidar, analisar e divulgar os dados  VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA NACIONAL CENEPI - COORDENAÇÃO NACIONAL DST/AIDS MINISTÉRIO DA SAÚDE Consolidar, analisar e divulgar os dados

  20. PROCESSO DE SELEÇÃO DE AGRAVOS À SAÚDE: DOENÇAS DE NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA (PORTARIA No 1943 DE 2001)

  21. Doenças de Notificação Compulsória Portaria 1943 de 2001

  22. Notificação:É a comunicação da ocorrência de determinada doença ou agravo, feita a autoridade sanitária por profissionais de saúde ou qualquer cidadão, para fins de adoção de medidas de intervenção pertinentes. Investigação: É um trabalho de campo, realizado a partir de casos notificados (clinicamente declarados ou suspeitos) e seus contatos, que tem como objetivos identificar: 1) fonte e modo de transmissão; 2) grupos expostos a maior risco; 3) fatores determinantes; 4) confirmar diagnostico e 5) determinar as principais características epidemiológicas. O seu propósito final é orientar medidas de controle para impedir a ocorrência de novos casos.

  23. Principais legislações relativas à notificação dos casos Leis, decretos e portarias: Lei nº 6259, de 30 de outubro de 1975 - Dispõe sobre o Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica e regula ações de VE (Decreto 78231 de 12/08/76 a regulamenta). Em seu Título III - da Notificação Compulsória de Doenças - Art. 8 º - dispõe: “É dever de todo cidadão comunicar à autoridade sanitária local a ocorrência de fato comprovado ou presumível, de caso de doença transmissível, sendo obrigatória a médicos e outros profissionais de saúde no exercício da profissão, bem como responsáveis por organizações e estabelecimentos públicos e privados de saúde e ensino, a notificação de casos suspeitos ou confirmados das doenças relacionadas em conformidade com o artigo 7º.”

  24. Principais legislações relativas à notificação dos casos Leis, decretos e portarias: Código de Ética Médica – 1996 – nos seus artigos 1; 14; 44; 102; 107 e 108 dispõe sobre a obrigatoriedade de sigilo médico e da possibilidade de quebra desse sigilo nas situações em que se deve proteger a saúde e mesmo a vida de outras pessoas (tendo aqui em vista o conceito de legítima defesa) e quando houver obrigatoriedade de notificação do caso (observe-se que nesta última situação há obrigatoriedade de sigilo para os profissionais que trabalham com dados de notificação).  

  25. Principais legislações relativas à notificação dos casos Leis, decretos e portarias:Código de Ética Médica - Resolução CFM nº 1246/88 - enuncia os princípios éticos dos médicos para o Mercosul - pag94 - item 9 - Os médicos devem respeitar a legislação do País onde exercem a profissão, devendo colaborar com as autoridades sanitárias e assumir parcela de responsabilidade em relação à saúde pública, à educação sanitária e à legislação referente à saúde.Código Penal Brasileiro - Capítulo III - Dos crimes contra a saúde pública - Art. 269 - omissão de notificação de doença - Deixar o médico de denunciar à autoridade pública doença cuja notificação é compulsória: Pena - detenção, de 6 meses a 2 anos, e multa.

  26. Atividades de Vigilância Epidemiológica • CONTINUAÇÃO... • Investigação Epidemiológica (fundamento) • Processamento, análise e interpretação dos dados • Decisão-ação – recomendação, promoção e avaliação da eficácia e da efetividade das medidas de controle • Retroalimentação – divulgação das informações

  27. RESPOSTAS E DESAFIOS DIMENSÃO POLÍTICO-INSTITUCIONAL • Descentralização das ações de epidemiologia no SUS: • Definição de atribuições; • Financiamento contínuo; • Implementação da infra-estrutura (Projeto VIGISUS);

  28. APESAR DOS AVANÇOS NA LEGISLAÇÃO, TORNOU-SE CLARO QUE AS INSTITUIÇÕES NÃO CONSEGUIRAM ESTABELECER UM GRAU DE ORGANIZAÇÃO CAPAZ DE IMPLEMENTAR A VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DE FORMA PLENA

  29. Tomando como parâmetro as áreas responsáveis por essa vigilância no âmbito das SES e SMS e do MS (FUNASA e CENEPI) identificaram como principais fatores que dificultaram esse processo: • Restrição da abrangência de ação às doenças transmissíveis; • Orientação dos processos de trabalho numa ótica mais clínica que epidemiológica; • Segmentação da área, associada a uma concepção de “programa”; • Perda da noção da importância de cada etapa da vigilância (notificação, sistemas de informação, análise de dados, investigação, divulgação); • Desestruturação da rede básica de serviços; • Ausência de indicativos sobre as atribuições de cada esfera de governo; • Inadequação das estruturas organizacionais, do instrumental de trabalho e dos recursos humanos disponíveis.

  30. “A BOA VIGILÂNCIA NÃO NECESSARIAMENTE GARANTE A TOMADA DE DECISÕES CORRETAS, MAS REDUZ A CHANCE DE TOMARMOS DECISÕES ERRADAS” Alexander D. LangmuirNew England Journal of Medicine; 1963; 268: 182-191

More Related