1 / 42

CASO 1

CASO 1. Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto – FAMERP Departamento de Doenças Dermatológicas, Infecciosas e Parasitárias Disciplina de Doenças Infecciosas e Parasitárias 4ª série médica 2010. MBA, 16 anos, branco, masculino, natural e procedente de São José do Rio Preto.

sade-snyder
Télécharger la présentation

CASO 1

An Image/Link below is provided (as is) to download presentation Download Policy: Content on the Website is provided to you AS IS for your information and personal use and may not be sold / licensed / shared on other websites without getting consent from its author. Content is provided to you AS IS for your information and personal use only. Download presentation by click this link. While downloading, if for some reason you are not able to download a presentation, the publisher may have deleted the file from their server. During download, if you can't get a presentation, the file might be deleted by the publisher.

E N D

Presentation Transcript


  1. CASO 1 Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto – FAMERP Departamento de Doenças Dermatológicas, Infecciosas e Parasitárias Disciplina de Doenças Infecciosas e Parasitárias 4ª série médica 2010

  2. MBA, 16 anos, branco, masculino, natural e procedente de São José do Rio Preto. • QD – Febre e cefaléia há 3 dias. • HPMA – A mãe refere que o paciente sempre teve boa saúde, quando há 3 dias começou com febre, já desde o início alta (39º C), acompanhada de cefaléia holocraneana de forte intensidade, fotofobia, náuseas, vômitos e muita dor no corpo.

  3. Fez uso de antitérmicos comuns com melhora dos sintomas, porém, logo retornando com a mesma intensidade. Há 1 dia, o paciente permanece somente acamado, reclamando do intenso mal estar geral, da cefaléia e com vômitos importantes, principalmente ao ingerir qualquer tipo de alimento. A mãe refere também, aparecimento de pequenas “manchinhas” no corpo e membros inferiores, avermelhada, sem prurido. Com esse quadro procurou o HB.

  4. HSF - Reside zona urbana. Pais e dois irmãos menores com boa saúde. Refere que tem “mosquito da dengue” na sua casa e vizinhança. • I.C. – Nega outros sintomas. • HPP – Apendicectomizado há 2 anos Catapora há 6 anos. Dengue há 3 anos. (junto com toda a família)

  5. EF – REG, anictérico, taquipneico, corado, febril, desidratado ++/4+, consciente e orientado. PA: 90 x 60 P: 100 T: 38,7º C R: 20 • Cabeça e Pescoço: hiperemia toda orofaringe. Presença de algumas lesões petequiais no palato. • Pulmões: limpos • Precordio: RDR, sem sopros, FC: 100

  6. Abdome: sem visceromegalias • Extremidades: sem edema. • Sistema nervoso: Rigidez nuca (?) KernigBrudzinski ausente. • Pele: presença de lesões tipo purpúrico-petequial principalmente MsIs e algumas no abdome. Discussão

  7. HMG: 4.800.000 39 % 13,1 g 17.200 (11.68.1.0.15.5) 214.000 • Lo: Aspecto: Turvo Células: 1.700 Leucocitos (92 % neutrófilos) Glicose: 2 mg Proteína: 116 mg Bacterioscopia: cocos G-, reniformes (≡ meningococo)

  8. Guideline: Conduta na Meningite Bacteriana Aguda* European Journal of Neurology 2008; 15:649-659

  9. Objetivo Guideline • Diagnóstico e tratamento da M.B.A. • O mais rápido possível • Tempo: porta → 1ª dose ATB: ≤ 3 horas • Baseado: clínica e L.C.R. (Obs: Excluído meningite hospitalar, crônica e por T.B.) Fonte: Medline, Embase e Cochrane (inglês)

  10. M.B.A.: - Emergência neurológica - Emergência infecciosa - Emergência antibiótica - “Tempo é cérebro” • Incidência: - 2 – 5 pessoas / 100.000 hab. / ano: mundo ocidental - 10 vezes mais alto: países em desenvolvimento • M.B.A. → Entre 10 causas de morte / relacionadas com infecção 30 – 50% sobreviventes → sequela neurológica

  11. Agente etiológico: presumível - Idade do paciente - Fatores predisponentes - Doença de base - Competência imunológica

  12. Fisiopatologia M.B.A.(Importante para entender “Tempo é Cérebro”: essencial para o sucesso) A) Eventos precoces Fase 3 Quebra barreira hemato-encefálica, migração transendotelial dos leucócitos e desenvolvimento do edema Clínica: queda nível consciência , elevação pressão LCR, aumento proteína LCR, sintomas focais Fase 1 Liberação das citocinas pró-inflamatórias da invasão bacteriana e consequente inflamação do espaço sub-aracnoideo Clínica: febre e cefaléia Fase 2 Encefalopatia subpiamater pelas citocinas e outros mediadores químicos Clínica: meningismo estupor hipoglicorraquia

  13. B) Eventos intermediários - Diminuição fluxo sanguíneo cerebral - Aumento pressão - Vasculite Clínica: Obnubilação Convulsões Sinais e sintomas neurológicos focais (Ex: paralisia nervos cranianos)

  14. C) Eventos tardios - Lesão neuronal Clínica: Paralisias Coma Possibilidade morte

  15. Achados clínicos M.B.A. • Suspeita clínica → depende reconhecimento precoce da síndrome meningitica • Estudo clínico → sensibilidade tríade clássica (febre, rigidez nuca, alteração estado mental) Foi baixa Porém: maioria tinha, no mínimo, 2 dos sintomas: 1) Febre 2) Rigidez nuca 3) Cefaléia 4) Alteração estado mental * New England Journal 2004; 351:1849-1859

  16. Alteração estado mental Variou: sonolência, confusão, estupor e coma. • Crianças: Irritabilidade Recusa alimentar Sintomas mais precoces Vômitos e Convulsão * New England Journal 2004; 351:1849-1859

  17. Diagnóstico diferencial • “Dengue” • Outras meningites / meningo encefalites infecciosas (Viral, TB, Fúngica, Leptospira, Protozoários) • Encefalite viral • Abscesso cerebral • Abscesso epidural na medula cervical • Infecção parameníngea (Osteomielite craniana, Empiema subdural) • Meningite asséptica (LES, Behcet, Sarcoidose) • Meningite química (Terapia intratecal, Hemorragia subaracnoidea)

  18. Conduta • L.C.R. por punção lombar Indispensável: Contraindicado somente por segurança clínica • Maioria: Tratamento após L.C.R. • Uso ATB antes L.C.R. - Suspeita clínica M.B.A. - Paciente necessita de transporte para unidade secundária

  19. Estudo: 119 pacientes com M.B.A. Tempo entre: clínica → 1ª dose ATB > 6 horas: risco morte foi 8,4 vezes maior • Ausência tríade clássica M.B.A. e atraso entre diagnóstico – tratamento Fatores associados Aumento tempo: porta → ATB * QJM 2005;98:291-298

  20. Apesar falta estudos controlados • Tempo além 3 – 6 horas introdução ATB Aumento significativo mortalidade

  21. Contraindicação punção lombar na M.B.A. A) Absoluta - Sinais de ↑ pressão intracraniana (Papiledema, Postura de descerebração) - Infecção pele - Evidência hidrocefalia obstrutiva, edema cerebral, ou herniação (nos exames imagem: C.T. ou RNM)

  22. B) Relativa: (Terapia e / ou investigação dever ser realizada antes da punção lombar) - Sepse ou hipotensão (PS < 100 mmHg ou PD < 60 mmHg) - Distúrbio coagulação (CIVD, plaquetas < 50.000, terapia anticoagulante) - Presença déficit neurológico focal - Gasglow ≤ 8 - Convulsões

  23. Observações 1) C.T. Normal → não indica ausência de risco 2) M.B.A. → Hemoculturas antes ATB 3) Suspeita de pneumo ou hemófilo → Dexametasona antes da ATB 4) Uso ATB empírico: avaliar - Idade do paciente - Sintomas sistêmicos - Padrão local de resistência ATB

  24. Caso suspeito MBA (febre, cefaléia, meningismo) Tem acometimento de pele? “RASH” Suspeita: meningococcemia iniciar rapidamente ATB após colher hemoculturas Transferir para unidade de saúde secundária mais próxima Linha do Tempo: MBA Minuto zero Sim Não 30 minutos

  25. 60 minutos Admissão hospitalar Avaliar: choque, Gasglow, sinais focais Imediatamente: acesso venoso, hemoculturas, etc 90 minutos Punção lombar é clinicamente seguro? Não Sim

  26. Estabilizar paciente Realizar imagem • Encaminhar LCR laboratório • Iniciar ATB empírico • Adicionar Dexa se déficit focal Sim Não T.C. pode ser realizada rapidamente? Sim Não 120 minutos • Iniciar ATB empírico • Dexa se déficit focal • Associar acyclovir se suspeita de encefalite H.S. Ver imagem e realizar punção? Não Não Segurança punção confirmada por neurologista? Sim Sim

  27. Colher LCR se for seguro 3 – 12 horas Rever resultados Confirmar escolha ATB corticoide? 12 – 24 horas 24 – 48 horas Resposta satisfatória à terapia? Não Sim Continua tratamento Reavaliar clínica Imagem e laboratório

  28. Observações 1) ATB empírico: Peni ou Cefalo III (Ceftriaxona ou Cefotaxina) 2) Alergia β-lactâmicos: Vanco (pneumococo) Cloranfenicol (meningococo) 3) Suspeita Listeria: Velhos, imunossupremidos, sinais tromboencefalite Associar: Ampicilina + Ceftriaxona 4) Dexametasona: Terapia adjuvante 5) M.B.A. → emergência médica → UTI

  29. 6) 48 horas após ATB → LCR: estéril 7) Estudos prospectivos → eficácia semelhante Cefalo III ↔ meropenen 8) Duração terapia: - MBA inespecífica: 10 – 14 dias - Pneumocócica : 10 – 14 dias - Meningocócica : 7 dias - Hemófilo : 7 – 14 dias - Listeria : 21 dias - Gram-negativo : 21 – 28 dias

  30. CASO 2 Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto – FAMERP Departamento de Doenças Dermatológicas, Infecciosas e Parasitárias Disciplina de Doenças Infecciosas e Parasitárias 4ª série médica 2010

  31. ATM, 38 anos, branco, masculino, natural de Cedral e procedente de São José do Rio Preto. • Q.D.: Cefaléia há 25 dias. • HPMA: Paciente refere há ± 25 dias, cefaléia de média intensidade, holocraneana, acompanhada de fotofobia e sensação de tontura e náusea.

  32. Fez uso de analgésicos com melhora parcial do quadro. Há 10 dias, notou piora da cefaléia, pouco responsiva aos analgésicos. Procurou UBS, onde foi feito diagnóstico de sinusite e foi prescrito Amoxacilina associado com descongestionante e inalação, que após 7 dias, não apresentou nenhuma melhora

  33. Há 2 dias, a família notou períodos em que o paciente fica desorientado, falando frases sem nexo, e há 1 dia muito sonolento. Durante todo HPMA, refere febre esporádica, geralmente vespertina, nunca ultrapassando 38°C.

  34. HPP: Paciente diabético (desde 14 anos de idade), insulino dependente, já tendo apresentado várias pneumonias e há 1 ano osteomielite do halux D, tendo sido amputado. Em tratamento de “doença dos rins” com nefrologista (desconhece o nome dos remédios – há 2 meses sem usá-los). Casado, esposa e 2 filhos com boa saúde. É relojoeiro e nega viagens recentes.

  35. E.F.: REG, emagrecido, orientado, sonolento, pouco comunicativo, descorado +/4+. 110 x 70 92 37,4°C 20 Cabeça e pescoço sem alterações. Pulmões limpos.

  36. Precordio com RDR, sem sopros. Abdome sem visceromegalias. Extremidades: pulsos finos e presente. SN: rigidez nuca (?) Keinig e Brudzinski – ausentes Discussão

  37. LCR Aspecto: turvo Células: 96 (90 % linfomonocitarias) Glicose: 33 m (Glicemia: 218 mg) Proteína: 90 mg Tinta China: + presença 218 criptococos com 43 % gemulação Bacterioscopia: negativa

More Related